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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Cine Curiosidade: Oscar 2018 - The Square concorre a Melhor Filme Estrangeiro

Presidente do júri no último festival de Cannes, Pedro Almodóvar elogiou o longa da seguinte forma:

“Uma das grandes desgraças da atualidade é a ditadura do politicamente correto e The Square fala do tema contando como seus protagonistas vivem um inferno por isso”

Sinopse - Grande vencedor da Palma de Ouro no último Festival de Cannes, o longa gira em torno de Christian, um respeitado curador de arte que tenta desesperadamente atrair mais visitantes ao Museu que dirige em Estocolmo. Quando seu celular é roubado, Christian perde o controle de sua vida, afetando todos a seu redor e provocando consequências inesperadas.


O que a crítica internacional já disse
“Nunca houve uma Palma de Ouro assim” (USA Today)
“Loucamente ousado” (Hollywood Reporter)
“Inteligente e de rolar de rir” (The New York Times Magazine)
“A obra engloba muitas ideias e o diretor é ambicioso ao fazer um filme sobre a cegueira do mundo ocidental, relevante nos dias de hoje.” Gregorio Belinchon (El Pais Brasil)

O diretor - Ruben Östlund nasceu em Styrsö, Suécia, em 1974. Estreou na direção de longas-metragens com “The Guitar Mongoloid” (2004). Seu curta “Incident by the Bank” (2009) venceu o Urso de Ouro no Festival de Berlim. Östlund também é diretor dos longas “Sem Querer” (2008), “Play” (2011) e “Força Maior” (2014), ganhador do Prêmio do Júri da seção Um Certo Olhar no Festival de Cannes.
“Assim como em ‘Força Maior’, ‘The Square – A Arte da Discórdia’ é um drama satírico. Eu queria fazer um filme elegante para provocar e entreter os espectadores. Tematicamente o filme se move entre tópicos como responsabilidade e confiança, ricos e pobres, poder e impotência, o aumento da crença no indivíduo e a diminuição da crença na sociedade, a desconfiança do estado, da mídia e da arte”, afirma Östlund.
O diretor explica que, em 2008, o primeiro condomínio fechado surgiu na Suécia, uma área residencial privada em que apenas os proprietários autorizados poderiam ter acesso, um exemplo extremo de como grupos sociais privilegiados se fecharam dos seus arredores. Para ele, esse fato é também um dos muitos sinais de sociedades cada vez mais individualistas. “Conforme a dívida pública cresce, os benefícios sociais diminuem e o fosso entre ricos e pobres alarga-se continuamente ao longo de três décadas. Mesmo na Suécia, outrora a sociedade mais igualitária do mundo, o aumento do desemprego e o medo de um declínio no status levou os indivíduos a desconfiarem um do outro e também da sociedade”, conclui.
Östlund lembra que durante a pesquisa que fez para o filme ‘Play’, no qual ele mostra como um grupo de crianças atacava e roubava outras crianças, ele viu repetidamente toda a incapacidade que temos de oferecer ajuda em espaços públicos. “Essa inibição do nosso comportamento de ajuda quando outras pessoas são vítimas, essa indiferença coletiva é conhecida pelos psicólogos como ´o efeito de espectador´ ou ´apatia do espectador´”, diz.
“Meu pai me contou que, aos seis anos de idade, seus pais o deixavam correr e brincar no centro de Estocolmo. Eles simplesmente colocavam uma etiqueta de endereço em volta do seu pescoço para o caso de ele se perder. Isso nos lembra de que naquela época, na década de 50, os adultos eram vistos como confiáveis membros de uma comunidade que poderiam ajudar uma criança se ela estivesse com problemas, enquanto o clima social de hoje não favorece o fortalecimento da confiança mútua, agora tendemos a ver os outros adultos como uma ameaça para os nossos filhos”, complementa.
Com esses pensamentos em mente, o consultor criativo Kalle Boman e Östlund desenvolveram a ideia de “The Square – A Arte da Discórdia”, um projeto de arte que trata da confiança na sociedade e da necessidade de reavaliação dos nossos valores sociais atuais.
Christian, o protagonista, tem muitos lados diferentes em si: ele é idealista em suas palavras e cínico em suas ações. Assim como o diretor, ele é um pai divorciado que trabalha no campo cultural e é comprometido com as questões existenciais e sociais levantadas pelo filme. “Christian é uma contradição ambulante, assim como muitos de nós somos. No fim do filme, devemos avaliar se ele aprendeu sua lição”, conta o diretor.
As filhas de Christian formam o núcleo emocional do filme e mostra, através de imagens concretas, a ideia de uma busca pela utopia. Na verdade, como cheerleaders, as meninas estão unidas em um esforço coletivo muito eficiente, onde cada um dos indivíduos que se apresentam juntos desempenham um papel igualmente importante. É também uma demonstração visual da importância de confiança quando uma menina de 10 anos mergulha em um salto confiando que os outros a pegarão. O foco e a alegria da cheerleader ilustram a melhor parte da sociedade americana, um efeito "jogadores de equipe" talvez resultante da desconfiança de todos os americanos pelo Estado.

THE SQUARE – A ARTE DA DISCÓRDIA
(The Square) Suécia, Alemanha, França, Dinamarca / 2017, cor, 142 min., comédia, idiomas: sueco e inglês (legendado), janela: 1.85 : 1 / Direção: Ruben Östlund / Roteiro: Ruben Östlund  / Elenco: Claes Bang, Elisabeth Moss, Dominic West, Terry Notary, Christopher Læssø, Marina Schiptjenko, Elijandro Edouard, Daniel Hallberg, Martin Sööder e Sofie Hamilton / Produção: Philippe Bober e Erik Hemmendorff / Empresas produtoras: Plattform Produktion, Arte France Cinéma, Coproduction Office, Det Danske Filminstitut, Essential Filmproduktion GmbH, Film i Väst, Minorordningen, Nordisk Film- & TV-Fond, Sveriges Television (SVT), Swedish Film Institute, Yle to 1 Finland e ZDF/Arte
O elenco:
Claes Bang é um ator dinamarquês mais conhecido pelo público internacional por seu papel em “Além do Desejo” (2006), de Pernille Fischer Christensen,  vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim. Nascido em 1967, ele foi graduado em 1996 pela National Theatre School of Copenhagen, estreando no palco no mesmo ano. Em 1997, ele recebeu elogios da crítica por seu papel de Pelleas, em "Pelléas e Mélisande", adaptação da clássica ópera de Claude Debussy. Ele estreou no cinema em 1998 e desde então foi visto em diversos filmes e séries de TV populares em seu país. 
Elisabeth Moss atualmente está presente na aclamada série “O Conto de Aia”, pela qual recentemente ganhou um prêmio Emmy, porém ela já havia ganhado um Globo de Ouro em 2014 pela sua grande atuação na série “Top of the Lake”. Entre os seus trabalhos feitos para o cinema destacam-se "Garota, Interrompida" (1999), de James Mangold; "O Pior Trabalho do Mundo" (2010), de Nicholas Stoller; "Querido Companheiro" (2012), de Lawrence Kasdan; "Na Estrada" (2012), de Walter Salles; "Conspiração e Poder" (2015), de James Vanderbilt; "No Topo do Poder" (2015), de Ben Wheatley; e "Punhos de Sangue" (2016), de Philippe Falardeau. 
Dominic West combinou com sucesso uma carreira no Reino Unido e ao mesmo tempo nos EUA. Alternando papéis no cinema e na televisão americana, ele também esteve presente nos palcos de Londres. No cinema, ele trabalhou em diversos filmes conhecidos internacionalmente como "Os Amores de Picasso" (1996), de James Ivory; "Sonho de Uma Noite de Verão" (1999), Michael Hoffman; "Star Wars: Episódio I - A Ameaça Fantasma" (1999), de George Lucas; "Chicago" (2002); "O Sorriso de Mona Lisa" (2003); "300" (2006), de Zack Snyder; "Hannibal - A Origem do Mal" (2007), de Peter Webber; "John Carter: Entre Dois Mundos" (2012), de Andrew Stanton; "O Mestre dos Gênios" (2016), de Michael Grandage; "Jogo do Dinheiro" (2016), de Jodie Foster; e "Tomb Raider: A Origem" (2018), de Roar Uthaug.
Terry Notary é um ator americano muito procurado como preparador de dublê, coreógrafo e treinador de movimentos. Desde suas primeiras performances como integrante do Cirque du Soleil, ele se especializou em representar numerosas criaturas e animais, um talento muito aproveitado na televisão e no cinema, como ocorreu nos filmes "Planeta dos Macacos: A Origem" (2011), de Rupert Wyatt; "Planeta dos Macacos: O Confronto" (2014) e "Planeta dos Macacos: A Guerra" (2017), ambos de de Matt Reeves.


Leia a minha crítica já publicada clicando aqui. 



Cine Dica: Curso Narrativa Cinematográfica

Curso
de Fatimarlei Lunardelli


Apresentação

A fabulação é um aspecto que constitui o ser humano desde os primórdios e faz parte de todos os grupos culturais, é uma prática universal. Faz parte da existência humana, vivemos por meio de narrações, construímos nossa biografia pessoal e nossa identidade através de narrativas. A vida é uma teia de narrativas que se expressam em conversas, sonhos, na imaginação. Quem narra, narra o que VIU, o que VIVEU ou o que TESTEMUNHOU; ou o que IMAGINOU, o que SONHOU, o que DESEJOU.


Com o surgimento do cinema a narrativa expandiu-se também pelas imagens animadas e hoje assume múltiplas formas audiovisuais. O cinema mostra a história, faz os acontecimentos se desenrolarem diante da câmera, apresentando os personagens, fornecendo ou suprimindo informações para envolver o espectador. A partir de autores que estudam a narrativa no cinema, o curso vai abordar como é o ato de narração que produz a narrativa nos filmes. Qual é o ponto de vista que guia a sucessão dos acontecimentos e regula a quantidade de informações que a narrativa fornece sobre a história.


Na literatura, o que o personagem sabe e o que ele vê são a mesma coisa. No cinema não é assim, então, como transpor essa classificação para o cinema? Este é um dos aspectos mais instigantes do estudo da narrativa no cinema, pois significa analisar a relação complexa entre o ponto de vista da instância narrativa e dos diferentes personagens.


Objetivos

O Curso Narrativa Cinematográfica, ministrado por Fatimarlei Lunardelli, vai abordar os elementos verbais e não-verbais que constituem a base da linguagem audiovisual, investigando como são utilizados os recursos de som e imagem com o objetivo de contar histórias no cinema.


Programa

Aula 1
O que é narrativa?
Como o cinema narra
O espaço na narrativa cinematográfica
O tempo na narrativa cinematográfica


Aula 2
Quem narra no filme?
Ponto de vista: o narrador explícito e o grande imagista
Focalização narrativa
Estilos de narrativa: cinema clássico e cinema moderno


Ministrante: Fatimarlei Lunardelli
Pesquisadora e professora nas áreas de Análise, Teoria, Crítica e História do Cinema. Integrante da ABRACCINE e ACCIRS, entidades representativas da crítica cinematográfica brasileira e do Rio Grande do Sul. Já ministrou os cursos "Federico Fellini: O Maestro", "Análise e Interpretação de Filmes" e “Ettore Scola: Um Cineasta Muito Especial” pela Cine UM.

Curso
NARRATIVA CINEMATOGRÁFICA
de Fatimarlei Lunardelli

Datas: 17 e 18 de Março (sábado e domingo)

Horário: 14h às 17h

Duração: 2 encontros presenciais (6 horas / aula)

Local: Cinemateca Capitólio Petrobras

Investimento: R$ 95,00
* Desconto para pagamento por depósito bancário:
a) R$ 80,00 (primeiras 10 inscrições)
b) R$ 90,00 (demais inscrições)

Formas de pagamento: Depósito ou transferência bancária / Cartão de crédito (PagSeguro)

Material: Certificado de participação e Apostila

Informações
cineum@cineum.com.br  /  Fone: (51) 99320-2714


Realização
Cine UM Produtora Cultural

Patrocínio
Apoio
Cinemateca Capitólio Petrobras

Cine Dica: Bom Comportamento e Acossado em cartaz (1 a 7 de março)

ÚLTIMO FILME DOS IRMÃOS SAFDIE E CLÁSSICO DE JEAN-LUC GODARD EM CARTAZ NA CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS
 
Bom Comportamento 

A partir de quinta-feira, 1º de março, a Cinemateca Capitólio Petrobras resgata o suspense policial Bom Comportamento, um dos principais lançamentos do ano passado, dirigido por Benny e Josh Safdie, protagonizado por Robert Pattinson. O clássico Acossado, de Jean-Luc Godard, segue em cartaz até o dia 7 de março. O valor do ingresso para os filmes em cartaz é R$ 16,00, com meia entrada para estudantes e idosos. A Cinemateca Capitólio Petrobras aceita qualquer comprovante de matrícula.

BOM COMPORTAMENTO
(Good Time)
Um filme de Benny e Josh Safdie
101 min., 2017, EUA, DCP
Distribuição: Paris Filmes

O plano de Constantine Nikas (Robert Pattinson) era assaltar um banco e descolar uma boa quantia em dinheiro, mas nada sai como planejado e seu irmão mais novo acaba preso. Decidido a resgatá-lo, Constantine embarca em uma perigosa corrida contra o relógio.


ACOSSADO
(À bout de souffle)
um filme de Jean-Luc Godard
90 min., 1960, França, DCP
Distribuição: Zeta Filmes

Michel Poiccard (Jean-Paul Belmondo) é um criminoso, obcecado por Humphrey Bogart, que rouba um carro, mata um policial e vai para Paris, onde conhece Patricia Franchini (Jean Seberg), uma linda garota americana que vende jornais na Champs-Élysées. Poiccard tenta persuadi-la a fugir com ele para a Itália, sem lhe contar que é um foragido da justiça.

GRADE DE HORÁRIOS
1º a 7 de março de 2018

1º de março (quinta)
14h - Acossado
16h – Bom Comportamento
18h - Porco Rosso: O Último Herói Romântico
20h - Vidas ao Vento

2 de março (sexta)
14h - Acossado
16h – Bom Comportamento
18h - O Serviço de Entregas da Kiki
20h - O Conto da Princesa Kaguya

3 de março (sábado)
14h - Acossado
16h - Bom Comportamento
18h - Túmulo dos Vagalumes
19h30 – Homenagem a Idrissa Ouedraogo (+ debate com Pedro Henrique Gomes)

4 de março (domingo)
14h - Acossado
16h - Bom Comportamento
18h - Princesa Mononoke
20h30 - Meu Amigo Totoro

6 de março (terça)
14h - Acossado
16h - Bom Comportamento
18h – Túmulo dos Vagalumes
20h - O Castelo no Céu

7 de março (quarta)
14h – Acossado
16h - Bom Comportamento
18h - Meu Amigo Totoro
20h - Vidas ao Vento

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: A Grande Jogada

Sinopse: Após perder a chance de participar dos Jogos Olímpicos devido a uma fatalidade que resultou em um grave acidente, a esquiadora Molly Bloom decide tirar um ano de folga dos estudos e ir trabalhar como garçonete em Los Angeles. Lá, conhece Dean Keith, um produtor de cinema que decide contratá-la como assistente, e logo Molly passa a coordenar jogos de cartas clandestinos, organizados por Dean, que conta com clientes muito ricos e famosos. 

O filme A Rede Social de David Fincher está, na minha opinião, entre os melhores filmes dos últimos em que soube alinhar com perfeição a trilha, montagem e diálogos afiados e dos quais deixaram o filme irresistível. Nesse último caso, aliás, muito se deve ao roteirista da época chamado Aaron Sorkin, que soube criar diálogos para os personagens num estilo pop e do qual fisgava facilmente a massa cinéfila com facilidade. Em sua estreia como diretor em A Grande Jogada, Aaron Sorkin nos brinda com um filme ágil, contagiante e que, mesmo com algumas falhas, cresce facilmente.
O filme acompanha vida sobre Molly Bloom, interpretada por Jessica Chastain (A Árvore da Vida), esquiadora profissional  que sofre um grave acidente e deixa o seu sonhos de embarcar nos jogos olímpicos para trás. Em Los Angeles ela começa a trabalhar como garçonete, onde conhece Dean Keith, um produtor de cinema que decide então contrata-la para ser a sua assistente em seu cassino particular. Não demora muito para que Molly comece a tirar proveito disso e usando o seu intelecto para obter o melhor lucro possível.
Assim como o recente Eu, Tonya, o filme possui um ritmo dinâmico, onde a montagem faz com que as cenas se tornem frenéticas, mesmo em situações banais dentro da trama. Além disso, a narração em off da protagonista faz com que tenhamos a sensação de estarmos presenciando uma espécie de filme do Martin Scorsese, do qual me fez lembrar, por exemplo, o Cassino, principalmente em seu primeiro e melhor ato da trama. É nesse principio, aliás, que compreendemos todas as motivações da personagem, mesmo quando as raízes do seu problema mais intimo ficam reservados para si durante um certo tempo. 
Jessica Chastain novamente prova que é uma das melhores interpretes femininas dos últimos anos, mesmo numa atuação que, por vezes, parece contida mas não menos do que ótima. A sua personagem Molly Bloom tem plena consciência no vespeiro que está se metendo, mas que adentra a esse universo perigoso do dinheiro para obter a adrenalina que havia um dia perdido em seu acidente esportivo. Essa frieza ela usa como arma para se auto proteger, mesmo numa situação, por exemplo, em que ela sente na pele as consequências que vieram bater na sua porta.
O filme somente falha ao inserir uma subtrama sobre a relação problemática dela com o seu pai, interpretado pelo veterano Kevin Costner, mas que aqui nada faz do que criar um personagem do qual nos faz lembrar os seus anteriores. Convenhamos, o reencontro de ambos os personagens na reta final do filme se torna tão forçado, que parece até que o momento havia sido inventado em última hora e quase comprometendo o resultado final da obra. Felizmente quando isso acontece o filme já se dirige para o seu final e tendo tempo, inclusive, de fazer uma pequena e bela homenagem ao clássico literário As Bruxas de Salen.
A Grande Jogada é aquele típico ótimo filme que passa meio que desapercebido pelo grande público, mas que nunca é demais então redescobri-lo. 

Cine Dica: Curta na Cinemateca exibe filmes de Nathalia Tereza

A Outra Margem

Na terça-feira, 27 de fevereiro, às 20h, a Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta uma sessão especial com três curtas realizados por Nathália TerezaA casa sem separação (2015), A outra margem (2015) e De tanto olhar o céu gastei meus olhos (2017). A diretora participa de um debate após a exibição dos filmes.
Com entrada franca, a sessão inaugura o projeto Curta na Cinemateca, uma janela de exibição para curtas-metragens brasileiros que muitas vezes acabam restritos ao circuito de festivais.

As mostras Nunca houve uma mulher como Rita, com filmes estrelados por Rita Hayworth, e 4x Claire Simon, com longas da cineasta francesa, seguem em exibição até o dia 28 de fevereiro. O valor do ingresso para as mostras é R$ 10,00, com meia entrada para estudantes e idosos.

Os longas Acossado, de Jean-Luc Godard, e Eles Só Usam Black Tie, de Sibs Shongwe-La Mer, também seguem em exibição até o final de fevereiro. O valor do ingresso para os dois filmes em cartaz é R$ 16,00, com meia entrada para estudantes e idosos.
  
NATHÁLIA TEREZA

Nascida em 1988, Nathália Tereza cresceu no Centro-Oeste Brasileiro. É diretora e roteirista. Paralelamente, desenvolve um trabalho autoral como fotógrafa. Formou-se em cinema pela FAP/CINETV-PR. Seu primeiro curta, Eu, Tereza, recebeu o prêmio ABD&C/RJ no FBCU. O curta-metragem Te Extraño foi exibido no Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba 2014, Curta Cinema 2014, no Vitória Cine Vídeo 2014 e no Diálogo de Cinema, 2014. A outra margem teve estreia na 18ª Mostra de Tiradentes. Ganhou os prêmios de melhor direção e da crítica no 48º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. No VIII Janela Internacional de Cinema do Recife, foi eleito o melhor filme. O curta A casa sem separação estreou no 4º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba 2015. De tanto olhar o céu gastei meus olhos foi exibido no 28º Festival Internacional de Curtas de São Paulo. Atualmente está desenvolvendo o roteiro de Alma Selvagem, seu primeiro longa-metragem.

FILMES
A CASA SEM SEPARAÇÃO
Ficção | 25’43” | DCP | 2015
Mariana e suas primas estão na pequena cidade de Sertaneja, no velório da avó. No carro onde passam a noite, a lâmpada interna não desliga.

A OUTRA MARGEM
Ficção | 26’13” | DCP | 2015
Sábado à noite, Centro­Oeste Brasileiro. Jean é um agroboy que escuta a rádio local onde os ouvintes deixam mensagens de amor.

DE TANTO OLHAR O CÉU GASTEI MEUS OLHOS
Ficção | 25min | DCP | Brasil | 2017
O pai de Luana e Wagner envia uma carta após anos de abandono. Wagner acredita que o pai pode ter mudado. Luana não.

GRADE DE HORÁRIOS
22 a 28 de fevereiro de 2018

22 de fevereiro (quinta)
14h - Gilda
16h15 – Eles só Usam Black-Tie
18h – Acossado
19h40 – Gare du Nord

23 de fevereiro (sexta)
14h – Sangue e Areia
16h15 – Eles só Usam Black-Tie
18h – Acossado
19h40 - Recreios
20h30 – Projeto Raros (Etéia, a Extraterrestre)

24 de fevereiro (sábado)
14h – Meus Dois Carinhos
16h15 – Eles só Usam Black-Tie
18h – Acossado
19h40 – O Bosque que Molda os Sonhos

25 de fevereiro (domingo)
14h – Paraíso Infernal
16h15 – Eles só Usam Black-Tie
18h – Acossado
19h40 – Custe o que Custar

27 de fevereiro (terça)
14h – Uma Loura com Açúcar
16h15 – Eles só Usam Black-Tie
18h – Acossado
20h – Curtas-metragens de Nathália Tereza + debate com a diretora

28 de fevereiro (quarta)
14h – A Dama de Xangai
16h15 – Eles só Usam Black-Tie
18h – Acossado
19h40 – Gare du Nord