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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Cine Especial: BLADE RUNNER: 30 ANOS DEPOIS!

OBRA MÁXIMA DE RIDLEY SCOTT COMPLETA 30 ANOS, DEIXA O TITULO DE CULT, PARA SE TORNAR A MAIOR OBRA PRIMA DA FICÇÃO CIENTIFICA.
Foi lá pelo ano de 1998, que eu assisti pela primeira vez Blade Runner. Antes disso, não tinha muito conhecimento sobre o filme, sendo que somente soube sobre a obra, na saudosa revista Herói, onde havia uma matéria especial, sobre a carreira de Harrison Ford. Na mesma revista (em algumas edições depois), soube que o visual do filme serviu de base para inúmeros filmes posteriormente, vide Juiz Dreed e o Quinto Elemento. Com o pouco que eu sabia, queria então ter a oportunidade de assistir o filme um dia, que acabou acontecendo numa sessão tarde da noite do Inter Cine da rede Globo, Mas a maneira que a emissora carioca anunciava, fazia com que eu esperasse algo completamente diferente, dando a entender que viria um filme cheio de ação e efeitos especiais.

No tempo em que eu vivia no VHS, esperei até o inicio da sessão (para poder cortas as propagandas), para gravar e apreciar a obra, mas não tive uma sessão muito boa, pois tive que assistir em volume baixo, para não acordar os meus pais. No dia seguinte, com minha copia em VHS, pude assisti do começo ao fim, mas para o meu espanto, quebrou com a minha expectativa, pois como havia dito acima, esperava algo cheio de ação ou efeitos visuais. Revendo o filme de novo, pela segunda e terceira vez, pude aos poucos, compreender um pouco daquele universo apresentado por Ridley Scott, que nada mais era, do que um retrato de nosso dia a dia que nos vivíamos já naquele tempo e que antecedeu o que viria depois. Embora seja um filme de ficção, Blade Runner é um retrato cru da onde podemos ir um dia, onde as cidades, com as pessoas dentro, serão cada vez mais sujas e abandonadas a sua própria sorte e os poderosos subindo aos céus, longe da minoria. Já vivemos também num mundo em que cada vez mais os sentimentos e certas ações, que antes poderiam soar desconcertantes em tempos mais coloridos, onde tudo era muito claro, como o bem e o mal, hoje se tornaram piada e que passa despercebido por todos. Sendo que as relações de casais atualmente, por exemplo, são tudo questão do momento, cujos sentimentos se evaporam gradualmente, se tornando apenas uma imagem pálida dos sentimentos que foram um dia no principio.
Ao perdemos certos valores que antes nos éramos importantes, eles se tornam valiosos, para seres que a recém começaram a aprender a viver, que no caso do filme, são os “replicantes” que representam o que nos fomos um dia, de ter o desejo de viver ao máximo no dia a dia, mas que por azar deles, tem pouco tempo de vida. E quem melhor que o personagem Roy (brilhantemente interpretado por   Rutger Hauer), que é o melhor em cena, passa para nos  esse doloroso fardo que carrega, mas que vai até o fim  buscando um meio, seja para ganhar mais tempo, ou para fazer algo significativo em sua curta vida e que valesse a pena. Seus últimos momentos em cena estão entre os momentos mais inesquecíveis e surpreendentes da 7ª arte e que gera múltiplos sentimentos para quem assiste. Até hoje, essa cena gera inúmeros debates, sendo não somente ela, como também as inúmeras cenas que antecedem essa e que acabaria gerando outros inúmeros textos até melhores do que esse que vos escrevo.

Trinta anos depois, Blade Runner não é somente um filme Cult, como também já é considerado uma obra prima, não só do gênero, como também de toda historia do cinema. Nada mais do que correto, de o filme ganhar uma merecida edição especial em Blu-Ray, com todas suas versões que teve ao longo dos anos (desde a versão original, até a versão definitiva do diretor), com mais de dez horas só de extras para os fãs se deleitarem. Com tudo isso, a pergunta que sempre me vem na cabeça, é como será, quando finalmente chegarmos à data em que a trama do filme se passa, que é novembro de 2019? Dificilmente iremos ver carros voando por ai, muito menos estaremos fazendo colônias em outros planetas ou criando seres idênticos a nos. Mas uma coisa eu garanto, que essa data quando chegar, certamente todo mundo irá se lembrar, das primeiras cenas do filme, embalada com a inesquecível trilha do  músico grego Vangelis e que certamente haverá sessões a meia noite ou durante os dias, do não tão distante mês de novembro de 2019. Vamos aguardar!



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2 comentários:

Felipe Rocha disse...

Filme que lançou praticamente Ford, o consagrando já de cara!!! Uma trilha perfeita,... Não tem mto o que falar do filme, apenas que é excelente e marcou uma época toda!!!

E Scott infelizmente não agradou mto com seu querido "Prometheus"...

Anônimo disse...

Felipe

Na realidade Harrison Ford já estava no auge. Havia realizado Star Wars,participado de Apocalipse Now e protagonizado Caçadores da Arca Perdida. Blade Runner poderia ter sido o seu grande fracasso por conta do filme ter ido muito mal nas bilheterias. Foi salvo pelo tempo. Merecidamente diga-se de passagem.