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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Cine Dica: Fantaspoa 2013: AURORA


ATÉ AONDE VAMOS DEVIDO A FALTA DE AFETO?

Sinopse: Lukas é um cientista que foi escolhido para fazer parte de um experimento baseado em transferência neural: as informações neurais de uma garota em coma serão a ele transferidas, fazendo com que, de alguma forma, ele seja inserido na mente da garota. O bem-sucedido experimento leva Lukas a um mundo surreal habitado por uma linda mulher, por quem imediatamente se torna obcecado. Então, ele decide não partilhar todos os resultados com os cientistas, de forma a ser plugado continuamente para poder encontrar sua paixão.

Hoje vivemos numa sociedade que está cada vez mais difícil se relacionar, onde nos simplesmente não conseguimos achar uma conexão correta para conseguirmos realmente amar a pessoa próxima, ao ponto de que certos valores que tanto nos valorizamos no passado, acaba indo por terra.  É esse pensamento que me veio ao assistir o filme Aurora da cineasta Kristina Buozyté: aqui temos o protagonista (Marius Jampolskis, ótimo), que não consegue mais sentir amor pela mulher, ao ponto de se entregar a pornografia da internet para sentir algum prazer. Mas esse quadro muda quando ele é escolhido em um experimento em transferência neural, para ajudar uma garota em coma chamada Aurora (Jurga Jutaite) e estudar sobre o que se passa na cabeça de uma pessoa quando esta neste estado.
Quando o protagonista entra nesse universo da mente humana, somos brindados com belas imagens, onde a câmera desfila suavemente por um cenário surreal, onde a edição de arte e fotografia cumpre com o seu propósito, em proporcionar uma verdadeira viagem dentro da consciência humana. Neste universo surreal, Lukas gradualmente vai conhecendo Kristina, sendo que a relação de ambos começa de uma forma gradual, mas explosiva. É neste ponto em que a cineasta quis passar ao espectador uma espécie de metáfora de como o ser humano atual vive numa realidade de carência e falta de afeto. Entrar na mente humana, para assim ter a sensação do verdadeiro calor humano (e do amor), talvez seja a ultima fronteira até aonde podemos chegar para não nos sentirmos sozinhos.
Lukas fica cada vez mais depende das viagens dentro do subconsciente de Aurora, ao ponto que a relação se torna tão intensa, que eles necessitam se fundir um ao outro, em cenas oníricas em que o corpo deles (e de outros que surgem), se torne argila ou barro, para que então aja uma fusão, devido à necessidade de eles quererem se sentir um pelo outro. No final das contas, é um filme que representa a necessidade das pessoas terem e sentirem o amor pelo próximo, pois como já diz o ditado, “sem amor somos estranhos no paraíso”.
 Os minutos finais fortalecem isso, que embora não vá agradar a todos, a produção cumpre com a proposta que quis passar para o espectador e nos faz sair da sala do cinema com as incríveis imagens que nos presenciamos dentro de nossas mentes. 

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