Sinopse:Um homem de
50 anos de idade e ex-alcoólatra decide que chegou o momento de mudar de vida.
Ele quer restabelecer os vínculos com sua filha Ana (Victoria Almeida) e para
isso viaja até a Patagônia argentina para procurá-la, só que ele não sabe onde
ela mora. Além de viajar para ganhar a filha de volta, ele quer pescar, fazer
um pouco de turismo, e é claro, mudar de vida.
Na nova onda do cinema Argentino Carlos Sorín surgiu como aquele que conta historias mínimas e curtas, para usar da expressão que deu
título a um de seus primeiros longas-metragens, numa cada vez mais rara conversão de um
cinema mais comercial para outro de um tom de reflexão. Encontrar um modelo de trama no qual chame o cinéfilo para fazer pensar muito além do que a historia apresenta pode
ser considerado corajoso e A Filha Distante, seu novo filme em cartaz fortalece essa ideia. Há no geral o mesmo partido do pouco dito, como em O Cachorro ou O
Desaparecimento do Gato, e a condição atípica.
Entre econômicas informações, esta fica clara de início, quando Marco (Alejandro Awada) estaciona num posto de gasolina e anuncia uma longa viagem. Ele é um ex-alcoólatra de 52 anos que parte em busca de uma pesca perfeita de tubarões na Patagônia, cenário habitual de Sorín, e quer rever a filha. Da primeira das intenções logo iremos saber que é falsa, pois Marco não sabe nenhum pouco como pescar.
Entre econômicas informações, esta fica clara de início, quando Marco (Alejandro Awada) estaciona num posto de gasolina e anuncia uma longa viagem. Ele é um ex-alcoólatra de 52 anos que parte em busca de uma pesca perfeita de tubarões na Patagônia, cenário habitual de Sorín, e quer rever a filha. Da primeira das intenções logo iremos saber que é falsa, pois Marco não sabe nenhum pouco como pescar.
Menos clara é a visita à
filha, de sugestiva dubiedade. Entre esta e a atividade esportiva há revelações
trazidas por metáforas bem engendradas pelo roteiro. Isto a quem se propuser
buscar a sutileza, a construção lacunar das situações e diálogos. Mostrando
paisagens tão belíssimas quanto desoladas da Patagônia, o longa apresenta um
cenário de encher os olhos. E, excetuando-se os dois atores que interpretam
Marco e sua filha, todos os outros membros do elenco não são profissionais,
fato que impressiona pela qualidade das atuações, todas muito naturais.Com
menos de 80 minutos de duração, acaba sendo também bastante rápido e, quando
você se dá conta, já acabou. Ainda que isso ajude a não deixar o ritmo lento
demais, também poderia ter buscado um desfecho menos abrupto, ainda que seja
totalmente coerente com o tom da película.
Filha Distante é um pequeno
filme sobre a luta de renascer das cinzas um relacionamento que talvez não tenha
mais solução, sendo totalmente centrada em seu protagonista e em sua relação com o meio
onde se encontra. Não é um trabalho para todo mundo, mas para quem gosta do
cinema argentino atual, fica mais fácil de recomendar.
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