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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 13 de junho de 2012

Cine Especial; Historia do Cinema Brasileiro: Parte 8


Nos dias 16 e 17 de Junho, estarei participando do curso HISTORIA DO CINEMA BRASILEIRO, criado pelo CENA UM  e ministrado pelo jornalista Franthiesco Ballerini. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui, falarei um pouco desse universo verde amarelo do nosso cinema.

O PERÍODO SOMBRIO DO CINEMA BRASILEIRO E SUA RETOMADA

Era Collor: 1990-1992

Em 15 de março de 1990, Fernando Collor assume a presidência da República. Em seu governo, as reservas financeiras particulares da população brasileira, como contas-poupança, foram confiscadas e a Embrafilme, o Concine, a Fundação do Cinema Brasileiro, o Ministério da Cultura, as leis de incentivo à produção, a regulamentação do mercado e até mesmo os órgãos encarregados de produzir estatísticas sobre o cinema no Brasil foram extintos.
Em 1992, último ano do governo Collor, um único filme brasileiro chega às telas. Foi A Grande Arte, de Walter Salles, falado em inglês e ocupante de menos de 1% do mercado.

Retomada: 1992

Em dezembro de 1992, ainda no governo de Itamar Franco, o Ministro da Cultura Antonio Houaiss cria a Secretaria para o Desenvolvimento do Audiovisual, que libera recursos para produção de filmes através do Prêmio Resgate do Cinema Brasileiro e passa a trabalhar na elaboração do que viria ser a Lei do Audiovisual, que entraria em vigor no governo de Fernando Henrique Cardoso.
A partir de 1995, começa-se a falar numa "retomada" do cinema brasileiro. Novos mecanismos de apoio à produção, baseados em incentivos fiscais e numa visão neoliberal de "cultura de mercado", conseguem efetivamente aumentar o número de filmes realizados e levar o cinema brasileiro de volta à cena mundial.

Fonte: Wikipédia

Carlota Joaquina, Princesa do Brasil

Sinopse: Um painel da vida de Carlota Joaquina, a infanta espanhola que conheceu o príncipe de Portugal com apenas dez anos e se decepcionou com o futuro marido. Sempre mostrou disposição para seus amantes e pelo poder e se sentiu tremendamente contrariada quando a corte portuguesa veio para o Brasil, tendo uma grande sensação de alívio quando foi embora.

Primeiro filme dirigido pela atriz Carla Camurati, que apesar do pequeno orçamento, soube fazer uma comédia histórica que tem mais virtudes do que defeitos. Marieta Severo brilha como a irrequieta e insaciável espanhola Carlota Joaquina, num elenco recheado de estrelas, que tem á frente o excelente comediante Marco Manini.      


Terra Estrangeira

Sinopse: Paço (Fernando Alves Pinto) deseja conhecer Portugal, a terra de sua mãe, e o faz após sua morte. Ele aceita entregar um pacote misterioso em troca da viagem. É quando se encontra com Alex (Fernanda Torres), brasileira que trabalha como garçonete em Portugal e que vive com Miguel (Alexandre Borges), um músico contrabandista viciado em heroína.

Segundo filme de Walter Salles Jr, depois do razoável A Grande Arte. Aliando uma irresistível estética em preto e branco á polemica problemática dos imigrantes brasileiros em Portugal, ele realizou um trabalho que foi escolhido pelos críticos de São Paulo como a melhor produção nacional de 1995. Como em seu primeiro trabalho, a trama também se encaminha para o thriller policial. O filme começa no dia do confisco do Plano Collor. É um retrato maduro que mistura ficção e realidade em doses iguais.            

O QUATRILHO

Sinopse: Rio Grande do Sul, 1910. Em uma comunidade rural composta por imigrantes italianos, dois casais muito amigos se unem para poder sobreviver e decidem morar na mesma casa. Mas o tempo faz com que a esposa (Patricia Pillar) de um (Alexandre Paternost) se interesse pelo marido (Bruno Campos) da outra (Glória Pires), sendo correspondida. Após algum tempo, os dois amantes decidem fugir e recomeçar outra vida, deixando para trás seus parceiros, que viverão uma experiência dramática e constrangedora, mas nem por isto desprovida de romance.

Apesar de ser o primeiro filme brasileiro a concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro, após o Pagador de Promessas (1962), em minha opinião, tem graves problemas de roteiro, com passagens que soam um tanto que dispensáveis, sendo uma deficiência agravada pela direção não segura do diretor e pelo desempenho dos dois protagonistas, bastante fracos e sem sal. O interesse do filme se justifica somente pelo talento de Gloria Peres, Patrícia Pillar e das paisagens serranas, pela produção correta e pela trilha sonora de Jaques Morelenbaum, que contou com a canção tema interpreta por Caetano Veloso.     




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