Nos dias 24 e 25 de Outubro eu estarei me encaminhando para
minha 40ª participação nos cursos do Cena Um. Na próxima aula o tema será sobre
o gênero Noir, que será ministrado pelo Doutor de Cinema Fernando Mascarello.
Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui eu estarei postando sobre os
filmes que eu assisti desse cinema inovador, corajoso para a época e que se não
fosse por eles, não existiria filmes como Pulp Fiction ou Sin City.
LUZ E SOMBRAS
Film noir (só a pouco
tempo eu soube que se pronuncia-se no-ar) é um estilo de filme primariamente
associado a filmes policiais, que retrata seus personagens principais num mundo
cínico e antipático. O Film noir é derivado dos romances de suspense da época
da Grande Depressão (muitos filmes noir foram adaptados de romances policiais
do período), e do estilo visual dos filmes de terror da década de 1930. Juntos
com os filmes de mafiosos, os primeiros filmes noir começaram a surgir a partir
de filmes baratos de pequenos estúdios, mas que foram com o tempo ganhando
certo destaque, sendo que o gênero estourou a partir da década de 1940. Os
"Noirs" foram historicamente filmados em preto-e-branco e eram
caracterizados pelo alto contraste, com raízes na cinematografia característica
do expressionismo alemão.
O termo film noir (do
francês, filme preto) foi atribuído pela primeira vez a um filme pelo crítico
francês Nino Frank em 1946. O termo era desconhecido dos diretores e atores
enquanto eles criavam os films noirs clássicos. A expressão foi definida
posteriormente por historiadores do cinema e críticos. Muitos dos criadores de
film noir revelaram mais tarde que não sabiam, naquela época, que haviam criado
um tipo distinto de filme.
Abaixo, deixo cinco
filmes que se sobressaíram dó gênero e se tornaram verdadeiros clássicos da
sétima arte. Começando pelo meu favorito da lista:
GILDA
Sinopse: Johnny
Farrell (Glenn Ford) é promovido a gerente de um famoso clube noturno em Buenos
Aires, de propriedade de um amigo seu. Quando Gilda (Rita Hayworth), a mulher de
seu amigo, é apresentada a Johnny ele a reconhece, pois tiveram um caso no
passado. É quando o antigo amor existente entre os dois é reacendido.
“Nunca houve uma
mulher como Gilda”, anunciava o cartaz na época. Realmente, poucas vezes a tela
viu explodir tanta beleza como nesta historia ambígua. Muita atenção para o
strip-tease (mais sugestivo do que fato) de Rita, ao som de Put The Blame on
Mame. A belíssima fotografia em preto e branco de Rodolph Maté, é um dos
grandes destaques do filme no qual, tornou as imagens (com Rita principalmente)
inesquecíveis.
Relíquia Macabra
Sinopse:Um detetive
particular (Humphrey Bogart) é procurado por uma mulher misteriosa (Mary
Astor), que alega estar sendo ameaçada. Mas tanto o seu perseguidor quanto o
homem encarregado de protegê-la aparecem mortos e tudo gira em torno de uma
estátua de falcão de valor incalculável.
Primeiro filme como
diretor do até então roteirista John Huston (O Tesouro de Sierra Madre, 1948),
ousando em adaptar o livro O Falcão Maltês, de Dashiel Hammett, que já havia
sido filmado em 1931 e 1936. O resultado é um clássico do filme noir, com
Bogart provando ser o melhor interprete dos detetives deste tipo de filme.
Tanto, que se alguém se lembrar de um filme de detetive, imediatamente se lembrara
de Bogart com sua cara fechada de poucos amigos e com um cigarro na boca, mesmo
não sabendo exatamente de qual filme. Fotografia em preto e branco primorosa,
cheia de sombras e nuanças, se tornou uma verdadeira fonte de referencias para
o gênero, onde inúmeros cineastas tentaram fazer outros filmes que talvez
superassem ou chegassem perto do resultado final do filme de Huston, mas muitos
não conseguiram.
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