Sinopse: Um acidente fluvial aponta para uma fraude no mercado de seguros. Uma viúva começa a investigar e o que surge é um emaranhado de manobras para tirar vantagem do sistema financeiro mundial.
"A Grande Aposta" (2015) foi uma criativa comédia que soube dialogar com o público leigo e que até hoje não entendeu direito sobre quais foram as peças fundamentais que causaram a crise mundial em 2008. Anos mais tarde, mais precisamente em 2016, milhões de documentos até então sigilosos, oriundos de um escritório de advocacia localizado no Panamá, abalaram o planeta. Através deles, era possível comprovar a ação de centenas de empresas e dezenas de países em paraísos fiscais espalhados mundo afora, com o objetivo de economizar através de fraudes e evasão fiscal.
Entender todo esse emaranhado de números, corrupção e ambição requer criatividade para que o público leigo entenda ao ponto que chegou o universo financeiro e como ele é o ingrediente principal que molda esse sistema que nos controla como um todo. Não é de hoje que Steven Soderbergh gosta de colocar o dedo na ferida, pois basta assistir aos filmes de sua autoria como, por exemplo, "Erin Brockovich - Uma Mulher de Talento". Porém, é em "A Lavanderia" que ele nos traz uma situação espinhosa recente e da qual todos nós caminhamos sobre ela até hoje.
O filme conta o caso real de Ramón Fonseca (Antônio Banderas) e Jürgen Mossack (Gary Oldman) que comandam um escritório de advocacia sediado na Cidade do Panamá, de onde gerenciam dezenas de empresas. Eles participam de todo tipo de fraude, sempre dispostos a faturar mais. Um dos casos envolve o pagamento da indenização a Ellen Martin (Meryl Streep), após seu marido Joe (James Cromwell) falecer devido a um acidente de barco. Sem receber a quantia prometida, ela decide investigar por conta própria a empresa que está lhe dando calote.
Entender todo esse emaranhado de números, corrupção e ambição requer criatividade para que o público leigo entenda ao ponto que chegou o universo financeiro e como ele é o ingrediente principal que molda esse sistema que nos controla como um todo. Não é de hoje que Steven Soderbergh gosta de colocar o dedo na ferida, pois basta assistir aos filmes de sua autoria como, por exemplo, "Erin Brockovich - Uma Mulher de Talento". Porém, é em "A Lavanderia" que ele nos traz uma situação espinhosa recente e da qual todos nós caminhamos sobre ela até hoje.
O filme conta o caso real de Ramón Fonseca (Antônio Banderas) e Jürgen Mossack (Gary Oldman) que comandam um escritório de advocacia sediado na Cidade do Panamá, de onde gerenciam dezenas de empresas. Eles participam de todo tipo de fraude, sempre dispostos a faturar mais. Um dos casos envolve o pagamento da indenização a Ellen Martin (Meryl Streep), após seu marido Joe (James Cromwell) falecer devido a um acidente de barco. Sem receber a quantia prometida, ela decide investigar por conta própria a empresa que está lhe dando calote.
Assim como o já citado "A Grande Aposta", os protagonistas quebram a quarta parede para falar com a gente o tempo todo e para compreendermos sobre esse universo cheio de números vindos do próprio dinheiro. Com humor sarcástico, os personagens simplesmente nos esfregam na cara o lado hipócrita deles próprios, mas sem nenhum arrependimento, pois tudo não passa de um grande negócio. Antônio Bandeiras e Gary Oldman dão sempre um show quando ambos surgem juntos em cena e fazendo a gente, tanto amar, como também odiar com relação ao que eles fazem no dia a dia.
Com um elenco cheio de estrelas, o filme possui também uma edição dinâmica, onde a produção transita entre várias subtramas, mas das quais são todas interligadas. Querendo ou não, Steven Soderbergh vem nos dizer que somos afetados o tempo todo por toda essa tramoia de um sistema corrupto e cujos os seus empresários e políticos lucram através do nosso custo. Portanto, nada melhor do que a própria figura de Meryl Streep sintetizar a nossa revolta e que, como sempre, nos brinda com uma ótima atuação em cena.
Claro que, ao menos para atriz, a produção é uma mera de desculpa para Streep escancarar a sua revolta nestes tempos em que a democracia mundial está em declínio. No ato final, ao vermos a sua personagem saindo de cena e dando lugar a ela própria, testemunhamos uma Meryl Streep não se importando em comprar briga com a própria Casa Branca, mesmo quando essa briga em alguns casos se torne uma causa perdida. O final é surpreendente pelo fato de escancarar a hipocrisia dessas elites corruptas e da qual somente nos suga para logo em seguida nos jogar. fora.
"A Lavanderia" é um retrato sarcástico desse mundo real em que vivemos, onde todos nós nos encontramos em um futuro indefinido, enquanto os poderosos corruptos estão bem relaxados.
Com um elenco cheio de estrelas, o filme possui também uma edição dinâmica, onde a produção transita entre várias subtramas, mas das quais são todas interligadas. Querendo ou não, Steven Soderbergh vem nos dizer que somos afetados o tempo todo por toda essa tramoia de um sistema corrupto e cujos os seus empresários e políticos lucram através do nosso custo. Portanto, nada melhor do que a própria figura de Meryl Streep sintetizar a nossa revolta e que, como sempre, nos brinda com uma ótima atuação em cena.
Claro que, ao menos para atriz, a produção é uma mera de desculpa para Streep escancarar a sua revolta nestes tempos em que a democracia mundial está em declínio. No ato final, ao vermos a sua personagem saindo de cena e dando lugar a ela própria, testemunhamos uma Meryl Streep não se importando em comprar briga com a própria Casa Branca, mesmo quando essa briga em alguns casos se torne uma causa perdida. O final é surpreendente pelo fato de escancarar a hipocrisia dessas elites corruptas e da qual somente nos suga para logo em seguida nos jogar. fora.
"A Lavanderia" é um retrato sarcástico desse mundo real em que vivemos, onde todos nós nos encontramos em um futuro indefinido, enquanto os poderosos corruptos estão bem relaxados.
Joga no Google e me acha aqui:
Nenhum comentário:
Postar um comentário