Nota: o documentário teve exibição especial na última segunda-feira
(13/08/18) no Cine bancários de Porto Alegre.
Sinopse: A narrativa acompanha o
dia a dia de Olívio, como militante das causas do povo trabalhador. O
documentário também resgata imagens históricas e momentos inesquecíveis do
partido dos trabalhadores e serve como inspiração para os novos desafios da
esquerda brasileira.
Por eu ter morado a mais de vinte
anos no município de Guaíba eu acabei estudando na escola Ruy Coelho Gonçalves e no segundo
andar de lá eu tinha uma visão do território onde serviria de local para a fábrica da
Ford na época. Quando houve toda aquela polêmica da saída da fabrica e sendo
ela transferida para Bahia, eu já estranhava a mídia focando somente um lado daquela
história e ignorando as explicações do até então Governador Olívio Dutra. Quase vinte anos após aqueles eventos os verdadeiros fatos vieram recentemente à
tona, mas porque então os meios de comunicação não foram claros na época?
Após os recentes eventos que culminaram com a saída da então presidente Dilma, por exemplo, fica cada vez mais evidente que existe um atrito, não somente entre partidos da direita e esquerda, como também dos meios de comunicação que são facilmente comprados pelas elites e que, infelizmente, se tornam parciais com os eventos que acabam mudando o nosso percurso da história. Por outro lado, o cinema brasileiro atual, principalmente o nosso cinema independente, entrou na fase do “cinema verdade” onde documentários e ficções que transitam com a realidade focam cada vez mais os males que afligem o povo brasileiro nestes últimos anos. “O Galo Missioneiro – a trajetória de um militante” pode até ser uma pequena obra em meio o formigueiro de inúmeras opções para serem vistas na telas do cinema, mas sendo grande ao transmitir humildade que tanto faz falta em nossa atual política.
Dirigido por Thiago Köche, o documentário explora os primeiros dias de Olívio Dutra como político e do seu papel nos primeiros anos de um Brasil após a extinção dos anos de Chumbo. Ao mesmo tempo, conhecemos o outro lado dessa figura importante de nosso estado, desde as suas raízes como também o seu dia a dia fora do cenário político. Passado, presente e futuro se entrelaçam numa obra de pouco mais de uma hora, mas de grande significado.
Mesmo feito com poucos recursos, Thiago Köche foi criativo nas passagens em que retrata os primeiros anos Olívio na sua transição para o cenário político. Com elaboração de Lucas Argenta, há uma animação que reconstitui esse período e remete até mesmo as típicas tiras de HQ vistas nos jornais de antigamente. Ao mesmo tempo, conhecemos as raízes humildes do político, desde a casa onde cresceu como também os pais dele vistos em antigas cenas de arquivos.
Falando nisso, as cenas de arquivos é o que dão um estalo em nossas memórias, principalmente quando surgem nas telas velhas imagens de propaganda política e de suas conhecidas músicas eleitorais da época. Vemos, então, um jovem Olívio em meio a figuras que, posteriormente, se tornariam importantes no complexo cenário político. Lula, Dilma, Raul Pont e Tarso Genro são essas figuras que surgem na tela, onde dão a sua opinião sobre o papel de Olívio no mundo da política, além de testemunharmos os mesmos em tempos mais dourados de uma luta sem trégua.
Curiosamente, quando não há cenas sobre o passado, vemos outro Olívio nunca visto pelos canais de TV. O ápice disso é quando adentramos no lar dele e de sua esposa Judite e testemunhamos paredes moldadas por quadros e livros dos mais diversos assuntos. É tamanha quantidade de livros em cena que dá para se sentir o cheiro de uma velha e boa literatura.
Embora curto, o documentário tem tempo até mesmo de tocar em assuntos espinhosos, como o já citado caso da Ford. É aí, então, que o documentário adentra ao cenário do “cinema verdade”, onde os dois lados da mesma moeda dos fatos são colocados na mesa e revelando o circo plástico moldado por mídias da época e que apoiavam somente um lado da história. Vários anos depois, se percebe o quão a história é implacável, seja ela revelada nos livros ou no próprio cenário cinematográfico.
Nos minutos finais, vemos então um Olívio com o seu dever comprido, mas sempre participando das causas sociais e dando o exemplo para essas novas gerações que buscam um caminho correto em meio aos obstáculos. “O Galo Missioneiro – a trajetória de um militante” é a reconstituição da vida de uma importante figura da nossa política, mas que nunca deixou de ser gente como a gente.
Após os recentes eventos que culminaram com a saída da então presidente Dilma, por exemplo, fica cada vez mais evidente que existe um atrito, não somente entre partidos da direita e esquerda, como também dos meios de comunicação que são facilmente comprados pelas elites e que, infelizmente, se tornam parciais com os eventos que acabam mudando o nosso percurso da história. Por outro lado, o cinema brasileiro atual, principalmente o nosso cinema independente, entrou na fase do “cinema verdade” onde documentários e ficções que transitam com a realidade focam cada vez mais os males que afligem o povo brasileiro nestes últimos anos. “O Galo Missioneiro – a trajetória de um militante” pode até ser uma pequena obra em meio o formigueiro de inúmeras opções para serem vistas na telas do cinema, mas sendo grande ao transmitir humildade que tanto faz falta em nossa atual política.
Dirigido por Thiago Köche, o documentário explora os primeiros dias de Olívio Dutra como político e do seu papel nos primeiros anos de um Brasil após a extinção dos anos de Chumbo. Ao mesmo tempo, conhecemos o outro lado dessa figura importante de nosso estado, desde as suas raízes como também o seu dia a dia fora do cenário político. Passado, presente e futuro se entrelaçam numa obra de pouco mais de uma hora, mas de grande significado.
Mesmo feito com poucos recursos, Thiago Köche foi criativo nas passagens em que retrata os primeiros anos Olívio na sua transição para o cenário político. Com elaboração de Lucas Argenta, há uma animação que reconstitui esse período e remete até mesmo as típicas tiras de HQ vistas nos jornais de antigamente. Ao mesmo tempo, conhecemos as raízes humildes do político, desde a casa onde cresceu como também os pais dele vistos em antigas cenas de arquivos.
Falando nisso, as cenas de arquivos é o que dão um estalo em nossas memórias, principalmente quando surgem nas telas velhas imagens de propaganda política e de suas conhecidas músicas eleitorais da época. Vemos, então, um jovem Olívio em meio a figuras que, posteriormente, se tornariam importantes no complexo cenário político. Lula, Dilma, Raul Pont e Tarso Genro são essas figuras que surgem na tela, onde dão a sua opinião sobre o papel de Olívio no mundo da política, além de testemunharmos os mesmos em tempos mais dourados de uma luta sem trégua.
Curiosamente, quando não há cenas sobre o passado, vemos outro Olívio nunca visto pelos canais de TV. O ápice disso é quando adentramos no lar dele e de sua esposa Judite e testemunhamos paredes moldadas por quadros e livros dos mais diversos assuntos. É tamanha quantidade de livros em cena que dá para se sentir o cheiro de uma velha e boa literatura.
Embora curto, o documentário tem tempo até mesmo de tocar em assuntos espinhosos, como o já citado caso da Ford. É aí, então, que o documentário adentra ao cenário do “cinema verdade”, onde os dois lados da mesma moeda dos fatos são colocados na mesa e revelando o circo plástico moldado por mídias da época e que apoiavam somente um lado da história. Vários anos depois, se percebe o quão a história é implacável, seja ela revelada nos livros ou no próprio cenário cinematográfico.
Nos minutos finais, vemos então um Olívio com o seu dever comprido, mas sempre participando das causas sociais e dando o exemplo para essas novas gerações que buscam um caminho correto em meio aos obstáculos. “O Galo Missioneiro – a trajetória de um militante” é a reconstituição da vida de uma importante figura da nossa política, mas que nunca deixou de ser gente como a gente.
Nota: o documentário terá
exibido em Erechim, dia 31/08, as 19horas no Seminário Nossa Senhora de Fátima.
Avenida Sete de Setembro, nº 1305.
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