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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Cine Especial: Conhecendo 'Sinfonia em Paris'

O Oscar de 1999 é apontado por muitos como uma das piores cerimônias da história, ao consagrar o filme "Shakespeare Apaixonado" (1998) com o prêmio de melhor filme ao invés de "O Resgate do Soldado Ryan"(1998). Nem irei me estender muito pois essa cerimônia é ainda mais dolorosa para os brasileiros, porém, já houve outras injustiças piores ao longo da história e motivos é o que não falta.

Porém, há alguns casos que merece dar uma olhada mais de perto e decidi dar uma chance para "Sinfonia em Paris" (1951), filme que levou o prêmio máximo perante títulos como "Uma Rua Chamada Pecado", Um Lugar ao Sol (1952) e "Quo Vadis?" (1951).  O filme foi dirigido por Vincente Minnelli, sendo apontado pelos historiadores do cinema como o pai do gênero musical, o que não está muito longe da verdade, pois é preciso muito empenho e dedicação para elaboração de determinados números musicais vistos neste filme. Além disso, o realizador estava enfrentando um drama pessoal na época, já que até então a sua esposa Judy Garland vivia com problemas de saúde devido aos seus vícios e fazendo com que o realizador quase tivesse um ataque dos nervos.

Ambos se separaram após a produção e seguindo caminhos distintos na carreira.  O filme veio em um momento em que o gênero musical não estava no auge de sua fase de ouro, mas como Hollywood sempre gostava de realizar obras para entreter a massa era uma questão de tempo para que um longa como esse fosse realizado. O filme conta a história de Jerry Mulligan (Gene Kelly), que lutou pelo exército americano na Segunda Guerra Mundial, mas após isso decidiu viver em Paris. Lá ele tenta ganhar reputação por seu trabalho como pintor.

Adam Cook (Oscar Levant), seu amigo, é um pianista que está batalhando para vencer na vida ao lado de seu parceiro musical, o cantor francês Henri Baurel (Georges Guetary). Porém, as coisas ficam complexas quando Jerry e Henri passam a disputar o amor da bela Lise Bouvier (Leslie Caron), mas sem ao menos saberem disso.  filme foi produzido ainda no auge do technicolor e se tornando na época o segundo em cores ao receber Oscar de Melhor filme, sendo que o primeiro foi "E o Vento Levou" (1939).

O filme marca a estreia da atriz Leslie Caron no cinema, sendo apontada na época como uma das mais belas descobertas daquele período e tendo um par de pernas que levou o público masculino ao delírio. Isso foi o suficiente para lhe garantir já na estreia sua primeira indicação ao Oscar e, posteriormente, atriz voltaria a trabalhar com Vincente Minnelli em "Gigi" (1958), também ganhador do Oscar de melhor filme.  Como sempre, Gene Kelly faz o que melhor fez em sua carreira, ao criar para si um personagem que nos soa sempre amigável e tendo um talento no sapateado como um todo.

Pode-se dizer que os seus maiores sucessos de sua carreira ele praticamente interpretou o mesmo tipo de personagem, mas isso não era um defeito em um tempo em que os estúdios somente pensavam em comandar grandes espetáculos e sendo algo que não é muito diferente de hoje em dia. Pode-se dizer que esse longa, ao lado da obra prima "Cantando na Chuva" (1952), sejam os seus maiores feitos no cinema e sendo mais do que suficiente para entrar no imaginário da cinefilia.

Quanto a trama em si ela não é muito diferente das típicas comédias românticas, mas tudo embalado com inúmeros números musicais que impressionam até hoje e que com certeza boa parte do orçamento foi investido nestes momentos. Vale destacar que boa parte do filme não foi realizada em Paris, sendo que o deslocamento sairia muito caro e fazendo com que os produtores rodassem as cenas em estúdio. Se por um lado a Paris vista no filme pode soar artificial hoje em dia, ao menos, a belíssima edição de arte compensa todo o resto, principalmente pelo fato dela se casar com o lado artístico do protagonista como um todo.

Falando nisso, é preciso tirar o chapéu para os vinte minutos finais do longa, onde o protagonista começa a se imaginar adentrando em suas diversas pinturas e protagonizando inúmeros números musicais que enchem os nossos olhos. Cenários gigantescos, cores vibrantes, figurinos exóticos e muita dança ao ponto de não sabermos onde começa e onde termina. O filme somente peca com o seu final feliz forçadamente inserido no último minuto de projeção, sendo que o close na rosa onde se encerra o último número musical poderia ser muito bem o encerramento da história.

Porém, isso não tira a força da obra como um todo, pois revisto hoje nos dá uma dimensão de como funcionava a Hollywood de antigamente, sempre querendo moldar grandes espetáculos para fazer com que o público se esqueça do mundo real em alguns momentos. Não é nem de longe melhor que "Uma Rua Chamada Pecado" ou "Um Lugar ao Sol", mas pode sim ser apreciado hoje sem esse peso de comparação. Em tempos de "Coringa - Delírio a Dois" (2024) nunca é tarde demais para que essa geração atual descubra como eram os filmes musicais de antigamente.

"Sinfonia em Paris" é um clássico que melhor nos diz como Hollywood de tempos mais dourados queria entreter o seu grande público a todo custo. 

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Cine Dica: Sessão Clube de Cinema (07/12): "Retrato de um Certo Oriente" na Cinemateca Paulo Amorim

Neste sábado, o Clube de Cinema exibe Retrato de um Certo Oriente, a mais recente obra de Marcelo Gomes, diretor já consagrado por Cinema, Aspirinas e Urubus. Adaptado do romance de Milton Hatoum, o filme traz uma narrativa envolvente sobre imigração, amor proibido e tensões religiosas, acompanhando a jornada de dois irmãos em busca de uma nova vida no Brasil. Ao revisitar o passado e a guerra no Líbano, a obra traça um paralelo com questões contemporâneas, tornando-se um retrato atual e muito relevante. Veja mais informações sobre a sessão:


SESSÃO CLUBE DE CINEMA

Local: Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736 – Centro Histórico)

Data: 07/12/2024, sábado, às 10:15 da manhã

Retrato de um Certo Oriente

Brasil, 2024, 16 anos, 83min

Direção: Marcelo Gomes

Elenco: Wafa'a Celine Halawi, Charbel Kamel, Zakaria Kaakour

Sinopse: Emilie e Emir, dois irmãos católicos, deixam sua terra natal em busca de um futuro melhor no Brasil. Durante a viagem, Emilie se apaixona por Omar, um comerciante muçulmano. Emir, tomado pelo ciúme e pelas diferenças religiosas, tenta separá-los, desencadeando conflitos que vão além da família.

Contamos com sua presença, até lá!


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quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (05/12/24)

 O Senhor Dos Anéis: a Guerra Dos Rohirrim

Sinopse: Ambientado 183 anos antes dos eventos narrados na trilogia original de filmes, "O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim" conta o destino da Casa de Helm Martelo de Pedra, o lendário Rei de Rohan. 


O Conde de Monte Cristo

Sinopse: Alvo de uma trama sinistra, o jovem Edmond Dantès é preso no dia de seu casamento por um crime que não cometeu. Após quatorze anos na prisão da ilha de Château d'If, ele consegue fugir. Agora rico, ele assume a identidade do Conde de Monte Cristo e se vinga dos três homens que o traíram.


INEXPLICÁVEL

Sinopse: Baseado em uma história real. Quando um menino de 8 anos apaixonado por futebol é diagnosticado com uma doença gravíssima, sua família precisa de força e fé para encarar as complicações da doença.


SALÃO DE BAILE: THIS IS BALLROOM

Sinopse: Nas margens da Baía de Guanabara, uma comunidade de jovens resgata e vivencia a cultura ballroom. Um retrato dos dramas, das performances de voguing e da arte do shade, 50 anos depois do seu início em Nova Iorque. Rio is burning!


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Cine Dica: CINEMATECA PAULO AMORIM - PROGRAMAÇÃO DE 5 A 11 DE DEZEMBRO DE 2024

 SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES

A Dama Oculta 

Nossa nova cinesemana destaca o lançamento de OS SONHOS DE PEPE, documentário sobre o político uruguaio que conquistou o mundo. Também entra em cartaz por aqui A FAVORITA DO REI, ambientado na França de Luiz XV. Imperdível é a MOSTRA MOSFILM DE CINEMA SOVIÉTICO E RUSSO, com títulos restaurados do principal estúdio do Leste Europeu – incluindo o clássico “Vá e Veja”. Três filmes brasileiros se despedem da nossa programação nesta semana: o documentário “Nas Ondas de Dorival Caymmi”, a adaptação literária “Retrato de um Certo Oriente”, e a comédia distópica “O Clube das Mulheres de Negócios”.


Confira nossa programação completa e portal do cinema gaúcho em

www.cinematecapauloamorim.com.br


SALA PAULO AMORIM


15h15 - OS SONHOS DE PEPE – Estreia! Assista o trailer aqui.

(Los Suenõs de Pepe – Uruguai, 2024, 86min). Documentário de Pablo Trobo. Pandora Filmes, 12 anos.

Sinopse: O filme nos aproxima de Pepe Mujica, um dos principais políticos da América Latina. Prestes a completar 90 anos, ele segue com um discurso sobre como deixar um mundo melhor para as gerações futuras. Também viaja aos Estados Unidos, Japão, Brasil, Reino Unido, Alemanha e ao interior do Uruguai, se encontrando com grandes líderes mundiais e com pessoas tão simples quanto ele.


17h - A FAVORITA DO REI Assista o trailer aqui.

(Jeanne Du Barry – França, 2023, 120min). Direção de Maïwenn, com Maïwenn, Johnny Depp, Benjamin Lavernhe. Mares Filmes, 14 anos. Drama histórico.

Sinopse: Na França do século XVIII, a jovem Jeanne Vaubernier aproveita sua beleza para sair da condição miserável em que nasceu. Como amante de um conde, ela se aproxima de ninguém menos que o rei Luis XV – e se torna uma das companhias mais frequentes e envolventes do poderoso monarca. Durante cinco anos, a despeito das regras da corte, Luis XV e Jeanne viveram intensamente sua paixão e entraram para os livros de História. O filme, que abriu o Festival de Cannes em maio passado, causou polêmica por conta da presença de Johnny Depp, que fez sua primeira aparição pública após as denúncias feitas pela sua ex-mulher.


19h15 - O CLUBE DAS MULHERES DE NEGÓCIOS – exibições nos dias 6, 7 e 8 Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2024, 95min). Direção de Anna Muylaert, com Cristina Pereira, Louise Cardoso, Grace Gianoukas, Luis Miranda, Rafa Vitti, Katiuscia Canoro. Vitrine Filmes, 14 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Em um mundo distópico, os estereótipos de gênero estão invertidos. Um grupo de mulheres poderosas se diverte em seu clube de campo, enquanto os homens passam por intimidações e ameaças. Mas todo o poder e as mentiras são postos à prova quando três onças escapam do cativeiro e espalham o terror no lugar.


19h15 - SESSÃO ESPECIAL ALMANAQUE 21 – HITCHCOCK: A DAMA OCULTA

(The Lady Vanishes, 1938, 100min). Um dos principais filmes da fase britânica do diretor Alfred Hitchcock, o roteiro de suspense acompanha as investigações de uma garota (Margareth Lockwood) sobre o desaparecimento de uma simpática senhora durante uma viagem de trem.

Sessão: na quarta, dia 11, às 19h15min, seguida de debate com Rodrigo de Oliveira, crítico e editor da Almanaque 21. Ingressos a R$ 8,00 (meia entrada para todos).


SALA EDUARDO HIRTZ


14h45 - BLACK TEA, O AROMA DO AMOR – EXIBIÇÕES NOS DIAS 5 E 10 DE DEZEMBRO Assista o trailer aqui.

(Black Tea - França/Luxemburgo/Taiwan/Mauritânia, 2024, 110min). Direção de Abderrahmane Sissako, com Nina Mélo, Chang Han, Wu Ke-Xi. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Aya, uma jovem africana, deixa o noivo no altar e sai da Costa do Marfim para começar uma nova vida na China. Vivendo numa zona marcada pela diáspora africana, ela começa a trabalhar em uma loja de exportação de chá onde conhece Cai, um chinês de 45 anos. Os dois começam um relacionamento e terão que enfrentar preconceitos e histórias do passado para seguirem juntos. O filme competiu no Festival de Berlim de 2024.


14h45 – TESOURO – EXIBIÇÕES NOS DIAS 6, 8 E 11 DEZEMBRO Assista o trailer aqui.

(Treasure - EUA/Polônia/Alemanha/França, 2024, 110min). Direção de Julia von Heinz, com Stephen Fry, Lena Dunham, André Hennicke, Zbigniew Zamachowski. California Filmes, 12 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Uma jornalista americana viaja para a Polônia com seu velho pai para visitar os lugares onde ele passou a infância e com o objetivo de retomar os laços familiares. Mas o homem, que é um sobrevivente do Holocausto, resiste a reviver seu trauma e não quer voltar a determinados cenários. Enquanto tenta sabotar a viagem, o pai cria algumas situações inusitadas e é obrigado a se reconectar com a filha.


14h – RETRATO DE UM CERTO ORIENTE – MOSTRA FRAPA ACESSÍVEL  Assista o trailer aqui.

Exibição no dia 07 de dezembro, sábado, com acessibilidades abertas, incluindo legendas, audiodescrição e Libras. Entrada franca.


17h15 - NAS ONDAS DE DORIVAL CAYMMI – EXIBIÇÕES NOS DIAS 5, 7 E 10 Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2023, 90min). Documentário de Locca Faria. Bretz Filmes, 12 anos.

Sinopse: O filme revela a criação das obras musicais do poeta Dorival Caymmi (1914-2008) a partir de depoimentos de pesquisadores, jornalistas e amigos que conviveram com ele e puderam desfrutar da sabedoria e do talento do artista. Com arquivos e imagens inéditas, o documentário aborda a trajetória do repertório musical do compositor por meio da interpretação de grandes músicos.


17h15 - RETRATO DE UM CERTO ORIENTE – EXIBIÇÕES EM 6, 8 E 11

(Brasil, 2023, 93min). Direção de Marcelo Gomes, com Wafa’a Celine Halawi, Charbel Kamel, Zakaria Kaakour, Rosa Peixoto. O2 Play, 14 anos. Drama.

Sinopse: No final dos anos 1940, os irmãos católicos Emilie e Emir fogem da guerra no Líbano e embarcam em uma viagem rumo ao Brasil em busca de dias melhores. Durante a jornada, Emilie se apaixona por um comerciante muçulmano, Omar. Emir sofre de um ciúme incontrolável e usará suas diferenças religiosas para separá-los. O filme é inspirado no premiado livro de Milton Hatoum, que trata da chegada dos libaneses à região amazônica.


MOSTRA MOSFILM DE CINEMA SOVIÉTICO E RUSSO – MEIA ENTRADA PARA TODOS


Quinta, dia 5, 19h

OS SINOS DA NOITE (1973, 107 min).  Direção de Vassily Shukshin, com Vassily Shukshin, Lidiya Fedoseeva, Ivan Ryzhov e Marya Skvortsova. 14 anos.

Sinopse: Yegor Prokudin acaba de cumprir pena e deixa a prisão. Homem simples e gentil, ele deseja a qualquer custo uma vida nova, e viaja para a aldeia onde mora Lyuba, com quem trocava cartas enquanto estava preso. Decidido a romper para sempre com seu passado, Prokudin descobre que as coisas não serão tão simples assim. Matriz restaurada pelo Estúdio Mosfilm em 2019.


Sexta, dia 6, 19h

MOSCOU NÃO ACREDITA EM LÁGRIMAS (1979, 148 min). Direção de Vladimir Menshov, com Vera Alentova, Raisa Ryazanova, Irina Muravyova e Aleksei Batalov. Livre.

Sinopse: As jovens Katya, Antonina e Lyudmila chegam a Moscou vindas do interior, em 1958. Elas sonham encontrar um bom trabalho e um amor para toda a vida. Ao longo de duas décadas, desde a juventude até a maturidade, acompanhamos suas vitórias e fracassos, seus amores, desejos e desilusões. As três passarão por situações que testarão suas forças, mantendo, no entanto, sua amizade inabalada. Oscar de melhor filme estrangeiro em 1981. Matriz restaurada pelo Estúdio Mosfilm em 2010.


Sábado, dia 7, 19h

VÁ E VEJA (1985, 143min). Direção de Elem Klimov , com Aleksei Kravchenko, Olga Mironova, Vladas Bagdonas e Lyubomiras Lautsyavichyus. 18 anos.

Sinopse: Em 1943, o adolescente Floria, de uma aldeia bielorrussa, encontra um fuzil e se junta ao movimento guerrilheiro de resistência contra os nazistas. A ocupação da Bielorrússia foi de uma selvageria sem precedentes. Das 9.200 localidades destruídas na URSS durante a 2ª Guerra Mundial, 5.295 estavam situadas n região. Mais de 600 vilas, como Khatyn, foram aniquiladas, junto com toda sua população. 2.230.000 soviéticos, um terço dos habitantes da Bielorrússia, foram mortos durante os anos da invasão alemã. Matriz restaurada pelo Estúdio Mosfilm em 2017.


Domingo, dia 8, 19h

ASAS (1966, 85min). Direção de Larisa Shepitko, com Maya Bulgakova, Serguei Nikonenko, Zhanna Bolotova e Pantelejmon Krymov. Livre.

Sinopse: Nadezhda Petrukhina, ex-piloto de caça na Segunda Guerra Mundial, luta para se adaptar à nova vida em tempos de paz. Agora diretora de uma escola técnica, Petrukhina tem que lidar com as questões comportamentais dos jovens estudantes e a desconexão com sua filha, e a vontade de voltar a voar sempre vem à tona. Matriz restaurada pelo Estúdio Mosfilm em 2024.


Terça, dia 10, 19h

NÃO PODE SER!  (1975, 92 MIN). Direção de Leonid Gayday, com Mikhail Pugovkin, Nina Grebeshkova, Vyacheslav Nevinniy, Oleg Dahl. Livre.

Sinopse: Três histórias curtas sobre casamento, baseadas em obras do humorista e escritor russo Mikhail Zoshchenko: “Crime e Castigo”, “Uma Aventura Divertida” e “Incidente de Casamento”.  A obra de Mikhail Zoshchenko está entre os melhores conteúdos humorísticos produzidos na URSS. Matriz restaurada pelo Estúdio Mosfilm em 2017.


Quarta, dia 11, 19h

ROMANCE DE ESCRITÓRIO (1977, 150min). Direção de Eldar Ryazanov, com Alisa Freyndlikh, Andrei Myagkov, Lia Akhedzhakova e Oleg Basilashvili. Livre.

Sinopse: O dia a dia de um escritório de estatística de Moscou vira de pernas para o ar com o romance entre o tímido funcionário Anatoly Novoseltsev e sua chefe, a severa “Bruxa”. O filme é uma das comédias mais populares da Rússia e sua matriz foi restaurada pelo Estúdio Mosfilm em 2012.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 16,00 (R$ 8,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 20,00 (R$ 10,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTE BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES MEDIANTE PAGAMENTO COM O CARTÃO DO BANCO.


Estudantes devem apresentar Carteira de Identidade Estudantil.

Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

Cine Dica: Streaming - 'Robô Selvagem'

Sinopse: Robô naufraga em uma ilha desabitada e precisa aprender a se adaptar ao ambiente hostil. 

No início dos anos 2000, a DreamWorks Animation havia se tornado a principal rival da Disney, ao lançar animações divertidas e cujo carro chefe era a sua franquia "Sherk".  Porém, no decorrer dos anos, a mesma acabou decaindo em continuações desnecessárias, personagens desinteressantes e histórias rasas. "Robô Selvagem" (2024) vem para revitalizar em termos de criatividade e provando que toda boa animação precisa também de coração.

Dirigido por Chris Sanders, de "Como Treinar o Seu Dragão" (2010), acompanhamos as aventuras do robô chamado Roz, criado por uma grande empresa para auxiliar pessoas que precisam de ajuda. Porém, durante um naufrágio, Roz acaba parando em uma ilha cheia de animais silvestres e dentre eles ela faz amizade com uma raposa chamada Astuto. Ao mesmo tempo, Roz cria um pequeno filhote de ganso e desse relacionamento nasceu uma incrível história de amor e superação.

Embora a trama aparente ser original, ela possui certos elementos narrativos que nos lembram de outros filmes animados, em especial da concorrente Disney/Pixar e que vai de "WALL-E" (2008) a "Zootopia" (2016). Porém, isso não diminui a qualidade da animação como um todo, principalmente pelo seu visual lírico e cheio de detalhes vindos daquela floresta que me fez relembrar os bons tempos que assistia a série animada "Animais do Bosque dos Vinténs" através da TV Cultura. Além disso, o longa transita entre elementos de computação para o desenho até mesmo tradicional e mantendo essa tendência sentida vinda dos estúdios desde "Homem-Aranha no Aranhaverso" (2018).

Mas é no desenvolvimento dos personagens que o filme nos conquista, principalmente pela forma gradual como Roz vai ganhando maior personalidade a partir da sua interação entre os animais, especial com o pequeno ganso e a raposa Astuto. Ao serem personagens carismáticos nós acabamos se importando com eles, ao ponto de temermos o pior que está por vir e que pode ser, ou não, a chegada do homem. Curiosamente, o retrato visto aqui sobre a humanidade fica somente pela superfície, sendo que dá a entender que a mesma sofreu com as mudanças climáticas, mas sobrevivendo através da tecnologia avançada.

O filme toca em um assunto até mesmo espinhoso, porém, muito bem vindo com relação ao sistema cheio de regras que é imposto a Roz, mas que ela precisa quebrá-los para então seguir os seus próprios sentimentos. Uma mensagem interessante para passar a essa nova geração tão presa ao sistema cheio de regras, redes sociais e que fazem diversas pessoas de hoje se desprenderem cada vez mais do mundo real. Nada melhor que um filme para todas as idades e que nos passe certas lições e que nos crie uma boa reflexão.

"Robô Selvagem" é um sinal de que há ainda vida inteligente dentro do estúdio DreamWorks Animation e que tem a capacidade de construir uma história inteligente, reflexiva e emocional na medida certa. 

Onde Assistir: Apple tv, Goople Play Filmes e Amazon Prime Vídeo  

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Cine Dica: DIVULGADA A PROGRAMAÇÃO DA SEMANA MUNDIAL DA CINEFILIA EM PORTO ALEGRE



De 10 a 15 de dezembro, a Semana Mundial da Cinefilia apresentará na Cinemateca Capitólio sessões duplas apresentadas por convidados dos dois países, clássicos inesperados, obscuridades preciosas de diversas cinematografias, e projeções especiais em 35mm de obras produzidas no Brasil e na Argentina.

Programação completa: https://www.capitolio.org.br/novidades/8011/semana-mundial-da-cinefilia-programacao/

Na terça-feira, 10 de dezembro, a sessão de abertura apresenta uma obra-prima desconhecida do mestre italiano Luigi Comencini: A Maleta dos Sonhos. Lançado em 1953, a obra narra história de um velho ator do cinema mudo que ganha a vida projetando filmes condenados à destruição. No domingo, 15 de dezembro, a sessão de encerramento da mostra apresenta uma projeção em 35mm de Falsa Loura, o último longa-metragem do diretor brasileiro Carlos Reichenbach, lançado em 2007.

A Selección oficial apresentará três sessões duplas elaborados por programadores convidados a partir da inspiração de um marco do punk argentino, o álbum Si el placer es un pecado… bienvenidos al Infierno, da banda Flema.

O diálogo entre as cinematografias argentinas e brasileiras é a tônica desta edição: veremos, lado a lado, curtas essenciais das diretoras pioneiras Helena Solberg, do Brasil, e Eva Landeck, da Argentina; filmes noir produzidos nos dois países; e dois longas-metragens de um grande mestre argentino que foi protagonista da história do cinema nos dois territórios: Carlos Hugo Christensen.

A amizade também se celebra com presentes: um filme surpresa com a participação de Odete Lara, será exibido em 35mm, em uma cortesia do Museo del Cine, de Buenos Aires. Vento Norte, de Salomão Scliar, o primeiro longa de ficção do cinema sonoro produzido no RS, será exibido no mesmo formato, com a cópia em 35mm acervada no Museu da Comunicação Hipólito José da Costa, instituição parceira da Cinemateca Capitólio.

No foco Hoteles japoneses, um passeio pela história do cinema japonês revela a presença dos hotéis em obras realizadas em diferentes períodos por Yasujiro Ozu, Hiroshi Shimizu, Mikio Naruse, Chusei Sone e Shinji Sômai.

Para completar a semana de alegria cinéfila, a programação apresentará a edição 300 do Projeto Raros, a sessão mais tradicional da cinefilia porto-alegrense, iniciada em 2003 na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro. A maratona festiva começa na noite da sexta-feira 13, às 23h, com a exibição da cópia restaurada do cultuado longa brasileiro Onda Nova, de José Antônio Garcia e Ícaro Martins, e segue até a manhã de sábado com filmes que narram histórias insólitas, perigosas e pitorescas no mundo do cinema.


GRADE DE HORÁRIOS

10 de dezembro (terça-feira)

20h – A Maleta dos Sonhos (Luigi Comencini, 1953, 84 minutos)


11 de dezembro (quarta-feira)

15h30 – Hoteles japoneses: Nuvens Dispersas (Mikio Naruse, 1967, 108 minutos)

18h – Helena y Eva (A entrevista 19′, Horas extras 17′, Meio-dia 10′, O emprego 25′) + conversa sobre a programação

20h30 – Souvenir brasileiro: Memória (Roberto Henkin, 1990, 14 minutos) + Vento Norte (Salomão Scliar, 1951, 75 minutos) 35mm


12 de dezembro (quinta-feira)

15h – Hoteles japoneses: Grampo Ornamental (Hiroshi Shimizu, 1941, 75 minutos)

16h30 – Hoteles japoneses: Love Hotel (Shinji Somai, 1985, 88 minutos)

18h – SELECCIÓN OFICIAL: A Vida de um Homem Amoroso (Yukio Abe, 1991, 55 minutos) + L.A. Plays Itself (Fred Halsted, 1972, 55 minutos)

20h30 – SELECCIÓN OFICIAL: Uma Menina Decente (Klaus Lemke, Peter Hajek, 1968, 10 minutos) + Rocker (Klaus Lemke, 1972, 86 minutos)


13 de dezembro (sexta-feira)

15h – Hoteles japoneses: Dias de Juventude (Yasujirô Ozu, 1928, 104 minutos)

17h – Hoteles japoneses: Tripas de Anjo: Sala Vermelha (Chûsei Sone, 1979, 76 minutos)

18h30 – SELECCIÓN OFICIAL: Os Homens que Eu Tive (Tereza Trautman, 1973, 80 minutos)

20h30 – SELECCIÓN OFICIAL: Não Quero Ser Um Homem (Ernst Lubitsch, 1918, 45 minutos)


PROJETO RAROS 300

23h – Onda Nova (José Antônio Garcia e Ícaro Martins, 1983, 93 minutos)

01h – Crime Wave (John Paizs, 1985, 80 minutos)

02h45 – Hollywood 90028 (Christina Hornisher, 1973, 87 minutos)

04h30 – Drive-in (Rod Amateau, 1976, 96 minutos)


14 de dezembro (sábado)

15h – Noir criollo vs. Noir caboclo: A Besta Deve Morrer (Román Viñoly Barreto, 1952, 95 minutos)

17h – SELECCIÓN OFICIAL: Arrebato (Ivan Zulueta, 1979, 105 minutos)

19h – SELECCIÓN OFICIAL: Travolta e Eu (Patricia Mazuy, 1993, 60 minutos)

20h30 – Souvenir argentino: Sábado à Noite, Cinema (Fernando Ayala, 1960, 97 minutos) 35mm


15 de dezembro (domingo)

15h – Noir criollo vs. Noir caboclo: Veneno (Gianni Pons, 1952, 75 minutos)

16h30 – Christensen Argentino: Nunca Abras Essa Porta (Carlos Hugo Christensen, 1952, 85 minutos)

18h – Christensen Brasileiro: O Homem Sensorial (Eugenio Puppo, 2013, 15 minutos) + O Menino e o Vento (Carlos Hugo Christensen, 1967, 100 minutos) 35mm

20h30 – Encerramento: Falsa Loura (Carlos Reichenbach, 2007, 103 minutos) 35mm

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Cine Dica: Em Cartaz - 'Moana 2'

Sinopse: Moana viaja para os mares distantes depois de receber uma ligação inesperada de seus ancestrais.

"Moana" (2017) é um daqueles casos em que os Deuses do cinema sorriram para os estúdios Disney e nascedo assim um clássico instantâneo. Ao explorar o universo dos povos das ilhas da Polinésia, o filme não somente provou o seu lado diversificado, como também soube conquistar aquele público que estava esperando por algo novo.

Inicialmente projetado para ser uma série de tv, "Moana 2" (2024) tem a missão ingrata de dar continuidade ao sucesso do filme original, mas não significa que isso é de todo mal. Na trama, acompanhamos o reencontro de Moana e Maui para uma nova aventura pelos mares. Passados três anos desde a última jornada marítima, um chamado de seus ancestrais leva a jovem polinésia Moana de volta para águas perigosas e distantes da Oceania com um grupo improvável de marinheiros.

Com a ajuda também do semideus Maui, ela deve quebrar uma maldição terrível que um deus cruel e com sede de poder colocou sobre uma das ilhas de seu povo. A história segue uma linha narrativa similar se formos comparar a obra original, principalmente ao vermos Moana novamente buscar novos horizontes e para assim chegar em um novo patamar, tanto para ela, como também para o seu povo. Por conta disso ela embarca em uma jornada que nos passa a impressão que ela poderia ser melhor encaixada em uma série de tv, principalmente em passagens da trama em que se fecha um núcleo narrativo e começa outro.

Neste ponto, portanto, se nota que o estúdio correu o risco de desperdiçar um grande projeto, mas que na visão deles se encaixaria na tela grande e nisso não posso negar, pois assim como o original, essa segunda parte precisa ser vista na tela grande.  Ao menos visualmente o filme ainda é um espetáculo de um verdadeiro show de luz e cores e cuja as cenas ganham até mesmo uma nova dimensão para aqueles que forem assistir no formato em 3D. Esses momentos, por exemplo, são embalados pelos já costumeiros números musicais e dos quais colocam os personagens em meio aos momentos em que a fantasia e realidade se entrelaçam de forma corriqueira para dizer o mínimo.

É uma pena que quase nenhuma dessas músicas não se tornaram tão marcantes quanto a música "Saber Quem Sou" e que conquistou o coração de inúmeras meninas pelo mundo afora. Dos personagens novos se destaca uma aparentemente vilanesca, Matangi (Lara Suleiman) que simplesmente rouba a cena mesmo em pouco mais de dez minutos de cena. E se por um lado os parentes de Moana não se empolgam durante essa cruzada, o mesmo não se pode dizer de Maui que novamente rouba a cena graças a sua personalidade cativante e pretensiosa.

Não me surpreenderia se futuramente o personagem tivesse o seu próprio filme. O ato final nos entrega momentos emocionantes, principalmente em uma cena que fará muitos chorarem, mas para logo em seguida enxugar as lágrimas para os momentos alegres. Se por um lado a jornada de nossa heroína termina bem, do outro, o estúdio já começa a preparar dicas sobre uma eventual terceira parte e fazendo com que Moana tenha novos desafios pela frente. A própria Disney, portanto, se rende a famigerada cena pós-crédito, mas que ao meu ver essa ideia já se encontra cansada até mesmo dentro dos filmes da Marvel.

Apesar de não superar a aventura anterior, "Moana 2" é uma agradável, colorida e emocionante aventura  que levará o público aplaudir sem medo algum.  

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