Nos dias 18 e 19 de maio, eu
estarei participando do curso François Truffaut: O Homem que Amava o Cinema,
criado pelo Cena Um e ministrado pela coordenadora e curadora da Sala da
Redenção da UFRGS, Tânia Cardoso de Cardoso. Enquanto os dias da atividade não
chegam, por aqui, estarei postando um pouco sobre os principais filmes desse
diretor, que foi um dos pilares que sustentou o surgimento do movimento
Nouvelle Vague.
Jules
e Jim - Uma Mulher para Dois
Sinopse: Na Paris do
início do século 20, os amigos Jules e Jim se apaixonam pela mesma mulher,
Catherine. Ela, porém, ama Jules, com quem se casa. Depois da Primeira Guerra
Mundial, quando o trio se reencontra na Alemanha, Catherine se apaixona por
Jim. O filme mostra como esse triângulo de amor e amizade evolui ao longo dos
anos.
Se muitos na época consideravam
Jean Luc Goldard como o cineasta mais inovador, François Truffaut foi o mais
querido. Dono de uma personalidade que transmitia simpatia, ele nos brindou com
obras humanas, que fala de sentimentos, relacionamentos, alegria nas pequenas
coisas, e que talvez com esses elementos, tenha ajudado a ganhar o carinho do
publico. Com essas formulas, Truffaut criou aqui uma obra curiosa sobre
relacionamentos humanos, que foi baseada na obra autobiográfica de Henri-Pierre
Roché, que Truffaut comprou num sebo anos antes: foi amor à primeira vista quando
leu a historia, que chamava de “perfeito hino ao amor e, talvez á vida.
Ao lado de Os Incompreendidos, esse talvez
seja a maior obra prima de François Truffaut. Aqui ele cria um triangulo
amoroso inusitado (a frente da sua época), que criara situações de proporções
arrasadoras, em meio a uma fotografia primorosa e cenas inesquecíveis (a cena
do trio correndo juntos é inesquecível).
Henri Serre, Oskar Werner e Jeanne Moreau fazem seus papeis como se
fossem os últimos de suas vidas e Moreau é a que mais se sobressai, numa
interpretação completa e intensa. Uma
das musicas temas do filme foi cantada pela própria atriz, numa determinada
cena e se tornou clássica.
Jules e Jim é uma comemoração
sobre o amor, sinceridade vinda de humanos verdadeiros e que faz um contraste dos
nossos tempos atuais em que certos valores parecem instintos. Se muitos
quiserem embarcar no cinema francês comece por esse então, pois anos mais
tarde, o filme serviu até mesmo de base para a criação de outros filmes
posteriormente, como o filme Três Formas de Amar, dos anos 90 e até mesmo
inspirou outras mídias, como a HQ Estranhos no Paraíso.
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