Sinopse: Enquanto uma escritora escreve em um canto de um bar-café, ela observa as idas e vindas de casais que se sentam no local e começam a dialogar sobre as suas relações e amores não correspondidos.
Hong Sang-Soo se tornou nestes últimos tempos aquele típico cineasta que todos nós já temos uma nítida ideia do que esperar de seu próximo filme autoral. Transitando entre temas que vai desde ao amor como também ao cinema, o cineasta constrói uma trama que se resume em diálogos afiados e cujo o cenário pode ser resumido em uma mesa de um café qualquer da cidade grande. Em "Grass" ele novamente usa esses mesmos ingredientes e os fãs só agradecem.
O filme se passe em um pequeno café, onde uma jovem (Kim Min-hee), senta-se com frequência na mesa do canto e parece estar sempre digitando em seu laptop. A autora busca inspiração nos diálogos que acontecem ao seu redor, dando continuidade a eles e até mesmo intervindo nas conversas dos clientes. Seria ela responsável pelos dramas dos relacionamentos?
Os primeiros minutos me chamaram atenção por me lembrar do filme "Os Belos Dias de Aranjuez" (2017), do diretor Wim Wenders, já que em ambos os casos temos um personagem que é escritor e fica observando a distância personagens dialogando sobre diversos assuntos. Mas se naquele filme víamos o escritor testemunhar os seus próprios personagens dialogando, por aqui, Hong Sang-Soo logo já nos deixa claro que a escritora, interpretada pela atriz Kim Min-hee, observa realmente personagens reais, mas dos quais ela busca inspiração no que escreve no canto do bar-café.
Aliás, basicamente o filme se passa nesse único cenário, onde vemos personagens entrando e saindo, se sentando e dialogando sobre relacionamentos. Cada dupla em cena possui uma história distinta uma da outra, mas fazendo com que se interliguem com os demais personagens que vão surgindo na tela. Uma vez apresentado todos, testemunhamos um microcosmo criado pelo diretor e do qual nada mais é do que, novamente, falar sobre a sua pessoa e do seu modo de enxergar a vida e relacionamentos não correspondidos.
Assim como em seus filmes anteriores, Hong Sang-Soo usa a sua câmera, por vezes, em movimento e nunca se desviando dos seus principais protagonistas. Curiosamente, a fotografia aqui faz um pequeno, porém, belo jogo de sombras, principalmente em uma cena chave onde quase não vemos um rosto de um personagem, mas do qual o mesmo se revela de uma forma surpreendente. Na minha opinião, de todos os personagens vistos na tela, esse é o mais próximo do que seria Hong Sang-Soo como pessoa no mundo real, mesmo que talvez nunca tenhamos certeza afinal.
Embora curto, "Grass" é mais um filme imperdível para os fãs do cineasta Hong Sang-Soo e cuja a sua maneira de enxergar o mundo só aumenta a nossa ansiedade para assistirmos ao seu próximo projeto.
O filme se passe em um pequeno café, onde uma jovem (Kim Min-hee), senta-se com frequência na mesa do canto e parece estar sempre digitando em seu laptop. A autora busca inspiração nos diálogos que acontecem ao seu redor, dando continuidade a eles e até mesmo intervindo nas conversas dos clientes. Seria ela responsável pelos dramas dos relacionamentos?
Os primeiros minutos me chamaram atenção por me lembrar do filme "Os Belos Dias de Aranjuez" (2017), do diretor Wim Wenders, já que em ambos os casos temos um personagem que é escritor e fica observando a distância personagens dialogando sobre diversos assuntos. Mas se naquele filme víamos o escritor testemunhar os seus próprios personagens dialogando, por aqui, Hong Sang-Soo logo já nos deixa claro que a escritora, interpretada pela atriz Kim Min-hee, observa realmente personagens reais, mas dos quais ela busca inspiração no que escreve no canto do bar-café.
Aliás, basicamente o filme se passa nesse único cenário, onde vemos personagens entrando e saindo, se sentando e dialogando sobre relacionamentos. Cada dupla em cena possui uma história distinta uma da outra, mas fazendo com que se interliguem com os demais personagens que vão surgindo na tela. Uma vez apresentado todos, testemunhamos um microcosmo criado pelo diretor e do qual nada mais é do que, novamente, falar sobre a sua pessoa e do seu modo de enxergar a vida e relacionamentos não correspondidos.
Assim como em seus filmes anteriores, Hong Sang-Soo usa a sua câmera, por vezes, em movimento e nunca se desviando dos seus principais protagonistas. Curiosamente, a fotografia aqui faz um pequeno, porém, belo jogo de sombras, principalmente em uma cena chave onde quase não vemos um rosto de um personagem, mas do qual o mesmo se revela de uma forma surpreendente. Na minha opinião, de todos os personagens vistos na tela, esse é o mais próximo do que seria Hong Sang-Soo como pessoa no mundo real, mesmo que talvez nunca tenhamos certeza afinal.
Embora curto, "Grass" é mais um filme imperdível para os fãs do cineasta Hong Sang-Soo e cuja a sua maneira de enxergar o mundo só aumenta a nossa ansiedade para assistirmos ao seu próximo projeto.
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