Nos dias 01 e 02 de setembro eu estarei na Cinemateca Capitólio Petrobras de Porto Alegre, onde irei participar do curso Pasolini: Intelectual e Cineasta Maldito, criado pelo Cine Um e ministrado pela professora e crítica de cinema Fatimalei Lunardelli. Enquanto os dias dessa atividade não chegam, eu estarei por aqui falando um pouco dos filmes desse perfeccionista e polêmico cineasta.
Gaviões e Passarinhos (1966)
Sinopse: Pai (Totò) e filho (Ninetto
Davoli), ambos trabalhadores proletários, empreendem uma viagem, acompanhados e
orientados pelas ideias marxistas de um corvo falastrão. Parábola ferina de
Pier Paolo Pasolini sobre o universo dos marginalizados.
Vida e morte, luta de
classes e a melancolia de um velho corvo intelectual são temas deste singelo
ensaio de Pasolini. O filme já faz rir desde seus cantantes créditos iniciais,
e a leveza e o bom humor com que assuntos profundos são tratados transparecem
na presença do lendário comediante Totò. A maneira de filmar de Pasolini é uma
homenagem ao cinema mudo de Charlie Chaplin. A figura de Totó, com suas pernas
finas, calças justas, fraque, cartola e guarda chuva lembra o Carlitos de
Chaplin, sempre Chaplin a inspirar os grandes diretores de cinema. Parábola
ferina de Pier Paolo Pasolini sobre o universo dos marginalizados.
Sinopse: Em busca de respostas sobre sua origem, Édipo (Franco Citti) é atingido por uma horrível profecia, onde deve matar seu pai e casar com sua própria mãe.
Édipo Rei filme de 1967, dirigido por Pier Paolo Pasolini que retrata a tragédia grega, escrita por Sófocles por volta de 427 a. C., a história de lida, relida, repetida em cenas teatrais, cinematográficas e até familiares. É difícil manter-se impassível diante do que assistimos.Filme que deve ser visto, bom ponto de parada para pensar. Édipo Rei passa a questão intrincada da inevitabilidade do que deve acontecer e o quanto colaboramos direta ou indiretamente, envoltos em uma grande teia, para que tudo ocorra e siga o curso já determinado. A vida termina onde começa. Podemos mudar?
Édipo Rei (1967)
Sinopse: Em busca de respostas sobre sua origem, Édipo (Franco Citti) é atingido por uma horrível profecia, onde deve matar seu pai e casar com sua própria mãe.
Édipo Rei filme de 1967, dirigido por Pier Paolo Pasolini que retrata a tragédia grega, escrita por Sófocles por volta de 427 a. C., a história de lida, relida, repetida em cenas teatrais, cinematográficas e até familiares. É difícil manter-se impassível diante do que assistimos.Filme que deve ser visto, bom ponto de parada para pensar. Édipo Rei passa a questão intrincada da inevitabilidade do que deve acontecer e o quanto colaboramos direta ou indiretamente, envoltos em uma grande teia, para que tudo ocorra e siga o curso já determinado. A vida termina onde começa. Podemos mudar?
Teorema (1968)
Sinopse: Em Milão a vida de uma rica família burguesa é totalmente modificada por um misterioso visitante (Terence Stamp), que seduz a empregada, o filho, a mãe, a filha e finalmente o pai. Além disto, tem um contato intelectual com todos eles, convencendo-os da futilidade da existência, e após cumprir seu objetivo parte em poucos dias. Após sua ida ninguém da família consegue continuar vivendo da mesma forma.
Como é comum em
filmes de Pasolini, a sexualidade está à tona, é fortíssima em diversas e
diversas cenas e tampouco Pasolini se envergonha de fazer planos enquadrando,
ainda que sob as calças, a genitália de Terence Stamp, no papel do visitante
sem nome. O que se passa em várias cenas do filme é uma sensação de desejo
reprimido, por diversas razões. Pelas ‘classes’ (a mera empregada não poderia usufruir
da visita), pelos tabus (um homem desejar outro, desejo que se auto-reprime,
dessa forma crescendo). Temos roupas masculinas jogadas ao sofá em uma
simbologia óbvia, e talvez certo fetiche do diretor.
Na direção, Pasolini realiza
mais um excelente trabalho, o mesmo ocorrendo com a fotografia, a cargo de
Giuseppe Ruzzolini, e a trilha sonora assinada por Ennio Morricone, onde se
destaca a música “Requiem KV 626”, de Wolfgang Amadeus Mozart. No elenco, a
atriz Laura Betti brilha, no papel da empregada Emilia, seguida pelas boas
atuações de Massimo Girotti, Silvana Mangano e Terence Stamp.
Mais informações sobre o curso clique aqui.
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