Sinopse: História de como os movimentos sociais no Uruguai colocaram na agenda do presidente José Mujica reivindicações como a legalização da maconha, o matrimônio igualitário, o aborto e a lei de cotas para afrodescendentes, assuntos que posicionam o país na vanguarda da luta pela justiça social no século XXI.
Dizer que o Brasil de hoje é um país democrático e laico pode estar correndo um sério risco de ser rotulado como mentiroso, pois nos últimos anos surgiu sinais explicitos de retrocessos e que levará muito tempo para nos recuperarmos desse prejuizo. Se por um lado a Ditadura Militar havia acabado nos anos oitenta, do outro, foi nos primeiros anos desse século vinte um que a igreja evangélica e a extrema direita se tornaram peças fundamentais para que o Brasil não avançasse mais. Portanto, é triste quando assistimos ao documentário "Uruguai Na Vanguarda", onde testemunhamos o governo vizinho verdadeiramente democrático e fazendo a gente constatar que o nosso se tornou uma verdadeira piada de mal gosto.
Dirigido e produzido por Marco Antonio Pereira, o documentário revela um Uruguai onde se há garantias de direitos trabalhistas, lei de cotas, equidade de gêneros, reconhecimento político da diversidade sexual, matrimônio igualitário, interrupção voluntária da gravidez, regulamentação do uso da maconha – todas essas conquistas do povo uruguaio nos últimos trinta anos estão na pauta no documentário. Com a participação de cientistas políticos e sociais, historiadores, ativistas, educadores, políticos e artistas, o filme vai atrás das raízes desses movimentos que colocaram o pequeno país da América do Sul na linha de frente da justiça social no século XXI.
Após doze anos de Ditadura Militar, iniciada em 1973, o governo usou diversos meios para que o país se tornasse genuinamente laico, mas que nenhuma dessas religiões obstruisse ou até mesmo entrasse no governo para atrasar as pautas que das quais beneficiaria o povo. Com depoimentos e registros históricos, o documentárista Marco Antonio Pereira deixa bastante claro que essa foi uma de muitas peças fundamentais para que a democracia prevalecesse e que pudesse ouvir todas as classes. Criou-se assim as bases de uma sociedade reformista, progressista e dos quais prevalecem até mesmo hoje em dia.
Outro fato determinante dos avanços foi o agrupamentos reivindicatórios que começaram a se articular e se fortalecer mutuamente, estimulados pela vitória da Frente Ampla esquerdista em 1990. Estava aberto o caminho para os futuros governos de Tabaré Vasquez (2005-2010 / 2015-2020) e José Mujica (2010-2015). Os movimentos sociais levavam, enfim, suas causas das ruas para as agendas do poder político. Com isso, não somente os direitos trabalhistas avançaram, como também do papel das mulheres no mercado do trabalho, os direitos LGBT, a luta contra discriminação racial, aprovação do aborto e legalização da maconha.
Todos esses avanços tem um único objetivo, que é ouvir e dialogar com aqueles que se sentem excluidos perante a sociedade e conseguissem assim os mesmos direitos de ir e vir no dia a dia. A questão do aborto, por exemplo, foi aprovada para combater as clinicas clandestinas e que faziam das várias jovens correrem um sério risco de vida. E se há uma maneira mais simples de extinguir a violência do tráfico de drogas, o governo do Uruguai, por sua vez, prova sim que isso é possivel, eliminando o preconceito e legalizando assim a maconha controlada pelos meios autorizados.
Com todo esse quadro diante dos nossos olhos, constatamos o quanto que o Uruguai trabalhou para que os erros do passado não ecoassem no presente e que não fizesse com que o país retrocedesse novamente. A partir do momento em que deram ouvido as vozes nas ruas se criou um exemplo de democracia e reconhecida até mesmo mundialmente. Se por um lado é maravilhoso testemunharmos esse retrato social, do outro, é triste constatar o quanto nós brasileiros teremos que avançar diversas casas desse tabuleiro retrógrado e que, infelizmente, convivemos com ele em um pesadelo continuo.
"Uruguai Na Vanguarda" é um retrato de um país verdadeiramente democrático e do qual o Brasil dificilmente chegará a esse estágio enquanto estiver sendo governado por conservadores, golpistas e milicianos da vida.
Dirigido e produzido por Marco Antonio Pereira, o documentário revela um Uruguai onde se há garantias de direitos trabalhistas, lei de cotas, equidade de gêneros, reconhecimento político da diversidade sexual, matrimônio igualitário, interrupção voluntária da gravidez, regulamentação do uso da maconha – todas essas conquistas do povo uruguaio nos últimos trinta anos estão na pauta no documentário. Com a participação de cientistas políticos e sociais, historiadores, ativistas, educadores, políticos e artistas, o filme vai atrás das raízes desses movimentos que colocaram o pequeno país da América do Sul na linha de frente da justiça social no século XXI.
Após doze anos de Ditadura Militar, iniciada em 1973, o governo usou diversos meios para que o país se tornasse genuinamente laico, mas que nenhuma dessas religiões obstruisse ou até mesmo entrasse no governo para atrasar as pautas que das quais beneficiaria o povo. Com depoimentos e registros históricos, o documentárista Marco Antonio Pereira deixa bastante claro que essa foi uma de muitas peças fundamentais para que a democracia prevalecesse e que pudesse ouvir todas as classes. Criou-se assim as bases de uma sociedade reformista, progressista e dos quais prevalecem até mesmo hoje em dia.
Outro fato determinante dos avanços foi o agrupamentos reivindicatórios que começaram a se articular e se fortalecer mutuamente, estimulados pela vitória da Frente Ampla esquerdista em 1990. Estava aberto o caminho para os futuros governos de Tabaré Vasquez (2005-2010 / 2015-2020) e José Mujica (2010-2015). Os movimentos sociais levavam, enfim, suas causas das ruas para as agendas do poder político. Com isso, não somente os direitos trabalhistas avançaram, como também do papel das mulheres no mercado do trabalho, os direitos LGBT, a luta contra discriminação racial, aprovação do aborto e legalização da maconha.
Todos esses avanços tem um único objetivo, que é ouvir e dialogar com aqueles que se sentem excluidos perante a sociedade e conseguissem assim os mesmos direitos de ir e vir no dia a dia. A questão do aborto, por exemplo, foi aprovada para combater as clinicas clandestinas e que faziam das várias jovens correrem um sério risco de vida. E se há uma maneira mais simples de extinguir a violência do tráfico de drogas, o governo do Uruguai, por sua vez, prova sim que isso é possivel, eliminando o preconceito e legalizando assim a maconha controlada pelos meios autorizados.
Com todo esse quadro diante dos nossos olhos, constatamos o quanto que o Uruguai trabalhou para que os erros do passado não ecoassem no presente e que não fizesse com que o país retrocedesse novamente. A partir do momento em que deram ouvido as vozes nas ruas se criou um exemplo de democracia e reconhecida até mesmo mundialmente. Se por um lado é maravilhoso testemunharmos esse retrato social, do outro, é triste constatar o quanto nós brasileiros teremos que avançar diversas casas desse tabuleiro retrógrado e que, infelizmente, convivemos com ele em um pesadelo continuo.
"Uruguai Na Vanguarda" é um retrato de um país verdadeiramente democrático e do qual o Brasil dificilmente chegará a esse estágio enquanto estiver sendo governado por conservadores, golpistas e milicianos da vida.
Confira o trailer clicando aqui.
Em Cartaz: Cinebancários. R. Gen. Câmara, 424 - Centro Histórico, Porto Alegre. Horário: 19horas.
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