Nos dias 16 e 17 de Junho, estarei participando do
curso HISTORIA DO CINEMA BRASILEIRO, criado pelo CENA UM
e ministrado pelo jornalista Franthiesco Ballerini. E enquanto
os dois dias não vêm, por aqui, falarei um pouco desse universo verde amarelo
do nosso cinema.
CENTRAL DO BRASIL
Sinopse: Dora
(Fernanda Montenegro) é uma mulher que trabalha na estação Central do Brasil
escrevendo cartas para pessoas analfabetas; uma de suas clientes, Ana (Soia
Lira) aparece com o filho Josué (Vinícius de Oliveira) pedindo que escrevesse
uma carta para o seu marido dizendo que Josué quer visitá-lo um dia. Saindo da
estação, Ana morre atropelada por um ônibus e Josué, de apenas 9 anos e sem ter
para onde ir, se vê forçado a morar na estação. Com pena do garoto, Dora decide
ajudá-lo e levá-lo até seu pai que mora no sertão nordestino. No meio desta
viagem pelo Brasil eles encontram obstáculos e descobertas enquanto o filme
revela como é a vida de pessoas que migram pelo país na tentativa de conseguir
melhor qualidade de vida ou poder reaver seus parentes deixados para trás.
Naquele ano (1998)
fazia um tempo que uma produção nacional não desfrutava de tamanha visibilidade
internacional. Um Road Movie sentimental de impressionante eficácia, apartir da
amizade entre uma mulher que busca uma segunda chance e um garoto que quer
procura suas raízes. Apesar de dramaticamente simples, o longa é cuidadoso,
arcabouço de emoções calculadas e imagens poderosas, diálogos enxutos e grandes
interpretações. Entre os mais de trinta prêmios arrebatados, destacam-se o Urso
de Ouro de melhor filme e o Urso de Prata de melhor atriz para Fernanda
Montenegro, conquistados no festival de Berlim
de 1998, e o globo de ouro de 1999 de melhor filme estrangeiro.
Além disso, recebeu
duas indicações ao Oscar, de melhor filme estrangeiro e de melhor atriz.
Montenegro, em uma incrível e sutil caracterização, foi à primeira atriz latina
americana a ser indicada ao Oscar de melhor atriz. Um feito histórico.
LAVOURA ARCAICA
Sinopse: André (Selton Mello) é um filho desgarrado, que saiu de casa devido à
severa lei paterna e o sufocamento da ternura materna. Pedro, seu irmão mais
velho, recebe de sua mãe a missão de trazê-lo de volta ao lar. Cedendo aos
apelos da mãe e de Pedro, André resolve voltar para a casa dos seus pais, mas
irá quebrar definitivamente os alicerces da família ao se apaixonar por sua
bela irmã Ana.
Essa
ambiciosa adaptação das telas do romance homônimo de Raduan
Nassar marca a
ousada estréia na direção de longas de Fernando Carvalho, que
vindo da TV, assina aqui o roteiro e a montagem. É um exercício formal rigoroso
e hermético, sendo uma parábola sobre o filho prodigo que retorna ao lar.
Espetáculo para poucos, o filme avança em ritmo lento e contemplativo, com
imagens de absurda beleza.
Seltom
Mello da um
verdadeiro show de interpretação, mas Raul Cortes não fica muito atrás como o patriarca
da família. Sem duvida um dos projetos mais autorais desde a retomada do cinema
brasileiro. Ganhou o premio de contribuição artística em Montreal em 2001 e
premio de publico na 25ª Mostra internacional de São Paulo.
Um comentário:
Central do Brasil realmente maravilhoso, um orgulho nacional.
Poderiam lançar mais filmes nessa temática ou nesse estilo, mas infelizmente preferem apelar para a violência e coisas do tipo... enfim...
Ótimo Post,
Grande abraço
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