POESIA
Sinopse: Mija tem mais de 60 anos e
vive com o neto adolescente numa pequena cidade do interior. Ela trabalha
acompanhando um senhor deficiente e gosta de se vestir com roupas elegantes e
coloridos chapéus. Sua atração por coisas simples e belas a leva a se inscrever
em um curso de poesia onde se torna uma estudante aplicada. Sua sensibilidade
parece estar afiada como nunca e sua visão do mundo não poderia ser mais
positiva. Mas quando o neto se envolve no suicídio de uma colega a leveza com
que Mija encara a vida entra seriamente em crise. Melhor Roteiro no Festival de
Cannes 2010.
Em um mundo onde o
espaço para a comunicação, mais precisamente para o dialogo uns com os outros,
esta cada vez em menor grau, uma personagem tenta buscar comunicação através do
mundo ao seu redor, através das coisas que passam no decorrer da sua vida e ao
longo do percurso tenta acima de tudo não se esquecer de si própria. Assim é
Poesia, do diretor coreano. Chang Dong Lee que cria aqui a saga de Mija (Yoon
Hee-jeong ótima) que a partir do ponto que sabe que tem o mal de alzheimer, busca um modo de frear a doença
através da poesia, mas ao mesmo tempo que sofre por não conseguir encontrar uma
inspiração para escrever um texto, enfrenta um grave problema vindo do seu neto.
Esse, aliás, possui ou tem alguma
dificuldade em saber ter afinidade com a sua própria avó.
Colocamo-nos ao lado
de Mia em seu trajeto e nos simpatizamos com ela perante um mundo hostil, que
por muitas vezes ignora ela, seja pelo fato dela estar velha, seja pelo fato de
ela ter um problema grave, isso é o que menos importa. É as pessoas que se
esqueceram ou deixaram de ver o que tem de bom no mundo. Já a protagonista,
mesmo com os problemas, esta viva e tenta achar algum significado no mundo em
que vive, nem que para isso se arrisque em determinados momentos.
Chang Dong Lee cria
aqui então o retrato do humano atual, de que ele está morto, ou cego ou sem
tato para sentir o lugar ou a pessoa próxima, ou então simplesmente foi o
sistema que fizeram nos tornarmos frios com relação a tudo ou a nos mesmo. Um
bom exemplo disso é a reunião de pais que junto com Mia tentam de uma forma
política e ao mesmo tempo fria sobre o assunto, tentar achar um modo de livrar
seus filhos de um crime que eles cometeram e a única pessoa que demonstra uma
reação desconcertada com relação à situação e a própria protagonista que por
muitas vezes parece ignorar ou esquecer-se da situação que presenciou ou que
terá que encarar.
Com o prêmio de
melhor roteiro recebido no festival de Cannes, Poesia é uma produção simples,
mas cheia de conteúdo que nos faz fazer uma breve reflexão de nós mesmos se
estamos ou não cada vez mais nos desligando do mundo. Pelo menos esse filme é
um pequeno belo exemplo para se fazer acordar.
O CAÇADOR
sinopse: Joong-ho Eom (Kim Yun-seok) é
um detetive que se tornou cafetão por problemas financeiros, mas está de volta
a ação, quando percebe que suas meninas desaparecem uma após a outra. Uma pista
o faz perceber que todas elas estavam com o mesmo cliente, identificado pelos
últimos dígitos do celular. Então, o ex-detetive embarca numa caçada feroz ao
homem, convencido de que ele ainda possa salvar Kim Mi-jin (Seo Yeong-hie), a
última menina desaparecida e acabar com este mistério.
A primeira vista parece um típico filme policial, mas nos
não estamos falando de um previsível filme americano e sim de um filme Coreano
que de uns tempos para cá, esse mercado tem surpreendido pelas suas qualidades
em sempre impressionar com tramas imprevisíveis desde Old Boy. Em sua estreia
como diretor, Na Hong-jin impressiona na direção com inúmeros momentos com
movimentos e truques de câmera impressionantes. Isso sem falar numa trama que
diferente dos filmes policiais americanos, possui uma imprevisibilidade
impressionante com relação ao destino dos personagens. Fugindo do clichê e
impressionando o publico, o mercado cinematográfico Coreano vai longe.
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