Nos dias 24 e 25 de Outubro eu estarei me encaminhando para
minha 40ª participação nos cursos do Cena Um. Na próxima aula o tema será sobre
o gênero Noir, que será ministrado pelo Doutor de Cinema Fernando Mascarello.
Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui eu estarei postando sobre os
filmes que eu assisti desse cinema inovador, corajoso para a época e que se não
fosse por eles, não existiria filmes como Pulp Fiction ou Sin City.
LAURA
Sinopse: Mark McPherson é um
policial encarregado de investigar o assassinato de Laura Hunt, uma bela
publicitária que teve o rosto destruído por tiros de espingarda. Durante a
investigação, McPherson se sente atraído pela mulher assassinada.
Laura tem uma certa
similaridade com Casablanca, na medida em que eram dois filmes “B” que
acabaram, por circunstâncias fortuitas, ganhando um tratamento “A”, com elenco
e diretores de respeito, que se acertaram quase que por mágica. Esta é uma das
graças do cinema, de vez em quando tudo dá certo e ninguém sabe explicar
direito como tudo aquilo aconteceu. Sem dúvida, Laura foi favorecido pelos
deuses do cinema, e, por extensão, foram agraciados todos os amantes dos
grandes filmes, de ontem, hoje e sempre.
Pacto de Sangue
Sinopse: Walter Neff
(Fred MacMurray), um vendedor de seguros, é seduzido e induzido por Phyllis
Dietrickson (Barbara Stanwyck), uma sedutora e manipuladora mulher, a matar seu
marido, mas de uma forma que pareça acidente para a polícia e também em
condições específicas, que façam o seguro ser pago em dobro (no caso, 100 mil
dólares).
Para muitos
cinéfilos, um dos melhores filmes da história do cinema. Criado brilhantemente
por Billy Wilder, que com certeza foi decisivo para o resultado final dessa
obra e que se tornasse um filme indispensável, se comparado com os outros
filmes noir daquele tempo. O filme faz um
verdadeiro giro em inúmeros gêneros dentro da historia: da comédia ao drama, do
romance ao noir.
Tudo numa forma bem redonda e muito bem dirigida. Mas o grande
trunfo está no roteiro, adaptado do romance homônimo de James Cain, e escrito a
quatro mãos pelo próprio Wilder e por Raymond Chandler. O curioso, é que é de
se espantar o roteiro ter ficado tão bom, já que, por motivos pessoais, Wilder
e Chandler, simplesmente se odiavam.
Para a época, a
historia de adultério e assassinato, levou anos para sair do papel devido ao
código Hays, que ainda era vigente em 1944. Por isso a trama teve que ser
moldada várias vezes para passar pela censura. O resultado final, foi um
roteiro mais sugestivo em determinadas situações.
A atuação de Barbara
Stanwyck, vivendo a fria Phyllis , que usou o tempo todo Walter para conseguir
o que queria é magistral. Fred MacMurray, interpreta com desenvoltura Walter
Neff. Mas o destaque do elenco é Edward Robinson, que interpreta o
analista Barton Keyes e dá o tom irônico dos filmes de Wilder.
A Carta
Sinopse: Leslie
Crosbie (Bette Davis), a esposa do comerciante Robert Crosbie (Herbert
Marshall), mata um homem e alega legítima defesa, mas omite que eles eram
amantes. É quando a viúva procura o advogado da assassina, chantageando-a com
uma carta.
Em 1940, Bette Davis no auge
da fama estrela um belo suspense que até hoje não envelheceu. Ótimo filme de suspense de William Wyler (Ben
Hur), ao mesmo tempo em que apresenta toques de um belo filme Noir. Bette Davis
está ótima como sempre e nas palavras da própria atriz, A Carta possui um dos
melhores inícios de filme em que ela atuou. A cena por sinal é onde mata um
personagem que se tornará importante ao longo do filme.
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