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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 10 de maio de 2023

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre - 'O Colibri'

 Nota: Filme exibido para os associados em 07/05/2023 

Sinopse: Adaptação do romance homônimo de Sandro Veronesi, o filme segue a jornada de Marco Carrera, mais conhecido como Colibri. Sua vida, como a de muitas pessoas, é marcada por grandes desafios e adversidades, conquistas e paixões. A história é contada por meio de memórias que conduzem o espectador de um período para outro, num tempo que vai do início dos anos 1970 ao futuro próximo.  

Francesca Archibugi é uma diretora italiana que toca em assuntos delicados, desde desarmonizarão familiar, depressão e de como escolher da melhor maneira em se despedir da vida. Em "Ella e John" (2018), por exemplo, vemos um casal de longa vida que decidem fazer uma última viagem para, enfim, tomar uma decisão drástica."O Colibri" (2023) prossegue com essa ousadia da cineasta, ao alinhar questões sobre a vida, morte e o universo familiar que quase sempre se encontra em atritos infinitos.

Baseado no romance de Sandro Veronesi, o filme segue a vida de um homem da década de 1970 até o futuro próximo e as inúmeras relações que cruzaram seu caminho ao longo do tempo. O Início dos anos 1970. Foi à beira-mar que Marco Carrera conheceu Luisa Lattes, uma moça bonita e um tanto peculiar. É um amor que nunca será consumado, mas nunca será extinto. A vida de casado de Marco acontecerá em Roma, com Marina e sua filha Adele. Nas garras de um destino sinistro que o submete a terríveis provações, Marco se encontra em Florença.

Francesca Archibugi testa a nossa atenção já na abertura do filme, quando presenciamos diversas situações de duas ou três famílias, quando na realidade elas formam uma única. Estamos diante de uma trama não linear, onde a linha temporal vem e volta para o passado, presente e fazendo com que nos obrigue em termos uma atenção redobrada para não perdermos o fio da meada. Para melhor compreensão é preciso focar somente em único personagem que é Marco, mesmo sendo interpretado por três atores, mas que no principio agente o identifica através do uso dos seus óculos.

Uma vez que a gente fisga a proposta principal da trama logo acabamos seguindo Marco em sua jornada pessoal e familiar, que vai desde amores não correspondidos, como também os mistérios que envolve a vida e sobre perdas muito próximas. Na abertura, por exemplo, testemunhamos um suicídio e que somente mais adiante ficaremos sabendo das suas consequências e como afetaria a maioria daquela família.

O filme como um todo não funciona somente pelo modo de contar a sua trama de forma temporal, como também graças ao desempenho do ator Pierfrancesco Favino como Marco. Através do Clube de Cinema de Porto Alegre eu conheci esse talento através de filmes como "Irmãos a Italiana (2021) e mais recentemente "O Traidor" (2022). Porém, aqui ele obtém o seu melhor desempenho da carreira, ao construir um personagem que transita entre a paixão, razão e o desespero ao testemunhar determinadas perdas, mas sempre encontrando forças para continuar em frente, principalmente por ainda existir alguém dentro de sua família que precisará dele.

O filme possui até mesmo algumas pitadas de humor ácido, principalmente no que envolve uma situação inusitada que ocorre em um avião e posteriormente em uma mansão onde acontece um grande jogo de pôker. Vale salientar que o filme obtém ainda mais pontos com relação a reconstituição de diversas épocas, sendo que a fotografia dos anos oitenta, por exemplo, sintetiza tempos mais dourados, enquanto a reconstituição de tempos recentes as cores se tornam cada vez mais pálidas, como se o protagonista segue em sua reta final para vida. Antes disso há revelações surpreendentes, redenções a serem consumadas e pedidos de perdão para serem aceitos independente do que aconteça.

A reta final entra em um território delicado que é com relação sobre o fato de como a vida passa de forma rápida, principalmente para algumas pessoas que partem de uma forma precoce. Porém, a vida pode ser também breve para aqueles de idade avançada, mas o que conta é se ela foi bem vivida e cabe a própria pessoa escolher como terminá-la. Não é das escolhas mais fáceis, mas é algo para ser testemunhado e que serve para posteriormente ser usado como debate em uma roda de amigos.

"O Colibri" é sobre a cruzada de um único individuo, mas que envolve diversos personagens todos interligados e história temporal e que obtém o nosso desejo em querer compreendê-la de todo modo. 

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