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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: Halloween (2018)


Sinopse:Quatro década depois de ter escapado do ataque de Michael Myers em uma noite de Halloween, Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) terá que confrontar o assassino mascarado pela última vez. Ela foi perseguida pela memória de ter sua vida por um triz, mas dessa vez, quando Myers retorna para a cidade de Haddonfield, ela está preparada.



Quando John Carpenter lançou o seu grande clássico Halloween em 1978, muitos críticos apontavam a obra como uma espécie de metáfora sobre a promiscuidade adolescente da época e que, no decorrer dos anos 80, teria as suas consequências. Porém, o filme pode ser visto hoje como uma crítica sobre a violência desenfreada do período, onde psicopatas, além de rituais satânicos, dominavam as manchetes do período. Halloween (2018) não é somente uma continuação digna de nota, como também fala sobre a violência e paranoia dos nossos tempos atuais cheios de incertezas. 
Dirigido por David Gordon Green (Segurando as Pontas), a trama se passa exatamente quarenta anos após os eventos do filme original, onde testemunhamos Michael Myers enjaulado num manicômio. Perto dali, Laurie Strode (Jamie Lee Curtis), vive com o temor pela volta do seu irmão, mas se preparando e se armando até os dentes caso isso venha ocorrer. Myers foge e Laurie usará de tudo para proteger a sua filha Karen (Judy Greer) e sua neta Allyson (Andi Matichak) contra o maníaco.
Ignorando todas as sequências anteriores, e fazendo dessa, oficialmente, a primeira continuação do clássico, o filme faz a gente se lembrar a todo o momento da obra de John Carpenter, mas tendo a sua personalidade própria intacta. Ao começar pela magnífica  abertura, onde Myers é visto dentro do manicômio após vários anos, mas não reagindo de nenhuma forma possível. Porém, os doentes do local agem das maneiras mais peculiares possíveis e gerando uma tensão sobre o que virá posteriormente.
Embora se perca um tempo em tentar achar uma explicação lógica sobre o comportamento de Myers, os realizadores compram a mesma ideia vista na obra original. John Carpenter (sendo que aqui ele volta como produtor) nunca quis dar uma explicação plausível sobre os significados do comportamento do vilão, mas sim o tornando uma espécie de representação do que vem de pior do ser humano. Uma vez que Myers recoloca a sua máscara, embalado pela trilha clássica (cortesia do próprio Carpenter), não há mais tempo para se encontrar uma lógica, mas sim correr ou enfrentar a grande ameaça.
Nisso, aliás, Laurie se aprontou ao longo dessas quatro décadas, mesmo que isso tenha lhe custado uma vida normal com a sua família. Mesmo com os seus quase sessenta anos de vida, Jamie Lee Curtis nos brinda com uma grande atuação, onde retrata uma mulher marcada por cicatrizes físicas e psicológicas, mas não deixando de lado no que acredita. Ela acredita na força do mal vinda de Michael Myers e é por isso mesmo que não se arrepende no que ela veio a se transformar.
Uma vez Myers solto ele se torna uma espécie de entidade da natureza com um único objetivo, que é matar quem estiver no seu caminho. David Gordon Green capricha com relação a essa observação, ao não poupar o cinéfilo de cenas fortes, mas das quais não se enveredam ao gore, mas sim numa pura tensão crescente: a sequência em que vemos Myers agir em meio a inúmeras pessoas fantasiadas na noite de Halloween, com direito a planos sequências mirabolantes, sintetiza bem isso.
Claro que, querendo ou não, o filme não escapa das fórmulas já bastante manjadas dentro do gênero, como no caso de já sabermos quem vai viver ou morrer em determinados momentos do filme. Isso não empalidece a obra como um todo, mas que, logicamente, foi pensando para atrair a massa acostumada aos filmes de terror convencionais. Felizmente o convencional fica em segundo plano, principalmente quando o ato final da trama nos dá um verdadeiro show de como se faz um belo filme de horror e suspense na medida do possível.
Embora não escapando de uma inevitável e dispensável sequência, o novíssimo Halloween é uma síntese sobre os nossos temores atuais, onde não sabemos mais onde o mal se encontra, mas talvez ele esteja muito mais próximo do que a gente imagina. 


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Cine Dica: O Céu e o Chão das Estrelas (1 a 14 de novembro)



ESTRELAS NASCEM E MORREM EM MOSTRA DA CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS
A estreia da nova versão de uma das mais clássicas e revisitadas narrativas de Hollywood é a inspiração para a mostra O Céu e o Chão das Estrelas, atração da primeira quinzena de novembro da Cinemateca Capitólio Petrobras. De 1 a 14 de novembro, a programação apresenta as três primeiras versões de Nasce uma Estrela – a pioneira de William A. Wellman, lançada em 1937, a refilmagem dos anos 1950 do mestre George Cukor e a adaptação da história para o universo da música setentista de Frank Pierson – e mais treze filmes, entre obras-primas consagradas e títulos marginais, que versam sobre as alegrias e as tensões que a fama pode trazer para homens e mulheres que a desejam.
Um dos destaques da mostra é a clássica metachanchada Carnaval Atlântida, de José Carlos Burle, que traz para a realidade carioca dos anos 1950 a sempre perigosa relação entre o processo criativo e as exigências comerciais na produção de um filme. A seleção ainda inclui obras de Russ Meyer, Ang Lee, Paul Verhoeven, Elia Kazan, Bob Rafelson, Joseph L. Mankiewicz, Jerry Lewis, Paul Schrader, Blake Edwards, Bob Fosse, Peter Bogdanovich e Richard Lester.
A mostra tem o apoio da distribuidora MPLC. O valor do ingresso é R$ 10,00, com meia entrada para estudantes e idosos.

O CÉU E O CHÃO DAS ESTRELAS
A narrativa cristalizada por William A. Wellman no final dos anos 1930 em Nasce uma Estrela, depois revisitada por George Cukor na década de 1950 e adaptada para o mundo da música por Frank Pierson, nos anos 1970, revela sem floreios os dramas e as felicidades da ascensão (e da queda) dos grandes mitos populares forjados pelas indústrias do entretenimento. A mostra O Céu e o Chão das Estrelas apresenta um panorama de obras que abordam o tema, contemplando diferentes olhares, gêneros e décadas.    
Qual é o preço do sucesso? Um Rosto na Multidão, de Elia Kazan, encontra a resposta dentro do ambiente da televisão, uma novidade arrebatadora no final dos anos 1950. Já Russ Meyer, referência do cinema sexploitation, busca como cenário a Los Angeles do final dos anos 1960 para criar De Volta ao Vale das Bonecas, filme cheio de surpresas e reviravoltas sobre uma banda de rock de garotas que deseja a fama. Ainda no universo da música, os Beatles também querem conquistar o mundo, mas para isso precisarão trabalhar muito em A Hard Day’s Night: Os Reis do Iê-Iê-Iê, de Richard Lester. Outros dois musicais abordam o complexo processo de criação de um espetáculo: Carnaval Atlântida, a chanchada autorreferente de José Carlos Burle, com Grande Otelo, Oscarito e grande elenco, e O Show Deve Continuar, filme comovente de Bob Fosse com toques autobiográficos.
E qual o preço que se deve pagar para ter audiência? Jerry Lewis e Blake Edwards, mestres da comédia moderna, lançam respostas mordazes a respeito da fabricação de grandes produtos em O Otário e S. O. B. - Nos Bastidores de Hollywood. Em outras arenas, a competição venenosa entre as estrelas é frequente e aparece em duas obras-primas realizadas nos anos 1950 e 1990: A Malvada, de Joseph L. Mankiewicz e Showgirls, de Paul Verhoeven.
O aspecto mais sombrio do mundo do entretenimento ganha destaque em tramas criminosas e em narrativas abertamente políticas. Assassinatos célebres geraram duas obras recentes de nomes essenciais da Nova Hollywood, O Miado do Gato, de Peter Bogdanovich e Auto Focus, de Paul Schrader.  Reflexões críticas sobre a criação de heróis populares em diferentes contextos podem ser vistas no psicodélico Head – Os Monkees Estão Soltos, de Bob Rafelson, protagonizado pela célebre banda de rock The Monkees, e no recente A Longa Caminhada de Billy Lynn, um dos filmes mais injustiçados de Ang Lee.

FILMES
Nasce uma Estrela
(A Star is Born)
Estados Unidos, 1937, 111 minutos
Direção: William A. Wellman
Esther Blodgett é mais uma garota que sonha em virar estrela de cinema. O sonho torna-se realidade quando ela atrai a atenção do astro Norman Maine. Enquanto ela conquista o sucesso, Norman se afunda no alcoolismo. É a versão original do filme. Exibição em HD.

A Malvada
(All About Eve)
Estados Unidos, 1950, 140 minutos
Direção: Joseph L. Mankiewicz
Na noite de entrega do prêmio Sarah Siddons, todas as atenções se voltam para Eve Harrington (Anne Baxter). Utilizando o flashback, a vida de Eve é revelada, desde quando conheceu e foi contratada como secretária de Margo Channing (Bette Davis), uma grande estrela da Broadway, até ela mesma alcançar o estrelato. Exibição em HD.

Carnaval Atlântida
Brasil, 1952, 91 minutos
Direção: José Carlos Burle
O professor Xenofontes, especializado em mitologia grega, é contratado pelo produtor Cecílio B. de Milho para realizar uma consultoria da adaptação do clássico Helena de Tróia para o cinema. Mas dois empregados do estúdio pensam em transformar o épico numa comédia carnavalesca. Exibição digital.

Nasce uma Estrela
(A Star is Born)
Estados Unidos, 1954, 180 minutos
Direção: George Cukor
Esther Blodgett é uma artista sonhadora que deseja se tornar uma grande estrela do cinema americano. Seu sonho se torna realidade quando ela conhece o astro de Hollywood Norman Maine. Primeira refilmagem do clássico. Exibição em HD.

Um Rosto na Multidão
(A Face in the Crowd)
Estados Unidos, 1957, 126 minutos
Direção: Elia Kazan
O andarilho chamado Larry “Lonesome” Rhodes é descoberto em uma cadeia no nordeste do Arkansas por Marcia Jeffires, uma produtora de um programa de rádio. Rhodes se transforma numa estrela do rádio e da TV da noite para o dia. Ele conseguirá lidar com o poder que a fama traz? Exibição digital.

O Otário
(The Patsy)
Estados Unidos, 1964, 101 minutos
Direção: Jerry Lewis
Um famoso comediante morre em um acidente de avião. Os produtores precisam urgentemente encontrar alguém que possa substituí-lo no programa de TV. O homem escolhido é ninguém menos que Stanley Belt (Jerry Lewis), um carregador de malas desajeitado que não consegue fazer nada direito. Exibição digital. 

A Hard Day’s Night: Os Reis do Iê-Iê-Iê
(A Hard Day’s Night)
Reino Unido, 1964, 87 minutos
Direção: Richard Lester
O ano é 1964 e a Beatlemania está no seu auge. Os quatro rapazes de Liverpool estão a ponto de mudar o mundo da música - se conseguirem deixar o quarto do hotel onde estão hospedados. Enfrentando produtores nervosos, fãs histéricos e parentes problemáticos, Paul, John, George e Ringo buscam de todas as maneiras se divertirem e ao mesmo tempo cumprir seus compromissos firmados. Exibição em HD.

Head – Os Monkees Estão Soltos
(Head)
Estados Unidos, 1968, 86 minutos
Direção: Bob Rafelson
As aventuras dos Monkees em viagem psicodélica através de uma série de paródias de vários gêneros do cinema, incluindo os faroestes, os musicais e os filmes de guerra. Essas traquinagens estilizadas são intercaladas por várias canções memoráveis e cenas surreais, como a sequência clássica em que os Monkees são sugados por um aspirador gigante e depois vomitados como pedaços de caspa no cabelo de Victor Mature. Exibição em HD

De Volta ao Vale das Bonecas
(Beyond the Valley of the Dolls)
Estados Unidos, 1970, 109 minutos
Direção: Russ Meyer
Kelly, Casey e Pet formam a banda de rock The Carrie Nations. Elas partem para Hollywood em busca de sucesso. No caminho da fama, as jovens mulheres encontram muito sexo, drogas e... violência! Filme cult de Russ Meyer com roteiro do crítico Roger Ebert. Exibição em HD

Nasce uma Estrela
(A Star is Born)
Estados Unidos, 1976, 140 minutos
Direção: Frank Pierson
Um astro do rock se envolve romanticamente com uma cantora iniciante. Ele a ajuda a subir na carreira, mas à medida que ela vai se tornando também uma estrela, o cantor começa seu rápido declínio em função do abuso de álcool e das drogas. Exibição em HD.

O Show Deve Continuar
(All That Jazz)
Estados Unidos, 1979, 123 minutos
Direção: Bob Fosse
Joe Gideon é um diretor de cinema e coreógrafo mulherengo, que trabalha simultaneamente na edição de seu filme e nos ensaios de um musical. Exibição em HD.

S.O.B. - Nos Bastidores de Hollywood
(S.O.B.)
Estados Unidos, 1981, 122 minutos
Direção: Blake Edwards
Diretor sofre um colapso após seu filme de alto orçamento, estrelado pela esposa, fracassar nas bilheterias. Exibição em HD.

 Showgirls
(Showgirls)
Estados Unidos, 1995, 131 minutos
Direção: Paul Verhoeven
Decidida a fugir de seu tumultuado passado, uma jovem mulher vai para Las Vegas com o objetivo de tornar-se dançarina. Exibição em HD.

O Miado do Gato
(The Cat’s Meow)
Estados Unidos, 2001, 114 minutos
Direção: Peter Bogdanovich
Em novembro de 1924, um misterioso assassinato acontece no iate Oneida, do magnata das comunicações William Randolph Hearst. Entre os convidados da excursão estão Charles Chaplin; a estrela Marion Davies, amante de Hearst; o produtor de cinema todo-poderoso Thomas Ince; a temida colunista social Louella Parsons; e a romancista inglesa Elinor Glyn. Exibição em HD

Auto Focus
(Auto Focus)
Estados Unidos, 2001, 106 minutos
Direção: Paul Schrader
Bonito e charmoso, Bob Crane ficou conhecido por sua participação no seriado Guerra, Sombra e Água Fresca, entre 1965 e 1971. Deslumbrado com a própria fama, ele teve casos com diversas mulheres. Viciado em sexo e pornografia, torna-se amigo de John Carpenter, um funcionário da Sony que vende pioneiras câmeras de vídeo para celebridades dos Estados Unidos. Exibição em HD.

A Longa Caminhada de Billy Lynn
(Billy Lynn's Long Halftime Walk)
Estados Unidos, 2016, 113 minutos
Direção: Ang Lee
Billy Lynn é um jovem soldado de 19 anos que consegue sobreviver a um tiroteio no Iraque em 2005. Para recompensá-los, o presidente George W. Bush leva toda a tropa de volta aos Estados Unidos, a tempo de receber uma homenagem no intervalo de um jogo de futebol americano, na época do Dia de Ação de Graças. Exibição em HD

GRADE DE HORÁRIOS
1 a 14 de novembro de 2018

1 de novembro (quinta-feira)
14h – Head – Os Monkees Estão Soltos
15h45 – Os Reis do Iê, Iê, Iê
17h30 – S. O. B –  Nos Bastidores de Hollywood
19h45 – Nasce uma Estrela (1937)

2 de novembro (sexta-feira)
14h – O Otário
15h45 – Carnaval Atlântida
17h30 – O Miado do Gato
19h45 – Showgirls

3 de novembro (sábado)
14h – Nasce uma Estrela (1954)
17h30 – De Volta ao Vale das Bonecas
19h45 – A Malvada

4 de novembro (domingo)
14h – Os Reis do Iê, Iê, Iê
15h45 – Head – Os Monkees Estão Soltos
17h30 – A Longa Caminhada de Billy Linn
19h45 – O Show Deve Continuar

6 de novembro (terça)
14h – O Otário
16h – Nasce uma Estrela (1937)
18h – O Miado do Gato
20h – Um Rosto na Multidão

7 de novembro (quarta)
14h – O Show Deve Continuar
16h30 – Os Reis do Iê, Iê, Iê
18h – A Longa Caminhada de Billy Linn
20h – Auto Focus

8 de novembro (quinta)
16h30 – Nasce uma Estrela (1954)
20h – divulgação em breve

9 de novembro (sexta)
14h – Nasce uma Estrela (1976)
16h30 – Carnaval Atlântida
18h – Auto Focus
20h – Projeto Raros Especial (Ela na Tela)

10 de novembro (sábado)
14h –  S. O. B – Nos Bastidores de Hollywood
16h30 – Nasce uma Estrela (1976)
19h – Ela na Tela (divulgação em breve)  

11 de novembro (domingo)
14h às 22h - Ela na Tela (divulgação em breve)

13 de novembro (terça)
14h – Showgirls
16h30 – A Malvada
19h30 – Ela na Tela (divulgação em breve)

14 de novembro (quarta)
14h - Um Rosto na Multidão
16h30 – De Volta ao Vale das Bonecas
19h30 – Ela na Tela (divulgação em breve)