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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 16 de maio de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: 'John Wick 3: Parabellum' - Um Balé de Violência e Sangue

Sinopse: John Wick luta para sair de Nova York quando um contrato de 14 milhões de dólares faz dele o alvo dos maiores assassinos do mundo. 

Quando John Wick - De Volta Ao Jogo (2014) foi lançado nos cinemas eu dei pouco crédito a obra, pois eu achava somente mais uma tentativa de trazer as velhas fórmulas dos filmes de ação para os tempos atuais, mas usando uma nova roupagem e bem refinada. Porém, ninguém imaginava que o filme renderia uma continuação, não somente superior, como também expandindo esse cenário que antes nos parecia simplório. Eis que então chega aos cinemas "John Wick 3: Parabellum", se tornando não é só melhor filme dessa franquia, como também atinge patamares poucas vezes vistos em um filme de ação e que, por vezes, faz falta dentro do gênero.
Dirigido novamente por  Chad Stahelski, o filme começa exatamente onde a trama anterior havia se encerrado. John Wick (Keanu Reeves) havia eliminado o antagonista Santino D'Antônio (Riccardo Scamarcio) dentro do Hotel Continental, território proibido para a Alta Cúpula. Não demora muito para a Alta Cúpula declarar John Wick como culpado e pôr a sua cabeça a prêmio.
Embora o filme perca o seu tempo com uma trama conspiratória que, por vezes, soe desnecessária, o filme ganha ares refinados, tanto em suas elaboradas cenas de ação, como também em seu visual. Nova York, por exemplo, é apresentado no início da trama com um visual inesquecível, onde a chuva e a fotografia a moldam de uma maneira raramente vista no cinema. Ao mesmo tempo, se percebe um entrelaçamento entre o velho e o novo, como se estivéssemos vendo uma realidade retro, tanto no visual apresentado da cidade, como também dos seus ocupantes que se escondem dentro do submundo do crime.
Além disso, é preciso dar palmas pelas elaboradas e muito bem criativas cenas de ação. Cada uma delas é pensada de uma forma que nos impressione, como se fosse um ato de balé, mas orquestrado por uma edição agiu e que remete até mesmo os melhores momentos da "Trilogia de Bourner" iniciada em 2002. Portanto, não se surpreenda se surgir em algum momento da trama uma peça de balé vinda de um palco, pois a referência está mais do que explicita e claramente proposital.
Não resta dúvida que, em seus 54 anos de vida, Keanu Reeves esteja em boa forma nesse tipo de gênero e obtendo novamente um sucesso que não se obtinha desde o encerramento da franquia "Matrix". Mesmo com poucas palavras, o seu personagem tem o domínio da cena, principalmente nas cenas perigosas, onde constatamos que é o próprio ator em meio as vertiginosas cenas perigosas. Porém, é bom destacarmos as boas presenças de Laurence Fishburne, Anjelica Huston, Ian McShane e de Halle Berry, sendo que essa última precisava finalmente de um desempenho decente no cinema.
Mas é claro que nem tudo são flores nesse percurso dessa refinada obra de violência e sangue. Ao meu ver, os roteiristas meio que exageraram sobre a importância da Alto Cúpula, que ganha patamares desproporcionais, ao ponto que não me surpreenderia se ela controlasse até mesmo a própria Casa Branca. Além disso, os realizadores se arriscaram ao deixar em aberto o final da trama, para haver eventual sequência que, caso não tenham cuidado, periga a fórmula então se cansar.
Apesar disso, "John Wick 3: Parabellum" dá um novo frescor para o gênero de ação, cujo o seu entreterimento nos prende na cadeira e fazendo a gente se perguntar de que maneira nos será apresentado a próxima cena.   


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