Sinopse:Usando um
processo de colorização chamado Spectrorama 70, que consiste na aplicação de um
gel colorido sobre o filme original, em preto e branco, Luigi Cozzi nos traz
sua versão colorizada do clássico de 1956. Além disso, uma trilha sonora
original, composta pelo Magnetic System foi utilizada neste filme, assim como
cenas de outros filmes e também de noticiários, criando uma nova versão deste
filme clássico, que até hoje segue sem lançamento comercial em DVD. Nas
palavras de Cozzi: um trabalho de um fã, feito para outros fãs assistirem. A
única cópia conhecida do filme, a ser apresentada no Fantaspoa, é uma gravação
de uma exibição da TV italiana, do acervo do próprio diretor. Será uma
oportunidade única de assistir este filme e debatê-lo com seu realizador.
Clássico do cinema
japonês, criado por Ishirô Honda, merece ser redescoberto por essa nova geração
cinéfila. Quando eu conheci Godzilla, foi somente quando eu vi as suas
continuações que reprisava alguns anos atrás no SBT, mas eu não tinha nenhum
contato com o primeiro filme e nem ao menos interesse em ir atrás. Talvez isso
se deva de eu ter me acostumado á continuações tão medíocres e uma versão
americana de 1998 mais medíocre ainda, e com isso, esperava algo parecido no
primeiro filme, que foi um grande engano da minha parte. Redescobrindo o
clássico de 1954, percebemos como a idéia da criação da criatura foi de um
momento mais que propicio, que infelizmente acabou sendo que banalizada nas
continuações. Na época que a produção foi lançada, a recém se fazia dez anos
que o Japão sofreu um golpe duro pelas costas, que foi a bomba de Hiroshima e
ao mesmo tempo, o mundo vivia com medo com relação às bombas atômicas.
O monstro em si, é
uma metáfora desse medo em que os japoneses estavam vivendo, como também,
representava a força da natureza incontrolável e que nada pode ser feita contra
ela. Algo parecido no que se vê até hoje, para quem mora no Japão, depois de
desastres como terremotos e tsunamis. Em contrapartida, a trama representa
muito bem a força e a união do povo japonês perante as dificuldades, em cenas
em que mostra a dor, mas a perseverança e coragem desse povo. Não é a toa que o
filme fez um tremendo sucesso de publico e critica, gerou varias continuações
(tendo sido criado uma versão americana dois anos depois) e ter gerado a mania
de monstros de seriados japoneses.
Do elenco, destaque
para o veterano Takashi Shimura, figura bastante conhecida nos clássicos filmes
de Akira Kurosawa (Viver). Embora o filme tenha envelhecido em alguns aspectos,
deve-se notar que é uma produção muito bem cuidada e bem pensada, tanto na
fotografia, como em efeitos especiais que se tinha há oferecer na época, mas é
na trilha sonora em que a parte técnica realmente se destaca. Criada pelo
compositor Akira Ifukube, a trilha possui seis temas, sendo que, “Main Title’’
é a melodia que personificaria a lembrança do Godzilla ao público em geral.
Basta ouvir os primeiros acordes do tema inicial, que associação ao mostro é
imediata, sendo que ela voltaria em todas as continuações do personagem.
Revendo esse
clássico, não é a toa que até hoje Godzilla é considerado o rei dos monstros e
que serviu de fonte para a criação de outros filmes (como o medo pós "11
de setembro" usado como metáfora no filme Cloverfield).
O filme terá exibição somente hoje nos Cinebancários as 19horas.
Programação completa: http://www.fantaspoa.com.br/2013/
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