Nos dias 18 e 19 de
maio, eu estarei participando do curso François Truffaut: O Homem que Amava o
Cinema, criado pelo Cena Um e ministrado pela coordenadora e curadora da Sala
da Redenção da UFRGS, Tânia Cardoso de Cardoso. Enquanto os dias da atividade
não chegam, por aqui, estarei postando um pouco sobre os principais filmes
desse diretor, que foi um dos pilares que sustentou o surgimento do movimento
Nouvelle Vague.
Fahrenheit 451
Sinopse: Guy Montag
(Oskar Werner) é um bombeiro que vive numa solitária e isolada sociedade, em
que os livros são proibidos pelo Governo. É seu dever queimar todo livro que
tenha sido visto pelas autoridades ou denunciados pelos informantes. Montag
acaba se envolvendo com Clarisse (Julie Christie), uma apaixonada pela
literatura, o que o leva a ler livros de forma clandestina. É através deste
relacionamento que Montag passa a questionar os motivos que justificam a
determinação do governo de queimar toda e qualquer obra literária.
Embora lançado em
1966, o filme continua mais atual do que nunca: baseado na obra de mesmo nome
do escritor norte-americano Ray Bradbury, o filme é considerado por muito
cinéfilos o melhor do gênero da ficção científica de todos os tempos. Trama
toca em um assunto espinhoso, que é a censura contra a cultura, mais
precisamente contra os livros, onde em um futuro todos eles são pegos e
queimados.
A trama é uma critica
forte contra os meios de comunicação como a televisão, por exemplo, que
emburrece cada vez mais e mais a civilização. Na historia, acompanhamos
personagens que vivem meio que zumbis, numa sociedade controlada a cada 24 horas,
mas que pouco se importam com isso. François Truffaut disse numa determinada
época, que não ficou muito satisfeito com o resultado final desse filme, sendo
que esse foi o primeiro e ultimo filme dele em língua inglesa. Segundo as suas
próprias palavras, ele gostava bem mais na versão dublada em francês, o que não
deixa de ter certa lógica, já que o diretor fez praticamente todos os seus
filmes na frança, e a linguagem exercida na trama, soaria bem melhor mesmo em
seu país de origem.
Criticas a parte, não
importa qual língua o filme esteja, sendo que à mensagem que passa funciona até
hoje, principalmente com seu final cheio de esperança, onde prova que não
importa qual poder existe ou existira que queira nos dominar, ele jamais irá
nos tirar o nosso conhecimento, enquanto nos estivermos firmes com os nossos
desejos pelo saber.
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