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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 7 de agosto de 2018

Cine Dica: Como fotografei os Yanomami estreia dia 9



Documentário que retrata as relações entre índios Yanomami e agentes de saúde estreia dia 09 de agosto na sala CineBancários com sessões às 19h. Com direção e roteiro de Otavio Cury, o longa que estreou no Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo em julho, mostra as particularidades de uma convivência que transcende língua e costumes.
Uma viagem feita em 2013 pelo diretor Otavio Cury (diretor do também documental Constantino) a uma das regiões mais remotas da Terra Yanomami – a Serra de Surucucu, em Roraima, nas montanhas que fazem divisa com a Venezuela – foi o ponto de partida para o documentário Como fotografei os Yanomami. O filme estreia no CineBancários dia 9 de agosto, quinta-feira, com sessões sempre às 19h.
O desencontro cultural entre os índios e agentes de saúde chamou a atenção do diretor. Aqueles que levavam as seringas não falavam o idioma Yanomami e não conseguiam conversar com seus pacientes. “Só depois percebi que, ao tentar filmar aquele desencontro com minha câmera, eu havia me incluído no problema. Porque para os Yanomami, imagem e saúde estão intimamente ligadas. Foi a partir dessas tensões, ou desse duplo desequilíbrio, que decidi realizar o documentário”, reflete Otavio.
Para os Yanomami, estar doente é ter sua imagem agredida. Para resgata-la, os xamãs fazem seus rituais de cura. Mas para os enfermeiros que chegam às aldeias, as doenças e os remédios são outros.
A narrativa traz o ponto de vista de enfermeiros e técnicos de enfermagem que passam mais tempo na floresta do que com suas famílias: como veem os Yanomami e como se transformam com a longa vivência nas aldeias? Como lidam com os pajés e com uma concepção diferente de doença? Em sequências que oferecem contraponto à visão branca dos atendimentos, o filme dá voz a uma agente de saúde Yanomami e apresenta a visão de mundo do xamã Davi Kopenawa, a partir de passagens do livro “A queda do céu, memórias de um xamã yanomami”, de Davi Kopenawa e Bruce Albert. Por meio de sua narrativa documental, Cury apresenta um relato sensível e chama ainda atenção para o futuro da floresta e dos Yanomami.
O paulistano Otavio Cury é diretor de fotografia e de documentários. Sua filmografia inclui Cosmópolis (2005), Constantino (2012) e História de Abraim (2015). Em Constantino, sua obra de maior destaque, retoma a trajetória do bisavô, o dramaturgo sírio Daud Constantino Al-Khoury (1860-1939), por meio de uma viagem à Síria. Constantino foi filmado antes do início da revolução síria. Já o curta-metragem História de Abraim (2015) retrata a vida de uma liderança da etnia Macuxi na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, também em Roraima.

Como fotografei os Yanomami
BRASIL, 2018 | 72 min | Documentário
Direção e roteiro Otavio Cury
Produção executiva Alice Riff e Leonardo Kehdi Jr
Direção de fotografia Julia Zakia e Otavio Cury
Técnico de som Maurício Zani
Desenho de som e mixagem Dr Morris
Direção de produção Laila Pas
Colaboração no roteiro Sofia Mariutti
Montagem Otavio Cury e João Toledo
Letreiros Renato Batata
Design Diego Prosen
Pesquisa de personagens Flavia Maia
Correção de cor Henrique Reganatti
Produtor de finalização Giba Yamashiro
Produção Outros Filmes
Co-produção Studio Riff
Distribuição Descoloniza Filmes

GRADE DE HORÁRIOS
*Não abrimos segundas-feiras

9 de agosto (quinta-feira)
15h – Vinte Anos
17h – Alguma Coisa Assim
19h – Como Fotografei os Yanomami

10 de agosto (sexta-feira)
15h – Vinte Anos
17h – Alguma Coisa Assim
19h – Como Fotografei os Yanomami

11 de agosto (sábado)
15h – Vinte Anos
17h – Alguma Coisa Assim
19h – Como Fotografei os Yanomami

12 de agosto (domingo)
15h – Vinte Anos
17h – Alguma Coisa Assim
19h – Como Fotografei os Yanomami

14 de agosto (terça-feira)
15h – Vinte Anos
17h – Alguma Coisa Assim
19h – Como Fotografei os Yanomami

15 de agosto (quarta-feira)
15h – Vinte Anos
17h – Alguma Coisa Assim
19h – Como Fotografei os Yanomami

Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema ou no site ingresso.com . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados, portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00. Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

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