Nota: O filme será
exibido hoje aos associados e não associados do Clube de Cinema de Porto
Alegre, às 19h na Sala da Redenção da Ufgs. Participe.
Sinopse: Conta a
história de Rupert Pupkin, aspirante a comediante obcecado por se tornar um rei
da comédia. Ele encontra seu ídolo e pede para fazer uma participação no talk
show dele, porém é sempre enrolado. Pupkin não desiste e começa a mostrar o
lado mais doentio de sua obsessão na busca de conseguir o que almeja.
Roteiro e edição são
muito bem construídos, onde o cineasta consegue fazer da trama balançar, tanto
para a comédia como para o drama que, embora sejam gêneros distintos, não soe
nada forçado ou muito menos exagerado. O grande momento do filme vem dos
momentos de delírio e grandeza de Rupert, alternando entre seu diálogo
improvisado no quarto/porão de sua casa, e a conversa com Jerry num restaurante
luxuoso; e o programa de auditório imaginário com fotos em tamanho real de Lisa
Minelli e Jerry Langford.
Os desempenhos são
ótimos, devido à ótima ideia de Scorsese se alongar alguns momentos. O filme
aumenta em termos de suspense de uma forma gradual, através do seu tom cada vez
mais desconcertante, onde as investidas de Rupert se tornam cada vez mais fortes
e tornando o desenrolar da trama imprevisível. Uma crítica sombria ao culto dos
famosos que, embora não tenha dado muitos louros para o diretor na época,
rapidamente fez do filme se tornar cultuado ao longo do tempo.
Curiosidade: Martin
Scorsese declarou em entrevista que ele e Robert De Niro não trabalharam juntos
por sete anos devido à intensa carga emocional que O Rei da Comédia trouxe para
ambos. Robert De Niro usou
provocações anti-semitas para irritar Jerry Lewis, durante a realização da cena
em que seu personagem destrói a casa de campo. Lewis ficou chocad com as
ofensas, mas manteve a atuação.
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