Sinopse: De mãe da Nouvelle Vague a ícone feminista, a diretora francesa Agnès Varda expõe seus processos de criação e revela sua experiência com o fazer cinematográfico.
Fico devendo para a cineasta Agnès Varda (1928 - 2019), já que não tinha visto quase nada de seu trabalho no cinema. Sinceramente, somente fui conhece-la no documentário "Visages, Villages" (2016) que, ao lado do seu jovem amigo e fotografo JR, ficava perambulando o interior da França e criando belíssimas fotografias nas paredes das casas dos seus habitantes. Portanto, tudo o que é visto em "Varda por Agnès" (2019) é novidade para mim, já que ela faz uma retrospectiva de sua filmografia e que, ao mesmo tempo, serve como cartão de visita para aqueles que nunca se debruçaram em suas obras.
Diferente de documentários recentes, como no caso de "Procurando por Ingmar Bergman" (2018), que faziam uma reconstituição dos cineastas, aqui é a própria Agnes Varda que fala sobre o princípio e seus últimos passos como cineasta. É tentador, portanto, acusa-la de pretenciosa, já que é fácil a gente pensar que ela poderia suavizar os seus altos e baixos de sua carreira. Porém, já nos seus tantos anos de vida, acredito que Agnès Varda não tem nada para esconder, mas sim se revelar na frente das câmeras.
Nas suas quase duas horas de duração, Agnès apresenta os seus primeiros trabalho, no auge de sua juventude, revelando as inúmeras vezes que fazia o mesmo take e não escondendo os percalços que ela precisava enfrentar. Se dividindo em documentários e ficções, Agnès procurava sempre revelar em suas obras, tanto a verdadeira face da França, como também sobre o que acontecia ao redor do mundo. Portanto, é grandioso quando testemunhamos sobre o documentário "A Casa da Resistência" (1968), que ela foi filmar nos EUA e sintetizando as ondas de mudanças sobre os costumes e políticas que estavam ocorrendo entre os anos 60 e 70.
Percebe-se, ao longo da projeção, que Agnès amava o cinema acima de tudo e que usava até mesmo as dificuldades como ideias para os seus roteiros. Em seus documentários, por exemplo, não foram os percalços que fizeram ela recuar e criando assim obras que denunciavam uma França que não se enxergava nos cartões postais. "Os Catadores e Eu" (1999) é um belíssimo exemplo de como ela pregava o lado socialista e mostrando a verdadeira cara de um povo francês que as elites queriam esconder.
Em sua reta final, Agnès fala um pouco de sua vida pessoal, saúde e de certos arrependimentos ao longo do seu percurso. É onde, por exemplo, ela retorna na sua obra "Visages, Villages" e revelando à sua maneira de como ela queria realmente finalizar uma de suas últimas obras. Essa sequência, aliás, revela sobre alguém com a ideia de dever cumprido e não tendo nada a fazer, a não ser descansar em paz.
"Varda por Agnès" não é uma carta de Adeus, mas sim um convite promissor para conhecermos uma filmografia de alguém, cujo o cinema era a sua principal guia na encruzilhada pela vida.
Diferente de documentários recentes, como no caso de "Procurando por Ingmar Bergman" (2018), que faziam uma reconstituição dos cineastas, aqui é a própria Agnes Varda que fala sobre o princípio e seus últimos passos como cineasta. É tentador, portanto, acusa-la de pretenciosa, já que é fácil a gente pensar que ela poderia suavizar os seus altos e baixos de sua carreira. Porém, já nos seus tantos anos de vida, acredito que Agnès Varda não tem nada para esconder, mas sim se revelar na frente das câmeras.
Nas suas quase duas horas de duração, Agnès apresenta os seus primeiros trabalho, no auge de sua juventude, revelando as inúmeras vezes que fazia o mesmo take e não escondendo os percalços que ela precisava enfrentar. Se dividindo em documentários e ficções, Agnès procurava sempre revelar em suas obras, tanto a verdadeira face da França, como também sobre o que acontecia ao redor do mundo. Portanto, é grandioso quando testemunhamos sobre o documentário "A Casa da Resistência" (1968), que ela foi filmar nos EUA e sintetizando as ondas de mudanças sobre os costumes e políticas que estavam ocorrendo entre os anos 60 e 70.
Percebe-se, ao longo da projeção, que Agnès amava o cinema acima de tudo e que usava até mesmo as dificuldades como ideias para os seus roteiros. Em seus documentários, por exemplo, não foram os percalços que fizeram ela recuar e criando assim obras que denunciavam uma França que não se enxergava nos cartões postais. "Os Catadores e Eu" (1999) é um belíssimo exemplo de como ela pregava o lado socialista e mostrando a verdadeira cara de um povo francês que as elites queriam esconder.
Em sua reta final, Agnès fala um pouco de sua vida pessoal, saúde e de certos arrependimentos ao longo do seu percurso. É onde, por exemplo, ela retorna na sua obra "Visages, Villages" e revelando à sua maneira de como ela queria realmente finalizar uma de suas últimas obras. Essa sequência, aliás, revela sobre alguém com a ideia de dever cumprido e não tendo nada a fazer, a não ser descansar em paz.
"Varda por Agnès" não é uma carta de Adeus, mas sim um convite promissor para conhecermos uma filmografia de alguém, cujo o cinema era a sua principal guia na encruzilhada pela vida.
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