Nos dias 18 e 19 de
maio, eu estarei participando do curso François Truffaut: O Homem que Amava o
Cinema, criado pelo Cena Um e ministrado pela coordenadora e curadora da Sala
da Redenção da UFRGS, Tânia Cardoso de Cardoso. Enquanto os dias da atividade
não chegam, por aqui, estarei postando um pouco sobre os principais filmes
desse diretor, que foi um dos pilares que sustentou o surgimento do movimento
Nouvelle Vague.
As Duas Inglesas e o Amor
Sinopse: No começo do
Século 20, o francês Claude e a inglesa Anne se conhecem e se tornam amigos.
Tempos depois, eles se reencontram no País de Gales e Claude se apaixona por
Muriel, irmã dela. Obrigado a se separar por um ano de Muriel, a pedido da
família dela, ele termina o romance e começa a se envolver com Anne.
Henri Pierre Roché, o
mesmo autor do livro que em 1961 havia originado o clássico Jules & Jim,
foi novamente inspiração para Truffaut realizar, dez anos depois, mais um ótimo
tratado sobre o “amor a três”: Duas Inglesas e o Amor, a trama flui a passos
largos, permeando com eficiência os pontos de vistas dos três personagens
centrais. Como sempre, Truffaut evita o piegas e foge das fáceis armadilhas
cinematográficas de maneira direta, quase minimalista, numa época em que o
termo sequer existia. As Duas Inglesas e o Amor é um filme inesquecível sobre
amores roubados, felicidade e vidas fracassadas.
O Último Metrô
Sinopse: Na Paris de
1942, Steiner é um judeu forçado a abandonar o país. Sua esposa, uma atriz,
dirige o teatro para ele. Ela tenta manter o teatro funcionando e contrata
Bernard Granger com ater principal. Mas Steiner, na verdade, está escondido no
porão.
O Último Metrô foi um dos
últimos e melhores filmes do mestre François Truffaut. No elenco, os astros
Catherine Deneuve e Gérard Depardieu brilham nos papéis principais. Se em A
Noite Americana o cineasta faz uma declaração de amor ao cinema, aqui é uma
verdadeira declaração de amor ao teatro. A trama se passa num dos momentos mais
trágicos da história do mundo e de seu
país: os anos em que a França esteve dividida em duas partes, uma invadida,
ocupada fisicamente pelas tropas nazistas, e a outra que se fingia de livre.
Mas apesar disso, novamente Truffaut dirigi a trama com carinho, nos passando
até mesmo a idéia de que as situações mostradas na trama, podem na realidade
ser uma bela mistura de ficção com a própria realidade que ele presenciou na
época. O que não seria novidade nenhuma, já que boa parte de sua filmografia (a
partir de Os Incompreendidos) tem um pouco de tudo do que ele vivenciou ao
longo da vida.
Vale lembrar que O Último
Metrô foi o primeiro de uma grande série de filmes em que Catherine Deneuve e
Gérard Depardieu trabalhariam juntos, dois dos mais belos e mais talentosos
atores do cinema francês da época. A lista dos dois juntos é extensa: Le Choix
des Armes (1981), Je Vous Aime (1981), Fort Saganne (1984), Drôle d’endroit
pour une reencontre (1988), Les Cents e une Nuits de Simon Cinéma (1995),
Tempos que Mudam/Les Temps qui Changent (2004) e Potiche – Esposa Troféu (2010).
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