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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Cine Dica: Em Cartaz: Drácula - A História Nunca Contada



Sinopse: A mitologia dos vampiros combinada com a história real do príncipe Vlad e a origem do Drácula.

Em 1992, Francis Ford Coppola surpreendeu com sua visão pessoal sobre Drácula. Criado com a ambição de ser a adaptação mais próxima da obra de Bram Stoker, o cineasta ainda teve a proeza de em poucos minutos (prólogo e o epilogo) em fundir o Drácula histórico (Vlad III, Príncipe da Valáquia) com o Drácula fictício e criando então sua origem definitiva no cinema. Vencedor de 3 Oscar, Drácula de Bram Stoker eu sempre defendi como a ultima melhor versão do personagem para o cinema e ver essa dispensável versão intitulada Drácula - A História Nunca Contada me faz ainda mais aumentar essa defesa.
Não que eu seja contra as novas adaptações, mas elas precisam ser bem dirigidas e que saiba respeitar a inteligência do cinéfilo. Mas parece que a Universal decidiu poupar em termos de orçamento, salários e contrataram um diretor novato (Gary Shore) que mais parece que saiu da área dos vídeos clipes, pois parece que se preocupa mais com os efeitos visuais do que a criação de uma boa historia. Falando nela, ela até que atrai, mas ela acaba se perdendo na forma que ela se encaminha do segundo até o seu ato final.
O grande o problema é dos roteiristas terem injetado na trama justificativas aparentemente plausíveis para os motivos que levaram o príncipe Vlad (Luke Evans) a se tornar no grande vampiro que nós conhecemos. Nós até aceitamos na boa que ele fez um pacto com um antigo vampiro (Charles Dance) para proteger a sua família e o seu reino da tirania dos turcos, mas vê-lo como um quase super herói (com direito de até lembrar Batman em alguns momentos) é meio que forçada de barra dos roteiristas. Funcionou com Malévola nesse ano, mas não significa que a mesma formula funcionária com outro personagem cinematográfico.
Se tornando conhecido por sua participação como mocinho em O Hobbit: A Desolação de Smaug, Luke Evans tem carisma e porte necessário para ser o mais novo astro de filmes de ação e aventuras no momento, mas para isso era preciso que ele estivesse nas mãos certas. Se fosse bem dirigido por um cineasta experiente, Evans teria a faca e o queijo na mão para conseguir a sua consagração . Ele até se força e torcemos por ele, mas só isso não basta.
O resto do elenco eu tenho pouco a dizer de positivo. Se Charles Dance surpreende com a sua voz soturna para o seu personagem Calígula, o mesmo não se pode dizer da mocinha Minera (Sarah Gadon) que de tão sem sal, ela poderia facilmente ter sido substituída por outra atriz facilmente. Nem mesmo uma cena crucial entre ela e o protagonista, que, aliás, o leva a sua queda definitiva pelo desejo de sangue, ajuda melhorar muita coisa. 
O filme só não se torna pior, pois pelo menos ele se sente na obrigação de tentar nos levar a sério e com isso não se torna uma grande piada como foi Van Helsing (2004). Mas ao mesmo tempo em que tenta nos levar a sério, o seu ato final é uma descarada prova que o estúdio Universal estão querendo criar uma nova franquia reunindo os outros monstros conhecidos como a Múmia, Lobisomem e Frankenstein. Se a intenção era fazer uma franquia que atraísse o público já formado por franquias conhecidas como de super heróis, então não precisava disfarçar tanto a proposta, mas sim escancarasse de uma vez.
Com efeitos visuais que mais parecem um Déjà Vu de outros filmes, Drácula - A História Nunca Contada é mais um exemplo de como o cinemão americano anda com falta de ideias e acabam por então recorrendo aos velhos conhecidos a usarem nova roupagem para atrair um novo público.
  

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