Nos dias 16 e 17 de Junho, estarei participando do
curso HISTORIA DO CINEMA BRASILEIRO, criado pelo CENA UM e ministrado pelo jornalista Franthiesco Ballerini. E enquanto os dois dias não vêm, por
aqui, falarei um pouco desse universo verde amarelo do nosso cinema.
O PERÍODO SOMBRIO DO
CINEMA BRASILEIRO E SUA RETOMADA
Era Collor: 1990-1992
Em 15 de março de
1990, Fernando Collor assume a presidência da República. Em seu governo, as
reservas financeiras particulares da população brasileira, como
contas-poupança, foram confiscadas e a Embrafilme, o Concine, a Fundação do
Cinema Brasileiro, o Ministério da Cultura, as leis de incentivo à produção, a
regulamentação do mercado e até mesmo os órgãos encarregados de produzir
estatísticas sobre o cinema no Brasil foram extintos.
Em 1992, último ano
do governo Collor, um único filme brasileiro chega às telas. Foi A Grande Arte,
de Walter Salles, falado em inglês e ocupante de menos de 1% do mercado.
Retomada: 1992
Em dezembro de 1992,
ainda no governo de Itamar Franco, o Ministro da Cultura Antonio Houaiss cria a
Secretaria para o Desenvolvimento do Audiovisual, que libera recursos para
produção de filmes através do Prêmio Resgate do Cinema Brasileiro e passa a
trabalhar na elaboração do que viria ser a Lei do Audiovisual, que entraria em
vigor no governo de Fernando Henrique Cardoso.
A partir de 1995, começa-se
a falar numa "retomada" do cinema brasileiro. Novos mecanismos de
apoio à produção, baseados em incentivos fiscais e numa visão neoliberal de
"cultura de mercado", conseguem efetivamente aumentar o número de
filmes realizados e levar o cinema brasileiro de volta à cena mundial.
Fonte: Wikipédia
Carlota
Joaquina, Princesa do Brasil
Sinopse: Um painel da vida
de Carlota Joaquina, a infanta espanhola que conheceu o príncipe de Portugal
com apenas dez anos e se decepcionou com o futuro marido. Sempre mostrou
disposição para seus amantes e pelo poder e se sentiu tremendamente contrariada
quando a corte portuguesa veio para o Brasil, tendo uma grande sensação de
alívio quando foi embora.
Primeiro filme dirigido pela
atriz Carla Camurati, que apesar do pequeno orçamento, soube fazer uma comédia histórica
que tem mais virtudes do que defeitos. Marieta Severo brilha como a irrequieta
e insaciável espanhola Carlota Joaquina, num elenco recheado de estrelas, que
tem á frente o excelente comediante Marco Manini.
Terra Estrangeira
Sinopse: Paço (Fernando Alves Pinto)
deseja conhecer Portugal, a terra de sua mãe, e o faz após sua morte. Ele
aceita entregar um pacote misterioso em troca da viagem. É quando se encontra
com Alex (Fernanda Torres), brasileira que trabalha como garçonete em Portugal
e que vive com Miguel (Alexandre Borges), um músico contrabandista viciado em
heroína.
Segundo filme de Walter Salles Jr, depois
do razoável A Grande Arte. Aliando uma irresistível estética em preto e branco á
polemica problemática dos imigrantes brasileiros em Portugal, ele realizou um
trabalho que foi escolhido pelos críticos de São Paulo como a melhor produção
nacional de 1995. Como em seu primeiro trabalho, a trama também se encaminha
para o thriller policial. O filme começa no dia do confisco do Plano Collor. É
um retrato maduro que mistura ficção e realidade em doses iguais.
O
QUATRILHO
Sinopse: Rio Grande
do Sul, 1910. Em uma comunidade rural composta por imigrantes italianos, dois
casais muito amigos se unem para poder sobreviver e decidem morar na mesma
casa. Mas o tempo faz com que a esposa (Patricia Pillar) de um (Alexandre
Paternost) se interesse pelo marido (Bruno Campos) da outra (Glória Pires),
sendo correspondida. Após algum tempo, os dois amantes decidem fugir e
recomeçar outra vida, deixando para trás seus parceiros, que viverão uma experiência
dramática e constrangedora, mas nem por isto desprovida de romance.
Apesar de ser o
primeiro filme brasileiro a concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro, após
o Pagador de Promessas (1962), em minha opinião, tem graves problemas de
roteiro, com passagens que soam um tanto que dispensáveis, sendo uma deficiência
agravada pela direção não segura do diretor e pelo desempenho dos dois
protagonistas, bastante fracos e sem sal. O interesse do filme se justifica
somente pelo talento de Gloria Peres, Patrícia Pillar e das paisagens serranas,
pela produção correta e pela trilha sonora de Jaques Morelenbaum, que contou
com a canção tema interpreta por Caetano Veloso.
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