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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'Viver Duas Vezes'

Sinopse: Quando Emilio (Oscar Martínez) é diagnosticado com Alzheimer, ele e sua família resolvem partir em busca do seu amor de infância. 


São raros os casos de comédias se saírem bem sucedidas quando se entra em território dramático. Porém, quando isso acontece, pode também gerar um filme que nos proporciona diversos sentimentos e fazendo a gente rir e chorar ao mesmo tempo. "Viver Duas Vezes" tem a proeza de fazer com que nos identifiquemos com os personagens e fazendo a gente se emocionar com a situação em que eles vivem que, por vezes, é tristemente familiar nos dias de hoje.

Dirigido por Maria Ripoll, a trama se passa em uma cidade de Valência, leste da Espanha, acompanhando um professor acadêmico aposentado e viúvo há cinco anos, chamado Emílio, interpretado pelo ator Oscar Martinez do filme "O Cidadão Ilustre" (2017). Tudo estava indo bem na sua rotina, até que um dia ele se confundiu a ruas na volta para casa. Em seu exame médico de rotina, ele é diagnosticado com o primeiro estágio da doença de Alzheimer e, ao sair do local, acaba encontrando com sua filha Julia, interpretada pela atriz Inma Cuesta do filme "Julieta" (2016), que trabalha como comercial médica. Ao perceber a doença, Julia convida Emílio para um almoço em família nada funcional. A partir dessa conversa em família, Emílio decide aproveitar seus últimos momentos de memória para reencontrar seu amor do passado.

Além do cruzamento entre humor e drama, Maria Ropoll tem a proeza de inserir na trama o subgênero roadie movie, onde na maioria dos casos os personagens embarcam em uma viagem por um objetivo, quando na verdade ela se torna uma mera desculpa para os próprios se redescobrir ao longo do percurso. Emílio é um personagem pretensioso e orgulhoso de sua profissão, mas lhe faltando despertar para si algo que lhe faz mais humilde perante o seu próximo. Ao receber ajuda familiar, Emílio começa a descobrir uma nova faceta de sua personalidade até então desconhecida, ou que estava adormecida.

O filme realmente engrena no momento em que ocorre a aproximação entre ele e sua neta Bianca, interpretada espetacularmente pela atriz estreante Mafalda Carbonell e que rouba a cena. Embora ambos sejam de culturas diferentes avô e neta se aproximam a partir de pequenos detalhes que enriquecem a relação entre os dois e fazendo com que o restante da família embarque nessa viagem inusitada. O interessante é o fato da trama nunca apelar pelo humor grosseiro, mas sim refinado e que nos faz rir facilmente em vários pontos certeiros.

Do segundo ao terceiro ato em diante o filme começa a ficar mais melodramático a partir do momento que Emílio piora devido a sua doença. Uma vez que os personagens nos conquistam através do humor isso faz com que sintamos ainda mais dor pelo que eles passam e fazendo com que a situação de Emílio nos emocione e se torne familiar para os nossos olhos. O filme só não se torna mais pesado neste momento porque os realizadores optaram por um final mais poético, porém, não menos verossímil e muito bem vindo para aqueles que desejavam o melhor para esses personagens queridos.

"Viver Duas Vezes" nos convida para embarcarmos em uma trama que transita em gêneros diferentes, mas cujo o resultado nos provoca diversas emoções e culminando entre sorrisos  e lágrimas ao mesmo tempo.  


Onde Assistir: Netflix. 

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sábado, 29 de agosto de 2020

Luto: Chadwick Boseman (1977 - 2020)



Acordo por volta das seis horas da manhã para me aprontar para o trabalho. Eis que hoje abri o meu celular para ler alguma notícia antes de eu levantar da cama e dou de cara com anuncio da morte de  Chadwick Boseman. Achei no início que era mais um fake news, mas nesse caso, infelizmente, não era e o ator veio a falecer de câncer. Chadwick Boseman nos deixa em um momento em que vivemos em um mundo cheios de incertezas com relação ao futuro, mas deixou um presente que jamais esqueceremos.

Com uma carreira sólida na tv, o ator teve a sua primeira oportunidade no cinema atuando no filme "James Brown"(2014) e do qual retrata os altos e baixos da carreira do inesquecível músico. Porém,  Chadwick Boseman viria a ganhar o estrelato no filme "Capitão América: Guerra Civil" (2016) do qual, em meio as desavenças dos heróis, o príncipe que viria se tornar rei chamado  T'Challa teve a sua origem retratada de forma sublime e defendida pela grande atuação de Boseman.  Foi então que o próprio teve a chance de atuar em seu próprio filme, "Pantera Negra" (2018) e do qual entrou para história.

Sucesso de público, crítica e vencedor de 3 Oscar, "Pantera Negra" se tornou um legitimo exemplo positivo de uma adaptação de HQ a ser seguido, onde se comprovou que ainda precisamos muito evoluir, para que assim todos os povos do mundo possam sobreviver. Se nos filmes anteriores os engravatados da Marvel tinham certo receio de abordar assuntos políticos, aqui tudo é mais escancarado e fechando com chave de ouro com uma frase dita pelo próprio protagonista no final da obra:  

"Em tempos de crise, os sábios constroem pontes, enquanto os tolos constroem muros". 

O personagem viria a dar as caras novamente em "Vingadores: Guerra Infinita" (2018) e "Vingadores: Ultimato" (2019). Além disso, Chadwick Boseman surpreenderia novamente a crítica pela sua atuação no filme "Destacamento do Blood", de Spike Lee, e do qual pode ser conferido na Netflix. O ator parte precocemente aos 43 anos, mas deixa um legado irretocável, pois ele inspirou toda uma geração de jovens negros e negras e lhes deu um verdadeiro super-herói para admirar na telona.  



Wakanda para sempre 


Filmografia:  

2020 Destacamento Blood 

2019 Crime sem Saída 

2019 Vingadores: Ultimato 

2018 Vingadores: Guerra Infinita 

2018  Pantera Negra 

2017 Marshall: Igualdade e Justiça 

2016 Capitão América: Guerra Civil 

2016 Deuses do Egito 

2016 Message from the King 

2014 A Grande Escolha 

2014 James Brown 

2013  42 - A História De Uma Lenda 

2011 Fringe - Temporada 4 

2011  Justified - Temporada 2 

2010 Castle - Temporada 3 

2010 Detroit 1-8-7 - Temporada 1 

2010 Persons Unknown - Temporada 1 

2010 The Glades - Temporada 1 

2009 Lie To Me - Temporada 2 

2008 Cold Case - Temporada 6 

2008 ER - Temporada 15 

2008 No Limite, a História de Ernie Davis 

2005 CSI: New York - Temporada 2 

2003 Lei & Ordem - Temporada 14 


Confira também a minha crítica sobre "Pantera Negra"clicando aqui. 


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sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'HIGH LIFE'

Sinopse: Um grupo de criminosos aceita trocar suas sentenças pela participação em uma missão espacial à procura de energias alternativas no buraco negro mais próximo da Terra. 

Sempre quando é lançado um filme de ficção científica com teor adulto do qual a trama se passa no espaço alguns dizem que se trata de um novo "2001: Uma Odisseia no Espaço" (1968). Exageros à parte, pois embora nenhum até hoje supere a obra prima de Stanley Kubrick, ao menos, tivemos grandes pérolas nos últimos anos, que foi no caso de "Lunar" (2009), "Gravidade" (2013), "Interestelar" (2014), "Perdido em Marte" (2015), "Ad Astra" (2019) e dentre outros. "High Life" chega para engrossar esse caldo e do qual não faz feio.
Dirigido pela cineasta Claire Denis, do filme "Minha Terra África" (2010), o filme conta a história de um grupo de criminosos aceita um acordo para trocar suas penas pela participação em uma missão espacial à procura de energias alternativas. Mas a viagem toma rumos inesperados quando uma tempestade de raios cósmicos atinge a nave. Ao mesmo tempo, os ânimos de cada um dos tripulantes começam a se tornar o principal problema ao longo da empreitada.
Pelo visual se nota que o filme foi construído com um orçamento bastante baixo, pois os efeitos visuais não são aqueles de ponta vistos a exaustão em super produções. Porém, eles são eficazes para uma trama em que não há uma guerra espacial, mas sim uma guerra interior que acontece em cada um dos personagens dentro daquela nave e que, aos poucos, começa se tornar o principal problema contra eles próprios. Curiosamente, o filme se inicia entre o passado, presente e futuro se entre cruzando, mas nada que atrapalhe o nosso entendimento.
O coração do filme, logicamente, se concentra em seu elenco de peso, não pelo fato de alguns serem grandes astros, mas sim porque cada um exerce papel fundamental dentro da trama como um todo. O elenco conta com nomes como Robert Pattinson, Juliette Binoche, André Benjamin e Mia Goth (neta da atriz brasileira Maria Gladys). Binoche, como sempre, interpreta a personagem mais complexa da história, oferecendo momentos delicados, outros quase insanos e nos brindando com situações até mesmo de pura tensão graças ao seu trabalho intenso a cada instante visto na tela.
Porém, o filme pertence ao Robert Pattinson. Embora ainda conhecido pela maioria das pessoas como o protagonista da saga "Crepúsculo", Pattinson passou os últimos anos surpreendendo em atuações intensas, como no caso do recente "O Farol" (2019) e aqui não é diferente, mesmo em que alguns momentos a sua atuação pareça um tanto contida, porém, bastante eficaz. Podemos interpretar que o seu personagem seja uma representação do nosso olhar com relação aquele ambiente nenhum pouco reconfortante e cuja a esperança pode escapar dos nossos dedos facilmente.
Em tempos de coronavírus, o filme se encaixa na questão sobre o isolamento social do qual as pessoas estão passando e que, infelizmente, algumas não estão conseguindo suporta-lo. A trama se envereda por momentos em que revela o lado mais grotesco do ser humano, mesmo quando surge situações em que o próprio revele o seu lado mais virtuoso. O final não agradará a todos, porém, isso não trai a proposta principal do filme como um todo.
"High Life" é uma pequena pérola dentro do gênero de ficção e que irá agradar em cheio aquelas pessoas que buscam não mero entretenimento, mas sim algo que nos faz refletir sobre o nosso papel dentro desse vasto universo. 


Onde Assistir: Net Now e Google Play Filmes. 

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quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'A Prima Sofia'

Sinopse: A história gira em torno da relação de Naima, uma jovem de 16 anos, e da prima dela, Sofia. As duas vivem em mundos bem distintos e Sofia chega para mostrar isso. Ela vem de Paris, com todo um glamour e em busca de aproveitar o verão. 

O polêmico "365" cairá no limbo do esquecimento unicamente por querer vender a imagem da mulher fácil, da qual é comprada pelo glamour, mas sendo submetida aos prazeres machistas do homem. Esse tipo de mulher pode até existir, mas há também aquelas conscientes sobre atos e consequências quando se deseja pelo modo mais fácil de determinada situação. "A Prima Sofia" fala sobre juventude, amadurecimento e de como a vida vale mais a pena através de certo sacrifício ao invés do modo mais fácil de se obter o que nós queremos.  

Dirigido por Rebecca Zlotowski, a trama se concentra na jovem de 16 anos Naïma que vive em Cannes e decidiu tirar o verão para decidir o que vai fazer com o resto de sua vida. Quando Sofia, sua prima de 22 anos, chega para passar as férias, ela é seduzida pelo seu estilo de vida livre e juntas as duas vivem aventuras. Porém, haverá consequências e das quais irão lhe fazer refletir sobre a vida.  

Assim como o clássico "Beleza Roubada" (1996) de Bernardo Bertolucci, o filme explora a perda da inocência durante a juventude, assim como também o desejo por tempos mais inocentes e dourados. Sofia possui uma aura cheia de energia, da qual atrai a sua prima Naima e fazendo com que ela se infiltre nesta realidade mesmo caso um dia ela termine. Embora com algumas cenas quentes de sexo, a cineasta Rebecca Zlotoski procura não polemizar o assunto, mas sim de forma coerente e que nos faça pensar com relação sobre reais sentimentos das duas protagonistas vistos na tela.  

Visualmente o filme me lembrou muito o clássico francês "Desprezo" (1963), do mestre Jean-Luc Godard e cuja as protagonistas possuem alguns pontos semelhantes, porém, com destinos bem diferentes. Interpretada pela modelo Zahia Dehar, Sofia possui uma imagem jovial rica, mas que não esconde em seu olhar cicatrizes das quais busca desvencilhar através do prazer. Zahia Dehar está ótima em cena, mesmo com limitações visíveis com relação a sua interpretação, mas que soube contornar desse problema graças ao roteiro feito sob medida para ela.  

Porém, o filme pertence a personagem Naima. Interpretada pela estreante atriz Mina Farid,  Naima seria uma representação do nosso olhar com relação ao mundo que ela testemunha de sua prima e do qual fica fascinado por ela. Porém, elementos centrais que a cercam no decorrer da história lhe fazem transitar entre a razão e desejo e fazendo com que ela fique até mesmo confusa em alguns momentos.  

Tanto Sofia como Naima são na realidade dois lados da mesma moeda. Enquanto Naima deseja se tornar uma espécie de Sofia e aproveitar a realidade de sua prima, por outro lado, Sofia enxerga em Naima uma época mais pura e inocente, mas da qual não pode mais alcança-la, pois deve seguir em frente e enfrentar as consequências de suas próprias escolhas. Em resumo, não é pela beleza ou riquezas que moldam a pessoa, mas sim suas ações é o que dizem sobre ela própria.  

"A Prima Sofia" é mosaico de cores quentes sobre a juventude, da qual facilmente ela se acaba no momento em que se deseja amadurecer precocemente.  



Onde Assistir: Netflix 


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quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'Crip Camp: Revolução Pela Inclusão'

Sinopse: Um acampamento de verão inovador motiva um grupo de jovens com deficiência a criar um movimento em busca de novos caminhos para um mundo com mais igualdade. 

Os anos sessenta e setenta foram épocas em que o excluído ganhou fala, forma e sendo que o mesmo não estava interessado mais em voltar para as sombras. O Festival de Woodstock, por exemplo, foi uma espécie de janela para o mundo assistir a pessoas de diversas cores, pensamentos e modos de agir que iam contra ao sistema implantado pelos governos daqueles tempos. O documentário "Crip Camp: Revolução Pela Inclusão" fala de um pequeno pedaço dessa história, mas que abriria um leque de novas possibilidades e maior liberdade para pessoas com deficiência.
Dirigido por  Nicole Newnham e James Lebrecht, o documentário fala sobre acampamento Crip Camp, onde  ninguém de lá poderia imaginar que aqueles verões juntos na floresta seriam o começo de uma revolução. No final da estrada de Woodstock, o Camp Jened era um acampamento para adolescentes deficientes. Esse grupo de campistas transformados em ativistas moldaram o futuro do movimento dos direitos das pessoas com deficiência e mudaram a legislação de acessibilidade para todos.
O documentário pode ser visto na forma de dois atos, mas interligados como um todo. O primeiro ato, por exemplo, se concentra no acampamento Crip Camp, onde vemos diversas pessoas em que cada uma possui uma deficiência específica, mas que lá se interagem em total harmonia e longe de qualquer olhar preconceituoso daquela época. Muitas dessas cenas são gravadas em Super-8, cujas as cenas registram momentos descontraídos, humanos e, por vezes, bastante divertidos.
Algumas dessas pessoas desse cenário logo vão evoluindo, saindo dos seus pontos seguros e decidindo procurar pelos seus direitos. É aí que o filme avança, onde nos é apresentado um segundo ato completamente diferente, mas sendo estrelados por essas mesmas pessoas que gritam pelos direitos de mudanças. No momento em que os EUA estavam explodindo entre os vários protestos que surgiam pelos direitos iguais, eis que esse pequeno grupo incomum chamou atenção naqueles tempos de mudanças.
Pela aprovação do artigo 504, que possibilita o melhor deslocamento e acesso para as pessoas com deficiência, vemos esses mesmos protestarem em cenas de grande impacto e fazendo a gente até mesmo temer pelos destinos de alguns em cena. Não deixa de ser curioso observar alguns políticos em determinados momentos do documentário, sendo que alguns demonstram total aversão pelo artigo e não querendo aprová-lo. Em tempos em que vivemos de retrocessos vindos da extrema direita, notasse que o passado preconceituoso, infelizmente, ainda ecoa em nosso presente.
O documentário também serve como denúncia pela forma como essas pessoas eram mal tratadas e cujas as instituições precárias e desumanas da época pareciam mais um cenário de puro horror infinito. Portanto, ao vermos alguns desses personagens centrais retornando anos mais tarde no que era antes  Crip Camp na reta final do documentário, constatamos o dever cumprindo em suas expressões, pois eles fizeram um bem maior para diversas pessoas que buscavam uma voz a ser ouvida. A luta por outros diversos direitos ainda prossegue e o documentário serve para ser visto, revisto e fazer a fé se revigorar como um todo.
"Crip Camp: Revolução Pela Inclusão" é a luta pelos direitos iguais de pessoas que, para alguns, são minorias, mas cujo os gritos tornam-se gigantes perante os preconceituosos. 

Onde Assistir: Netflix. 

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terça-feira, 25 de agosto de 2020

Cinema especial: Série “The Head”

 Terça feira, 21 de Agosto de 2020


Disponível pela plataforma Globoplay, a série The Head, mistério na Antártida, possui em sua origem, referências de Agatha Christie em “Assassinato no Expresso Oriente” e a Casa de Papel. Porém, para os fãs de filme de terror, podemos observar o filme o “Enigma de outro mundo”, onde o mesmo, aparece sendo exibido, dentro da sala da Polaris (VI), para os personagens da série, criando uma atmosfera de eu já vi isso antes? Mas, não se engane.


Álvaro Morte, o Professor de La casa de papel, é um dos atores do elenco da série e que possui em seu currículo, diversas outras produções exibidas no Brasil. Além de Álvaro, a série conta com um elenco que vale a pena conferir pela atuação.

The Head foi criada pelos irmãos espanhóis Álex e David Pastor, contribuindo com filmes de invasões Zumbis, vírus e demais anomalias ficcionais que conhecemos, porém, não vamos com muita sede ao pote. A série inclui no seu tempero, seis primeiras temporadas e uma boa dose de disparates à moda das séries de outro espanhol, como o Álex Pina de La Casa de Papel e Vis à Vis. O ritmo é acelerado, não existe monotonia e a cada capítulo, nos perguntamos, o que é isso?

Quando o inverno se intensifica no Polo Sul, uma pequena equipe, conhecida como Winterers, permanece na estação de pesquisa Polaris (VI), para continuar um estudo inovador e crucial na luta contra as mudanças climáticas. Com a chegada da primavera, o comandante Johan Berg (Alexander Willaume) retorna à estação apenas para descobrir que todos os pesquisadores estão mortos. Um assassino está à solta, e Annika (Laura Bach), esposa de Johan, está desaparecida.

A série é considerada um thriller psicológico e possui em seus seis capítulos, críticas relevantes ao tratamento dado às mulheres, por homens imponentes em cargos de gestão e comando de pesquisas, que os incluem como deuses e não seres humanos, acima de tudo e de todos.

A crítica ácida, refere-se ao grande domínio de um projeto muito bem arquitetado e posto em prática na estação Polaris (VI), que consegue nos surpreender no final desta primeira temporada.

Grandes questões ficam evidentes na série e a crucial é, que em termos de preservação de meio ambiente, nos formatos sociais atuais, todos nós somos culpados, até que se prove o contrário.


Referências:

BOSCOV I. Em “The Head”, Agatha Christie e “Casa de Papel” se encontram na Antártida. Disponível em: https://veja.abril.com.br/blog/noblat/2020-a-eleicao-dos-laranjais/

Postado por: Ana Lúcia Schmidt Castelo

Centro/RJ, Brasil.

Mestranda em Administração, graduada em Pedagogia, Arquivologia e concluindo a graduação em Letras. Apaixonada por cinema com preferência por filmes de terror e colaboradora do Blog: “Cinema cem anos de luz, Arte e reflexão” do amigo Marcelo Castro Moraes.

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Cine Dica: FRAPA online começa dia 24 de agosto

 FRAPA online começa dia 24 de agosto

Oitava edição do evento reúne roteiristas e players de todo o país


Press release - O oitavo FRAPA (Festival de Roteiro Audiovisual de Porto Alegre) começa no dia 24 de agosto, em novo formato. Em função das ações de enfrentamento da COVID-19, a edição deste ano será exclusivamente pela internet. A mostra de curtas e lives inspiradas no formato das clássicas mesas de debate serão abertas ao público em geral. Considerado o maior evento do gênero na América Latina, o FRAPA é uma realização da Coelho Voador e Epifania Filmes, e tem direção de Leo Garcia e produção executiva de Mariana Mêmis Müller. Maiores informações no site frapa.art.br.

Um dos destaques deste ano, o FRAPA[LAB], feito em coprodução com o Projeto Paradiso, abre o festival de 24 de agosto a 18 de setembro. No laboratório serão atendidos os 12 finalistas do Concurso de Roteiros, com reuniões coletivas e individuais com os consultores Aleksei Abib, Inés Bortagaray, Jaqueline Souza,  Julio Rojas e Victor Lopes. A seguir, os Pitchings do Concurso de Roteiros serão transmitidos ao vivo, na fanpage do FRAPA no Facebook, do dia 21 ao dia 24 de setembro. 

Na Mostra Competitiva de Curtas, o público poderá assistir e votar no júri popular entre os dias 23 e 30 de setembro, através do site do evento. As categorias incluem “melhor roteiro”, “melhor diálogo”, “melhor final” e “melhor personagem”. Os vencedores serão anunciados em live no dia 1º de outubro, junto com os premiados do Concurso de Roteiros. O festival termina com as Rodadas de Negócios, que acontecem de 5 a 9 de outubro. Amazon, Globo Filmes, Netflix, O2 Filmes e RT Features estão entre os 43 players participantes que recebem os projetos de roteiristas nesta edição.

“Nosso esforço na transposição do festival para o formato online foi o de manter a proximidade entre os roteiristas que a experiência do FRAPA proporciona”, explica a produtora Mariana Mêmis Müller. “Trabalhamos para assim manter a cadeia produtiva aquecida e continuar com nossos roteiristas em formação”, conclui. Um dos destaques deste ano, o FRAPA[LAB] - coprodução com o Projeto Paradiso - vai atender os 12 finalistas do concurso de roteiros. Entre os consultores estarão Aleksei Abib, Inés Bortagaray (Uruguai), Jaqueline Souza,  Julio Rojas (Chile) e Victor Lopes.


Cronograma

24 de agosto a 18 de setembro - FRAPA[LAB]

21 a 24 de setembro - Pitchings On-line (21 e 22 de setembro - categoria Piloto de Série; 23 e 24 de setembro - categoria Longa-Metragem)

23 a 30 de setembro - Mostra Competitiva de Curtas On-line

1º de outubro - Live de Premiação - Concurso de Roteiros e Mostra Competitiva de Curtas 

5 a 9 de outubro - reuniões Rodada de Negócios On-line


Canais de comunicação

Facebook: https://www.facebook.com/festivalderoteiro/

Instagram: https://www.instagram.com/frapa.festival

Twitter: @frapa_festival

YouTube: https://www.youtube.com/user/frapatube/featured


Sobre o FRAPA

O Festival de Roteiro Audiovisual de Porto Alegre é o primeiro e maior evento inteiramente voltado ao roteiro de cinema e televisão na América Latina. Inspirado em festivais do gênero consagrados no exterior, o FRAPA acontece de maneira ininterrupta desde 2013. Durante quatro dias por ano, profissionais de todo o continente se reúnem para trocas de experiência e networking. Além de apostar na qualificação profissional de roteiristas e dar visibilidade a projetos, o FRAPA é uma rara oportunidade para que criadores se aproximem de canais, produtoras e distribuidoras. A atração já trouxe à capital gaúcha nomes como James V. Hart ("Drácula de Bram Stoker"), Carolina Kotscho ("2 Filhos de Francisco"), Braulio Mantovani ("Cidade de Deus"), Vera Egito (“Elis”), Antonia Pellegrino ("Primavera das Mulheres"), Luiz Bolognesi ("Uma História de Amor e Fúria") e Pablo Stoll (“Whisky”), entre outros. Conspiração Filmes, Fox, NBCUniversal, Netflix, O2 Filmes e Vitrine Filmes foram algum dos players que já participaram do FRAPA.


Isidoro B. Guggiana

Assessoria de Imprensa

T 55 51 9 9923 4383

isidoro.guggiana@gmail.com

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'Viveiro'

Sinopse: Na esperança de encontrar o lugar perfeito para morar, um jovem casal acompanha um estranho corretor de imóveis até um bairro misterioso repleto de casas idênticas.  


A década de cinquenta da realidade norte americana pode ser interpretada em diversas formas. Da minha parte, eu acho que era um período em que o governo de lá tentava passar ao máximo a propaganda de sociedade perfeita e da qual jamais se desequilibraria. Porém, foi a partir do momento em que o presidente Kennedy teve a cabeça estourada em um atentado que foi então que os americanos perderam a sua inocência. 

Olhando para trás, se percebe que foi uma espécie de sistema controlador, do qual o governo fazia de tudo para passar ao mundo a propaganda sobre a terra das oportunidades e de esperanças a serem sempre conquistadas. O cinema, por sua vez, sempre usou essa realidade maniqueísta como uma espécie de metáfora para realização de determinados filmes. Pegamos, por exemplo, o clássico "Eles Vivem" (1988), onde a sociedade convivia e sendo controlada por seres alienígenas que se interagem com elas. 

Por conta disso, se percebe que a nossa realidade, mesmo ela aparentando certa normalidade, possui um material farto para se criar histórias fantásticas e das quais podem nos fazer pensar e gerar inúmeros debates. Porém, é difícil para a maioria dos cinéfilos de hoje, acostumados sempre com o cinema convencional, embarcarem em uma trama que fará os mesmos se perguntarem sobre o que está acontecendo na história. "Viveiro" vem para dividir o público, sendo que muitos irão questionar o que assistiram, mas essa é a principal intenção do projeto como um todo.  

Dirigido por Lorcan Finnegan, o filme conta a história de um casal que procuram uma casa ideal para que possam morar juntos. Porém, após conhecerem um subúrbio onde todas as casas são idênticas, eles se veem presos em um complicado labirinto infinito. Quando eles percebem que o local não é nada do que imaginavam, pode ser tarde demais. 

O prólogo já coloca os nossos pensamentos em movimento, já que testemunhamos um pássaro expulsando um outro recém-nascido para assim apossar do seu ninho. Essa abertura seria uma espécie de representação com relação da questão em obter a sobrevivência, não importando as consequências, mesmo quando as próprias revelam o pior de cada pessoa. Ao testemunharem uma situação incomum, o casal passa a testarem as suas forças físicas e mentais para sobreviverem nessa realidade que não dá nenhuma explicação a eles.  

O cenário, por sua vez, é justamente a realidade que o sistema norte americano queria vender para a sociedade norte americana da década de cinquenta, mas sendo ela sem vida, mesmo colorida, e nos passando uma sensação de realidade plástica propositalmente. Aqui, o sistema controlador não seria necessariamente vindo do governo, mas sim de outro poder já inserido algum tempo e passando a nos controlar gradualmente. Isso acaba abrindo um leque para outras diversas interpretações e cada um levantará a sua própria teoria.  

Já o casal em si nada mais é do que uma representação de um casal contemporâneo, sendo que se amam, mas que não desejam serem controlados, seja pelo sistema ou por eles próprios. Na medida em que o tempo avança, ambos enfrentam os seus lados mais obscuros, assim como os típicos obstáculos que um casal enfrentaria em uma situação de normalidade. Porém, a inserção de um terceiro personagem seria uma espécie de metáfora de um casamento desgastado com a vinda de um filho, mas aqui visto de uma forma ainda mais absurda, para não dizer assustadora.  

Tanto Jesse Eisenberg, como  Imogen Poots, vista pela primeira vez em "V de Vingança" (2006), estão ótimos em seus respectivos papéis, sendo que essa última passa para nós através do seu olhar toda a loucura que a sua personagem começa experimentar. Curiosamente, a interpretação de ambos sintetiza o mesmo estado mental que o nosso, já queremos saber o que está realmente acontecendo, mas o próprio roteiro não nos dá as informações suficientes para obtermos.  Porém, é um filme a ser degustado, revisitado, pois cada momento é algo para ser dissecado aos poucos.  

Resumidamente, eu interpreto como um filme que retrata um sistema controlador querendo nos controlar e fazer de nós como mercadoria para que, posteriormente, seja descartada. O final não dará satisfação para aqueles que buscam alguma solução para obter uma compreensão, mas sim um modo de adquirir um bom tempo de questionamentos, reflexão e de debates acalorados. "Viveiro" te convida para assistir uma trama incomum, porém, uma metáfora sobre controle e alienação que enfrentamos do nosso próprio mundo real. 

Onde Assistir: Google Play Filmes. 

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quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Cine Dica: WARNER BROS. PICTURES PARTICIPA DE FESTIVAL ‘DE VOLTA PARA O CINEMA’

 Idealizado por Érico Borgo, projeto é o maior Festival já realizado no Brasil em número de salas e entra em cartaz a partir da reabertura dos cinemas.


A Warner Bros. Pictures estará presente com nove filmes no Festival “De Volta Para o Cinema”, que celebra a reabertura do circuito exibidor no Brasil. O projeto estará nos cinemas a partir de 3 de setembro nas cidades onde as salas estiverem abertas, e os filmes entrarão em cartaz sempre na primeira semana de abertura dos cinemas em cada cidade. Os preços são fixos, sendo R$ 10,00 para salas convencionais e R$ 20,00 para salas VIP, além da meia-entrada.

Parte do projeto #JuntosPeloCinema – colocado em prática por mais de 200 profissionais do setor no Brasil – o Festival é idealizado por Érico Borgo e conta com apoio de estúdios, exibidores, produtores e um board de curadores.

Confira abaixo a lista de filmes da Warner que você pode conferir nas telonas. A programação completa está disponível no site oficial do festival.


Superman (1978)

Matrix

Invocação do Mal

O Exorcista (Versão do Diretor)

O Iluminado

Harry Potter e a Pedra Filosofal

O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel

Batman: O Cavaleiro das Trevas

Mulher-Maravilha

Festival “De Volta Para o Cinema”


Quando: A partir de 3 de setembro. Consulte a programação no site.

Valores: R$20,00 (Salas VIP), R$ 10,00 (Salas Convencionais), além de meia-entrada. Mais informações:https://www.devoltaparaocinema.com.br/

Instagram/Twitter @devoltaparaocinema


terça-feira, 18 de agosto de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'MISTER PIP'

 Sinopse: O senhor Watts é o único homem branco que vive na ilha de Bougainville. Ele decide ensinar às crianças do local a história do livro "Grandes Expectativas", de Charles Dickens. 


Em tempos em que o autoritarismo sobrevive se camuflando de democracia sempre acaba surgindo poderosos com o intuito de extorquir patrimônios naturais de outros povos. Em meio a isso, a cultura vs ignorância duelam de igual para igual e culminando na vitória do primeiro, mesmo tendo tido diversos sacrifícios em meio ao percurso. "Mister Pip" (2012) fala sobre o poder do conhecimento que pode mudar o mundo, mas para isso é preciso enfrentar inúmeros obstáculos.

Dirigido por Andrew Adamson, do primeiro filme "Sherk" (2001), o filme conta a história de uma pequena ilha da Papua Nova Guiné, onde Mr. Watts (Hugh Laurie) é o único homem branco. Este professor decide reabrir uma escola, e ensinar às crianças a história do livro Grandes Esperanças, de Charles Dickens. A adolescente Matilda (Xzannjah Matsi) fica fascinada com o romance, mas seus sonhos são interrompidos pela dura realidade local, quando inimigos chegam à ilha em busca de rebeldes, e um mal entendido leva-os a crer que o jovem Pip é um homem perigoso.

O filme pode ser dividido em dois atos distintos, onde no princípio testemunhamos a cultura vs crença, mas das quais começam a conviver em harmonia. Porém, ambição e ignorância é que se torna o principal veneno do segundo ato, que vem para invadir o cenário e fazendo daquela realidade um verdadeiro pesadelo. Em meio a isso, cabe a jovem Maltida abraçar a magia da literatura para não desistir de sua própria vida.

Logicamente, o filme nos chama atenção pela atuação sempre competente de Hugh Laurie. Conhecido mundialmente como protagonista da série  "House" (2004 a 2012) sua atuação como professor de literatura da trama se equipara a outros professores do cinema, que vai desde ao que foi visto "Ao Mestre com Carinho" (1967), como também do "Sociedade dos Poetas Mortos"(1989). Com uma personalidade complexa, seu personagem nos emociona a cada cena e sua última aparição na história é sem dúvida um dos momentos mais angustiantes de todo o longa.

Além dos filmes já citados, o longa também não se difere de outras obras como, por exemplo, "Farenheit 451" (1966), já que ambos os casos colocam o papel do livro como um símbolo de resistência perante os horrores criados pelo próprio homem. Aliás, esse horror sempre acontecerá enquanto houver a ambição pelas fontes de riqueza, mas o bem mais valioso que é o conhecimento sempre se tornará intocável enquanto houver uma pessoa em busca para abraçá-lo. Maltida encara o verdadeiro horror de frente, mas é graças ao amor pela literatura ensinado pelo professor Mr. Watts que fará toda a diferença.

Com um final esperançoso, mesmo com o horror que testemunhamos, "Mister Pip" fala sobre conhecimento e fé e dos quais ambos elementos podem sim caminhar em frente para enfrentar as adversidades que podem nos alcançar. 


Onde assistir: Completo pelo Youtube 


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segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'A Noite Americana' (1973)

Sinopse: Um diretor tenta terminar seu filme ao mesmo tempo em que observa o drama nas vidas de seus atores. Severine, ícone em decadência, esquece as falas quando bebe, enquanto a atriz britânica Julie acaba de se recuperar de um colapso nervoso.


François Truffaut é, sem nenhuma dúvida, um dos gênios do cinema francês. Aqui ele faz uma verdadeira declaração de amor ao cinema  e retrata de uma maneira bem humorada o dia a dia de um set de filmagens que, durante o percurso de semanas de filmagens até a  finalização de um filme, pode acontecer de tudo. Atenção pelas cenas em que o diretor presta seu amor e carinho ao cinema: seu alter-ego (Ferrand), em flashbacks, relembra sua infância, quando roubava pôsteres dos filmes em cartaz, entre eles, do filme "Cidadão Kane"(1941), coisa que o próprio Truffaut confessou que fazia quando jovem. Ou então na cena quando o diretor recebe um telefonema do compositor do filme para mostrar-lhe uma música, que esta seria o tema de amor de outro filme de Truffaut. Neste momento, enquanto ouve a música ao telefone, ele abre uma encomenda, onde recebeu vários livros sobre cinema e de diretores como Hitchcock e Godard, que vão sendo exibidos com a música de amor ao fundo.


Curiosidade: O nome do filme é uma alusão à técnica criada nos Estados Unidos para filmar uma cena noturna durante o dia, usando um filtro especial nas lentes da câmera. O filme é dedicado às irmãs Lillian e Dorothy Gish.

NOTA: Amanhã nova live da minha amiga Tânia Cardoso revisitando o filme "A Noite Americana". Mais informações abaixo. 


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Cine Dica: Durante a Quarenta Assista: 'Clipe Express Yourself' (1989)

Sinopse: Em uma grande metrópole, poderosa mulher seduz operário de seu maior interesse.  


Nos tempos em que diria videoclipes nos anos oitenta “Express Yourself” foi a produção de maior sucesso do qual David Fincher havia dirigido, foi baseado no longa-metragem Metrópolis (1927) e estreou em 17 de maio de 1989 na MTV. Foi o vídeo musical de maior custo da época, com 5 milhões de dólares sendo gastos em sua produção; atualmente, é o terceiro vídeo mais caro de todos os tempos. O vídeo apresenta Madonna como uma mulher glamorosa e masoquista chefe de grande uma empresa, onde trabalham homens musculosos. No final do vídeo musical, ela escolhe um deles — interpretado por Cameron Alborzian — como seu parceiro. Análises da mídia especializada aclamaram o vídeo e concluíram que a imagem masculina de Madonna refere-se à igualdade. Entretanto, outros comparam a cena em que Madonna coloca a mão em sua virilha com o passo similar feito por Michael Jackson. Consequentemente, a gravação foi nomeada para cinco prêmios nos MTV Video Music Awards de 1989, vencendo nas categorias de Best Cinematography, Best Direction e Best Art Direction.

Embora todos apontem Madonna como a alma do clipe, por outro lado, é notório todo lado autoral que David Fincher inseri aqui e que, posteriormente, iria exercer quando ingressasse para o cinema no início dos anos noventa. Com um clima sombrio, bem típico para época, o clipe é uma bela homenagem ao clássico de Fritz Lang, do qual falava sobre o conflito entre as classes dominantes e operárias. Se nota que em alguns momentos o cineasta construiu os cenários similares ao clássico do expressionismo alemão e cuja a semelhança é o grande chamariz da obra.  

Com "Express Yourself", David Fincher teria passe livre para obter a sua primeira chance na direção de um longa metragem para o cinema com o filme “Alien 3” (1992), mas ganharia status de respeito a partir do seu grande filme “Seven” (1996).   


Curiosidade: Confira abaixo as comparações entre o clássico "Metropolis" e o clipe "Express Yourself" dirigido pelo cineasta.




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sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'Shirley'

Sinopse: Dois jovens decidem abrigar em sua casa um casal de jovens estudantes por um período. Shirley encontra nessa rotina peculiar a inspiração que precisava para sua mais nova obra. 

As vezes gostaríamos de explorar a personalidade de um determinado escritor e para assim conhecer as suas motivações que o levaram a realizar determinadas obras primas da literatura. O filme "Mary Shelly" (2017), por exemplo, serviu para descobrirmos as raízes que serviram de ideias para a escritora realizar sua obra prima "Frankenstein". "Shirley" segue um caminho inverso, mas muito eficaz sobre a vida de outra grande escritora.
Dirigido por Josephine Decker, o filme conta a história de Shirley Jackson (Elisabeth Moss), uma escritora de contos de suspense casada com Stanley Hyman (Michael Stuhlbarg), um renomado professor da Bennington College. Os dois decidem abrigar em sua casa um casal de jovens estudantes por um período. Shirley encontra nessa rotina peculiar a inspiração que precisava para sua mais nova obra.
Escritora do livro clássico "A Assombração da Casa da Colina", que por sua vez ganhou uma adaptação recente em forma de série pela Netflix, Shirley Jackson com certeza possuía uma vida e personalidade complexa, sendo que qualquer filme que adaptasse sua vida teria um resultado meramente parcial. Portanto, ao retratar somente um ponto específico de sua história, a diretora Josephine Decker obtém certo êxito em conseguir nos passar um pouco sobre como era a personalidade dessa pessoa, mas muito disso se deve ao estupendo trabalho de atuação de Elisabeth Moss.
Elogiada pela crítica, e vencedora de vários prêmios, Moss tem nos brindado com atuações poderosas, desde a série "The Handmaid's Tale", como também o recente sucesso do cinema "O Homem Invisível". Em "Shirley", atriz consegue extrair de sua personagem uma mulher que transita entre a genialidade e a loucura, mas sabendo dançar conforme a música para não se perder na estrada. A trama se passa em 1960, época em que as mulheres ainda passavam por diversos abusos vindo dos homens e o filme explicita muito bem isso, mesmo não havendo abusos físicos. mas sim psicológicos.
Aliás, isso é muito bem representado pelo marido de Shirley, o professor Stanley e interpretado pelo ótimo ator Michael Stuhlbarg, visto recentemente pelo filme "Me Chame Pelo seu Nome" (2018). Aqui, o jogo de Stanley é persuadir Shirley a se manter em casa e formando assim um mito para a sociedade sobre a real saúde mental dela. Embora não seja explicado no princípio os motivos que a levam a não querer sair de casa, aos poucos, logo isso vai ficando esclarecido em peças chaves que vão nos sendo apresentadas aos poucos.
Porém, o jovem casal de hóspedes, Fred (Logan Lerman) e Rose (dessa Young), se tornam uma espécie de protótipos para que a escritora busque inspiração para o seu próximo livro. Shirley e Rose, por exemplo, compartilham de uma dor similar, onde ambas percebem a vida dura de uma mulher perante uma sociedade machista e da qual faz da vida delas um verdadeiro inferno a cada dia que passa. Porém, tudo se encaminha para um jogo de gato e rato, onde um manipula o outro e cabe cada um deles saber onde deverá parar para não cair no precipício literalmente falando.
Com uma belíssima fotografia e edição de arte caprichada, "Shirley" não é somente sobre a vida de uma escritora, como também a voz de várias mulheres do passado e presente e que se sentem enclausuradas como um todo.  

Onde Assistir: Em Breve.   

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quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Cine Especial: 'Redescobrindo No Coração do Mar'


Se há um ponto positivo com relação a Netflix é no fato da plataforma guardar para si algumas pérolas esquecidas, mas que acabam sendo redescobertas pelo público em geral hoje em dia. Bom exemplo disso é o filme "Contágio" (2011), de Steven Soderbergh, do qual teve apenas um relativo sucesso na época do seu lançamento, mas sendo redescoberto pelo público graças pelas suas semelhanças com esses tempos em que vivemos com o coronavírus. Em uma época em que muitas pessoas se mantém em casa isso acaba gerando a procura de filmes para serem degustados e "No "Coração do Mar" (2015) acabou sendo alguns desses escolhidos.  

Dirigido por Ron Howard, do filme "Rush - No Limite da Emoção" (2013), acompanhamos a jornada do baleeiro Essex, cuja missão da tripulação é caçar baleias e retirar delas o óleo que dá luz as cidades daquele tempo. A tripulação é comandada pelo capitão George Pollard  (Herman Melville), mas liderada pelo primeiro almirante Owen Chase (Chris Hemsworth) e se criando assim uma rixa entre ambos ao longo da viagens. As desavenças entre eles começam a se desfazer, no momento que precisam unir suas forças, para que a viagem tenha sucesso, mas ao mesmo tempo quando precisam sobreviver perante aos ataques de uma imensa baleia branca. 

O filme é baseado no livro de  Nathaniel Philbrick que, por sua vez, é baseado em fatos verídicos e que serviu de inspiração para a criação do clássico da literatura "Moby Dick" de  Herman Melville. Embora eu jamais tenha até hoje lido a obra, o nome Moby Dick é algo que me soava sempre familiar, já que meus pais haviam assistido antigamente a versão cinematográfica de 1956 estrelada por Gregory Peck e sempre me contavam como o filme havia marcado eles. Portanto, eu tinha grandes expectativas para assistir na época "No Coração do Mar" e do qual não havia me decepcionado.  

Infelizmente isto é cinema e as vezes alguns filmes acabam não ganhando o reconhecimento que merecia na época de sua estreia. Felizmente o tempo faz justiça para todos e "No Coração do Mar" agora é visto e revisto pela Netflix e ganhando fãs que na época não havia adquirido. Para conferir a minha crítica da época cliquem aqui. Por fim, "No Coração do Mar" é um belo filme de aventura, onde a humanidade abraça as suas limitações, mas ao mesmo tempo se fortalece perante os seus erros e obstáculos que surgem nesse imenso mundo de mistérios. 



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