Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Cine Especial; Historia do Cinema Brasileiro: Parte 4



Nos dias 16 e 17 de Junho, estarei participando do curso HISTORIA DO CINEMA BRASILEIRO, criado pelo CENA UM  e ministrado pelo jornalista Franthiesco Ballerini. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui, falarei um pouco desse universo verde amarelo do nosso cinema. 

Matou a família e foi ao cinema

Sinopse: Rapaz da classe média mata a navalhadas o pai e a mãe e vai assistir ao filme "Perdidas de Amor", no qual um homem mata uma mulher por amor. Ao mesmo tempo, duas jovens se amam e uma delas mata a mãe que as critica; o marido mata a mulher que reclama das dificuldades financeiras.
  
Matou a família e foi ao cinema (1969), de Júlio Bressane, definitivamente é  uma das obras mais importantes da historia do nosso cinema brasileiro. Com um talento incomum, o diretor consegue fazer o filme oscilar, o tempo todo e de uma forma bem perigosa, entre o  drama, o clichê e o sublime, a vida cotidiana e um olhar pessoal na intimidade dos personagens  que, no entanto, jamais são desvendados por completo.
Os planos, melancólicos, aliado a uma impressionante fotografia em  preto-e-branco,  lembram muito mais o cinema mudo, do que o tão conhecido  nouvelles vagues francês daquele período. A montagem mistura as tramas  ao longo do filme, fazendo o espectador assistir por um momento uma trama, para então ser jogado em outra sem mais nem menos, exigindo maior atenção para aquele que assiste.
Um filme corajoso em pleno regime da ditadura militar do Brasil, pois retrata um pouco a  desorganização da moral cotidiana, de destruição da família e a falta de afeto, mantêm seu impacto e sua emoção. Não tanto pelo registro histórico ou pela clarividência sociológica, mas pelo visionarismo cinematográfico do diretor, que foi capaz de transformar um argumento de base naturalista e melodramática numa das mais belas tragédias brasileiras. 


Dona flor e seus dois maridos

Sinopse: Durante o carnaval de 1943 na Bahia, Vadinho (José Wilker), um mulherengo e jogador inveterado, morre repentinamente e sua mulher, Dona Flor (Sônia Braga), fica inconsolável, pois apesar dele ter vários defeitos era um excelente amante. Mas após algum tempo ela se casa com Teodoro Madureira (Mauro Mendonça), um farmacêutico que é exatamente o oposto do primeiro marido. Ela passa a ter uma vida estável e tranqüila, mas tediosa e, de tanto "chamar" pelo primeiro marido, ele um dia aparece nu na sua cama. Então ela pede ajuda a uma amiga, dizendo que quase foi seduzida pelo finado esposo. Um pai de santo se prontifica a afastar o espírito de Vadinho, mas existe um problema: no fundo Flor quer que ele fique, pois há um forte desejo que precisa ser saciado.
  
Um dos mais importantes filmes da historia do cinema brasileiro.  Um espetáculo ágil e sensual, á altura do romance de Jorge Amado, no qual o filme foi baseado. O maior sucesso do cineasta Bruno Barreto e o primeiro grande êxito da carreira de Sonia Braga, que apartir desse, viria a receber inúmeras propostas de trabalho (inclusive de fora). O filme, por vários anos, permaneceu como o filme brasileiro com o maior numero de espectadores, feito que somente foi batido recentemente por Tropa de Elite 2. Ganhou dois Kikitos em gramado, de melhor diretor e melhor trilha sonora, além de ser indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro.   

A Dama do Lotação

Sinopse: Carlos (Nuno Leal Maia) e Solange (Sônia Braga) se amam desde jovens e, após um casto namoro, se casaram. Na noite de núpcias, Solange se recusa a fazer amor com ele. Primeiro ele implora, então em um acesso de raiva a estupra. Solange afirma que o adora, mas nos meses que se seguiram ao casamento ela não pode ser tocada por Carlos. Para provar a si mesma que não é frígida, começa uma rotina diária de seduzir homens em coletivos, homens que ela nunca viu nem verá novamente e nem mesmo sabe seus nomes. Além disto, ela tem relações com o melhor amigo de Carlos e até mesmo com seu sogro (Jorge Dória). Carlos entende que ela é infiel e, armado, confronta Solange. Enquanto isso, ela busca ajuda psiquiátrica, pois não sente nenhum remorso.

Baseado no livro do famoso dramaturgo Nelson Rodrigues, "A Dama do Lotação" é um bom filme e um dos maiores sucessos da carreira de Sônia Braga, onde aqui, mostrava todo o seu talento e sensualidade ao extremo. Realizado por Neville de Almeida, que também assina o roteiro, por contar uma história de uma mulher que, estuprada pelo marido na noite de núpcias, desenvolve uma patologia que a leva a procurar sexo fora do casamento, com pessoas desconhecidas, o filme entra num universo, onde a protagonista não possui limites, até então procurar uma solução para saciar as suas duvidas.  
O roteiro de Almeida é regular, mas em contrapartida, a música de Caetano Veloso é fantástica.  Entretanto, quem toma conta do filme é com certeza  Sônia Braga, no auge de sua beleza e sensualidade, em seus 28 anos de idade. Contudo, Sonia ficou marcada para sempre em papeis que sempre exigiam seu lado sensual, embora sempre tenha demonstrado enorme talento.  

Me Sigam no Facebook e Twitter:

4 comentários:

Jefferson C. Vendrame disse...

Olá, Como vai? Tudo Certo?
O cinema brasileiro sem dúvidas teve uma época em que todos achávamos que iria decolar, (final da década de 90 e primeira metade da primeira década de 2000) porém sucumbiu novamente em produções pobres e desinteressantes,Acho que a última grande produção que me chamou a atenção foi Xingu, que pelo jeito não chamou mais a atenção de ninguém se observamos os números das bilheterias.... enfim...

Grande Abraço

Marcelo Castro Moraes disse...

O problema é que foi o propio Meirelles que vendeu o filme de uma forma errada, pois Xingu ser exibido num cinema, onde publico alvo é o jovem, não teria como dar certo. Atualmente Xingu anda muito bem na capital gaucha, estando por várias semanas em cartaz, em uma das salas da Casa de Cultura Mario Quintana, que essa sim, é direcionada por um publico mais exigente e que se interessa para ótima historia.

Marcelo Castro Moraes disse...

Leia mais sobre isso aqui neste post.
http://cinemacemanosluz.blogspot.com.br/2012/05/cine-especial-xingu-meirelles-e-o.html

Unknown disse...

Oi, preciso lembrar o nome de um filme francês, anos 80. marido ciumento seda a esposa e lentamente vai deixando-a obnubilada, terminando por matá-la enquanto se barbeia (acho q com uma navalha). lembra? se sim, mande-me o nome por favor
obrigadíssima
ps: quero passá-lo em aula para discutir o femicídio.