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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Cine Especial(HQ): OS SUPREMOS




Sinopse: Homem-Aranha e Duende Verde. Os X-Men e Magneto. Estranhos seres com incríveis poderes surgiram para desafiar a ordem estabelecida, e os cidadãos comuns estão estupefatos e apavorados. A solução do governo - um pequeno, porém letal esquadrão conhecido como Os Supremos, criado para proteger as pessoas das crescentes ameaças à humanidade. Num mundo em que novas ameaças super-humanas aparecem todos os dias, eles são a última linha de defesa dos Estados Unidos contra toda sorte de inimigos.
Graças à coleção Salvat eu tive o prazer de ler finalmente Os Supremos, clássico contemporâneo absoluto da editora Marvel e que serviu de forte influencia para o universo cinematográfico. O Ultiverso, ou Univero Ultimate, da Marvel surgiu nos anos 2000 com o objetivo de reapresentar seus heróis ao mundo, sem ter nenhuma bagagem de historias cronológica e conquistar novos fãs para os quadrinhos. No entanto o Ultiverso seria um pouco diferente do 616, ele teria heróis e aventuras mais "pé no chão" sem mega-sagas ou os ciclos de morte e ressurreição dos personagens que acontecem a todo momento nas HQ normais.
Em meio a isso tudo, uma revista se destacou mais do que as outras: Os Supremos. Que é uma espécie de reinterpretação mais realista de Os Vingadores do Ultiverso. Aqui eles foram reunidos pela Shield para combater ameaças que o exército americano não era capaz de eliminar. Aliás, a Shield aqui é uma divisão do exército americano. A trama está mais para uma representação do mundo pós 11 de Setembro, com direito até uma rápida participação do Presidente  Bush.
Os Supremos foram reunidos por Nick Fury (propositalmente com cara do Samuel L. Jackson antes mesmo das adaptações para o cinema) e uma das poucas diferenças da equipe do cinema para a dos quadrinhos é a ausência do Homem Formiga e da Vespa, que aqui são um casal problemático com direito a uma sequência de briga doméstica angustiante. 
Os Supremos, o volume 1, foi produzido pela equipe Mark Millar (Procurado) , Bryan Hitch e Andrew Currie, considerado uma das melhores histórias recentes da Casa das Ideias, o ponto alto do Universo Ultimate. Os Supremos inovaram por mostrar uma face mais realista do universo Marvel, Os Vingadores são heróis mais realistas, funcionários do governo, poderosos, mas bem menos que os seus equivalentes no universo 616. Exceto pelo Hulk, que continua o mesmo monstro por vezes descontrolado.   
As historias não giram em torno apenas de grandes combates ou ameaças globais, as primeiras histórias do Capitão América, por exemplo, mostram sua adaptação a este novo século. Como ele passa a enxergar o mundo e aceitar sua nova condição de vida. Nick Fury também é bem atuante por aqui, não só senta numa poltrona e fica escalando os Vingadores para missões, ele vai para a linha de frente!
A integração dos heróis também não é algo simples, eles não começam a atuar em conjunto tão rapidamente ou aceitam entrar na equipe tão fácil. Alguns chegam até a sair e depois retornam como no caso do problemático Homem Formiga. A violência também é maior por aqui, você vê bastante pancadaria e o uso de armas de fogo é constante, principalmente pelo Capitão América, Nick Fury, Gavião Arqueiro e Viúva Negra!
Somando tudo isso, Os Supremos é definitivamente uma espécie de Watchmen do século 21, com a diferença que aqui é usado velhos conhecidos, mas com uma roupagem um tanto diferente e com personalidades humanas muito próximas da nossa.  
 
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