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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

Cine Dica: Sessão dupla no Clube de Cinema: Sissi e Eu (13/12, Instituto Goethe) + Amor e Morte em Júlio Reny (14/12, Cinemateca Paulo Amorim)

Neste final de semana, teremos sessão dupla no Clube de Cinema! No sábado (13/12), o Instituto Goethe exibe o filme Sissi e Eu, drama histórico alemão que revisita a vida da imperatriz Elisabeth a partir da perspectiva de sua dama de companhia, Irma Sztáray. Já no domingo (14/12), na Cinemateca Paulo Amorim, assistiremos Amor e Morte em Júlio Reny, documentário sobre um dos grandes nomes do rock gaúcho. Após a sessão, teremos um bate-papo com o diretor, Fabricio Cantanhede.

SOBRE AS CAMISETAS: Serão entregues em nossa última sessão do ano, no dia 20 de dezembro. Caso você não compareça na sessão e queira pegar a sua após o dia 20, entre em contato com a Kelly, nossa diretora de comunicação, através do WhatsApp: (51) 98135-0432. E lembrando: voltaremos a distribuir as camisetas nas sessões de janeiro de 2026!


📽️ PROGRAMAÇÃO DO FINAL DE SEMANA NO CLUBE DE CINEMA


SÁBADO | 13/12

Sissi e Eu (Sisi & Ich)

Alemanha, 2023, 132 min

Direção: Frauke Finsterwalder

Elenco: Sandra Hüller, Susanne Wolff, Georg Friedrich

📍 Local: Auditório do Goethe-Institut Porto Alegre – Rua 24 de Outubro, 112 – Bairro Moinhos de Vento

⏰ 10h15 da manhã

Sinopse: A partir do olhar de Irma Sztáray, Sissi e Eu apresenta um retrato contemporâneo e menos idealizado da imperatriz Elisabeth. O filme explora, com delicadeza e humor ácido, a relação entre as duas mulheres, marcada por solidão, poder e busca por liberdade.

📌 Sessão aberta ao público, em parceria com o Goethe-Institut Porto Alegre. Traga seus amigos!

DOMINGO | 14/12

Amor e Morte em Júlio Reny

Brasil, 2024

Direção: Fabricio Cantanhede

📍 Local: Sala Eduardo Hirtz, Cinemateca Paulo Amorim (CCMQ) – Rua dos Andradas, 736 – Centro Histórico, Porto Alegre

⏰ 10h15 da manhã

Sinopse: Documentário sobre a trajetória de Julio Reny, figura marcante do rock gaúcho. Entre altos e baixos, o filme revela a intensidade de sua vida artística e pessoal, com relatos sobre excessos, solidão e seus recentes diagnósticos de saúde.

Nos vemos lá!

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quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (11/12/25)

O Iluminado

Sinopse: Jack Torrance se torna caseiro de inverno do isolado Hotel Overlook, nas montanhas do Colorado, na esperança de curar seu bloqueio de escritor. Ele se instala com a esposa Wendy e o filho Danny, que é atormentando por premonições. Jack não consegue escrever e as visões de Danny se tornam mais perturbadoras. O escritor descobre os segredos sombrios do hotel e começa a se transformar em um maníaco homicida, aterrorizando sua família.


 Natal Sangrento

Sinopse:Traumatizado pelo assassinato brutal dos seus pais na véspera do Natal, Billy (Rohan Campbell) cresceu e se tornou um adulto determinado a executar sua vingança como um Papai Noel serial killer.


Perfeitos Desconhecidos

Sinopse: Carla e Gabriel decidem fazer um churrasco para receber seus amigos na nova casa. O que eles não imaginam é que este encontro, inicialmente despretensioso, se tornará um hilário e desconcertante exercício de autoconhecimento. 


Traição Entre Amigas

Sinopse: Penélope (Larissa Manoela) e Luiza (Giovanna Rispoli) sempre foram inseparáveis, até que uma escolha errada coloca a amizade à prova e muda o rumo de suas vidas. 



ENTRE NÓS - UMA DOSE EXTRA DE AMOR

Sinopse: A paixão eterna de um jovem o leva a um inesperado ménage à trois, e ele acha que é a realização de sua maior fantasia. Quando a fantasia termina, todos os três são deixados com consequências sérias no mundo real.

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Cine Dica: Cinesemana de 11 a 17 de dezembro de 2025

A cinesemana de 11 a 17 de dezembro traz nada menos que cinco estreias na nossa programação. Um dos destaques é SORRY, BABY, dirigido e protagonizado por Eva Victor, indicada ao Globo de Ouro de melhor atriz. Três estreias também podem ser vistas em sequência na Sala Eduardo Hirtz: MEMÓRIAS DE UM VERÃO, em que Glenn Close interpreta uma avó; LIVROS RESTANTES, com a atriz Denise Fraga; e a comédia romântica italiana PRIMEIRO ENCONTRO. A produção chilena/argentina O CASTIGO completa a grade de novas atrações desta semana.

Entre as sessões especiais, teremos a exibição de ORGULHO E PRECONCEITO, dentro do ciclo que comemora os 250 anos da escritora Jane Austen, e também do longa gaúcho SOBREVIVENTES DO PAMPA, do diretor Rogério Rodrigues.

Em plena campanha de premiações, seguem em cartaz O AGENTE SECRETO, de Kleber Mendonça Filho, e FOI APENAS UM ACIDENTE, novo filme do diretor iraniano Jafar Panahi. Seguem em cartaz CYCLONE, da diretora gaúcha Flavia Castro, e A NATUREZA DAS COISAS INVISÍVEIS, primeiro longa da diretora Rafaela Camelo.

Confira a programação completa da Cinemateca clicando aqui. 

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'Foi Apenas Um Acidente'

Sinopse: No Irã, um homem se depara com aquele que acredita ser seu ex-torturador. No entanto, diante desta pessoa que nega veementemente ter sido seu algoz, a dúvida se instala.  

Jafar Panahi é um exemplo de artista que não se intimidou com a retaliação do governo Iraniano e continuou dirigindo filmes mesmo com todas as limitações que foram impostas contra ele. Eu o conheci justamente no documentário "Isso Não é Um Filme" (2011), longa que revelou a sua pessoa e feito de forma clandestina para não ser pego pelas autoridades locais. A proeza prosseguiu com "Táxi Teerã" (2015). onde ele o fazia dirigindo um veículo e captando através de sua câmera ação e reação de determinados personagens que cruzam durante o seu trajeto.

Curiosamente, se percebe que nas suas obras seguintes, "Três Faces" (2018) e "Sem Ursos" (2022) há uma liberdade um pouco maior do realizador em ser ele mesmo e criando tramas que falam sobre o estado atual do Irã como um todo. Porém, quanto mais se informa, mais se revela o fato que as restrições nunca acabaram, mas o realizador procurou acima de tudo colocar em prática os seus projetos mesmo correndo certo risco. "Foi Apenas Um Acidente" (2025) revela um cineasta autoral ainda mais corajoso e revelando o quanto a sombra do autoritarismo nos assombra de um modo jamais visto.

Na trama, o mecânico Vanid foi, certa vez, aprisionado pelas autoridades iranianas, interrogado e torturado sem escrúpulos. Um dia, um homem chamado Eghbal entra na oficina onde Vanid trabalha. Um acidente envolvendo um cachorro danifica o carro de Eghbal e o coloca no caminho de Vanid, numa artimanha do destino que irá mudar por completo a vida de ambos. Vanid reconhece Eghbal como o seu torturador pelo som da perna prostética, mas ao tentar matá-lo ele fica na dúvida se está diante do seu algoz e fazendo com que isso envolva outras pessoas que haviam sido torturadas no passado.

Para aqueles que não sabem, a expressão efeito borboleta significa que pequenas situações geram grandes efeitos, destacando a interconexão e a sensibilidade dos sistemas dinâmicos às condições iniciais. Jafar Panahi, por sua vez, usa essa ideia em potência máxima a partir do atropelamento que acontece nos minutos iniciais do filme e que acabam desencadeando efeitos de uma maneira jamais vista. Uma vez que testemunhamos a confusão que isso causa, temos uma noção do que um simples passo em falso pode causar na vida das pessoas.

Porém, esse passo em falso serve mais para se explorar as consequências dos horrores vindos do passado, onde um indivíduo se torna um monstro nas lembranças de outros, mas talvez ele seja somente o peão de um sistema autoritário muito maior do que imaginamos. Jafar Panahi procura não simplificar sobre quem é o mocinho ou o bandido na trama, mas sim retratando pessoas comuns que tiveram as suas almas partidas ao meio ao se submeterem a torturas psicológicas e cuja cicatrizes emocionais quase não cicatrizam. Porém, a dúvida levantada na trama nos faz crer que essas pessoas possuem os seus limites perante a possibilidade de tirar uma vida e fazendo com que a eventual morte do algoz não se torne um alívio, mas sim uma continuidade da dor que eles ainda carregam.

Curiosamente, é incrível como o cineasta consegue criar uma trama que transite entre elementos dramáticos, de suspense e até mesmo de humor, pois as situações que os personagens principais se envolvem são de uma maneira absurda, mas não deixando de ser realista. Na jornada que ocorre dentro do furgão, vemos os personagens não somente saber ao certo se pegaram a pessoa certa, como também driblar os olhares daqueles que presenciam aquela situação inusitada. É como se estivéssemos vendo Jafar Panahi a partir dos seus personagens, sendo que não me surpreenderia se todos ali envolvidos estivessem com certo receio pelo conteúdo que estava sendo filmado.

Tudo isso moldado de uma forma simples, mas ao mesmo sintetizando todo o lado autoral e perfeccionista do modo de filmar do realizador. Os meus momentos preferidos acabam sendo justamente aqueles em que há um plano-sequência, onde os personagens dialogam através de suas desavenças e desencadeando situações que nos dá a entender que a improvisação foi a ideia primordial durante as filmagens. Ao mesmo tempo, o enquadramento sem cortes faz com que determinadas passagens se tornem até mesmo angustiantes, principalmente uma que ocorre na noite na reta final da trama e que tão cedo a gente não se esquece.

Porém, nada nos prepara para os minutos finais surpreendentes, onde em um plano fechado somente vemos o protagonista de costas e ouvimos um som que o assombra de uma forma jamais vista. A cena por si só me lembrou o final do brasileiro "Bacurau" (2019), onde o fascismo é somente enterrado, mas deixando uma brecha para que ele volte em breve. O realizador, portanto, nos diz que jamais podemos dar as costas para o passado sombrio, pois ele pode voltar a qualquer momento.

"Foi Apenas Um Acidente" é uma bela fusão entre a simplicidade e a mão autoral de se filmar de Jafar Panahi e cujo resultado extrapola qualquer perspectiva que estávamos construindo sobre o filme como um todo. 


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Cine Dica: Programação Cinemateca Capitólio - 09 a 14 de dezembro de 2025

O Leme do Destino

CINECLUBISMO EM DEBATE

Na sexta-feira, 12 de dezembro, a Cinemateca Capitólio promove uma sessão especial para debater a cena cineclubista atual de Porto Alegre. O longa-metragem O Bom Cinema, de Eugenio Puppo, sobre a geração cinéfila dos anos 1960, será exibido às 19h. Após a sessão, será realizado um debate com integrantes dos cineclubes Clube de Cinema de Porto Alegre, Cineclube Academia das Musas, Cine Vestígio, Cineclube Luz Vermelha, Cineclube do Terror e Cinedrome. Entrada franca. 

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/eventos/9549/o-bom-cinema-debate/


RS FANTÁSTICO

Entre os dias 9 e 11 de dezembro, a Cinemateca Capitólio recebe a programação da Mostra da Semana da Ficção Científica Brasileira, produzida pelo RS Fantástico, que coloca o cinema fantástico gaúcho no centro da conversa sobre imaginação, inovação e identidade cultural. Entrada franca. 

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/novidades/9552/rs-fantastico/ 


FILMES DE BRASIL E ARGENTINA EM CARTAZ

A partir de terça-feira, 09 de dezembro, a Cinemateca Capitólio promove as estreias de O Leme do Destino, do mestre do cinema de invenção brasileiro Julio Bressane, e O Sítio, da diretora argentina Silvina Schnicer. O valor do ingresso é R$ 16,00.

Mais informações: https://www.capitolio.org.br/programacao/


GRADE DE HORÁRIOS

09 a 14 de dezembro de 2025


09 de dezembro (terça-feira)

15h – Leme do Destino

17h – O Sítio

19h – 20 Atmosfera + Redenção


10 de dezembro (quarta-feira)

15h – Leme do Destino

17h – O Sítio

19h – Stoneheart + Contos do Amanhã


11 de dezembro (quinta-feira)

15h – O Sítio Leme 

17h –  Leme do Destino

19h – O Primeiro e o Último + Abrigo Nuclear


12 de dezembro (sexta-feira)

15h – O Sítio

17h – Leme do Destino

19h – O Bom Cinema + debate


13 de dezembro (sábado)

15h – O Sítio

17h – Leme do Destino

18h30 – Sessão AAMICCA: Futuro Futuro


14 de dezembro (domingo)

15h – O Sítio

17h – Leme do Destino

19h – O Último Azul

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'SEXA'

 Nota: Filme estreia dia 11 de dezembro.   

Sinopse: Bárbara, uma mulher de 60 anos que, após decepções amorosas e frustrações com o envelhecimento, decide abandonar a ideia de um novo relacionamento, mas acaba se apaixonando por Davi, um homem 25 anos mais jovem.  

Embora conhecida nacionalmente pelos seus trabalhos para tv quando eu penso em Glória Pires eu procuro me lembrar dos seus trabalhos para o cinema, dos quais são poucos, mas que falam por si. Além de ter atuado em "O Quatrilho" (1995), a atriz teve um ótimo desempenho em "Nise - O Coração da Loucura" (2015). Em "Sexa" (2025), a intérprete arrisca por detrás das câmeras pela primeira vez e do soa como um projeto pessoal diga-se de passagem.

No longa conhecemos Bárbara, interpretada pela própria Glória Pires, uma mulher que acaba de fazer 60 anos e está preocupada com o fato de estar envelhecendo. Já algum tempo desapontada com sua vida amorosa, depois de algumas relações frustradas, Bárbara escolhe abandonar as esperanças de tentar encontrar um novo amor. Um encontro inesperado desperta uma reviravolta em sua vida quando ela conhece Davi (Thiago Martins), um viúvo 25 anos mais jovem. Bárbara, então, precisa tomar uma decisão: viver intensamente esse novo amor ou se curvar ao medo e aos julgamentos acerca da diferença de idade dos dois.

Para uma primeira direção, até que atriz não faz feio, principalmente pelo fato de estar atuando ao mesmo tempo. Porém, a sua direção é econômica, mesmo demonstrando segurança em diversas passagens da trama, mas o que falta talvez é saber ter a sua marca própria caso venha a dirigir novos projetos. Por enquanto, a realizadora demonstra equilíbrio ao conseguir criar um filme romântico com pitadas de humor na medida certa e sem cair em certas soluções óbvias.

O filme por si só fala sobre os desafios da mulher em tempos atuais, principalmente quando chega a uma idade avançada e tendo que sofrer certos preconceitos até de dentro da família. Ao mesmo tempo, é curioso que a realizadora consiga fazer uma crítica ácida dessa geração de hoje perdida e cada vez mais dependente dos seus pais com relação a transição para fase adulta, mas da qual parece que nunca chega. Se a protagonista vive no dilema em abraçar o que anseia, por outro lado, o seu filho é uma representação de uma geração cada vez mais alienada e perdida em suas próprias escolhas.

Destaco a boa atuação sóbria de Thiago Martins, ao interpretar um personagem que já carrega um certo peso de uma perda no passado, mas que procura se reinventar através da protagonista ao longo do tempo. A química entre ele e Glória Pires é boa, mas as cenas da veterana contracenando com a atriz Isabel Fillardis são as mais divertidas, principalmente que a personagem dessa última sabe muito bem com relação ao que quer do começo ao fim. Porém, só acho estranho que os seus interesses amorosos mudam em um determinado ponto da trama e fazendo com que isso se torne irregular diga-se de passagem.

Em suma, o filme fala sobre a crise de identidade existencial atualmente, independente de qual idade ou classe. O filme não irá mudar a vida de ninguém, sendo que essa talvez nem seja a proposta, mas cuja mensagem final já vale o ingresso para ser assistido e quem sabe revisitado. Da minha parte, quem sabe Glória Pires venha surpreender ainda mais em futuros projetos.

Em "Sexa" Glória Pires nos convida para apreciarmos o seu primeiro trabalho na direção, do qual fala um pouco sobre si mesma e dos conflitos das gerações atuais que se veem cada vez mais perdidas. 


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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS 11 A 17 DE DEZEMBRO

 O CASTIGO, um dos filmes latino-americanos mais premiados dos últimos anos, estreia no CineBancários em 11 de dezembro

Dia 11 de dezembro estreia, no CineBancários, um dos filmes latino-americanos mais premiados dos últimos anos, o drama psicológico “O Castigo”, com distribuição da Filmes do Estação. O drama psicológico do diretor chileno Matías Bize, vencedor do Prêmio Goya de Melhor Filme Hispano-Americano por “A Vida dos Peixes”, consolida a filmografia de Bize em torno de histórias íntimas, intensas e emocionalmente extremas.

Coprodução chileno-argentina, o longa traz uma atuação poderosa de Antonia Zegers, ao lado de Néstor Cantillana, Catalina Saavedra e Yair Juri. “O Castigo” já soma mais de 20 prêmios internacionais: levou os prêmios de Melhor Filme e Melhor Atriz no Festival Internacional de Cinema de Beijing, Melhor Direção no Festival de Málaga e rendeu a Antonia Zegers troféus de Melhor Atriz em festivais como Tallinn Black Nights e Lima. A atriz também foi indicada ao Prêmio Platino de Melhor Interpretação Feminina pelo papel. Com esse histórico, o longa chega aos cinemas brasileiros como um dos principais lançamentos da temporada, respaldado pela crítica e pelo circuito internacional de festivais.

A narrativa se desenrola em tempo real, ao longo de aproximadamente 85 minutos, acompanhando de muito perto a crise de um casal após uma decisão impulsiva que foge ao seu controle. Ana dirige séria e irritada, enquanto Mateo, seu marido, insiste para que ela dê a volta e retorne ao local na floresta onde o casal deixou o filho de sete anos, Lucas, como castigo por mau comportamento. Apenas dois minutos se passaram, mas, ao voltarem, o menino não está mais lá. A partir dessa situação limite, o filme mergulha em temas como culpa, ambivalência da maternidade, frustração, ressentimento e a fragilidade dos laços afetivos, transformando um “castigo” aparentemente corriqueiro em um acontecimento sem volta na vida dos personagens.


PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS 11 A 17 DE DEZEMBRO


ESTREIA:


O CASTIGO

Chile-Argentina/Drama/2025/86min.

Direção: Matias Bize

Sinopse: Ana dirige séria e irritada. Mateo, seu marido, pede que ela faça a volta e retorne ao lugar na estrada onde o casal abandonou o filho desobediente de sete anos, Lucas, como forma de castigo. Apenas dois minutos se passaram, mas o menino desapareceu. A partir dessa busca desesperada, o filme vai desvendando segredos não ditos que vêm à tona e colocam à prova esse casal.

Elenco: Antonia Zegers, Néstor Cantillana, Catalina Saavedra, Yair Juri


EM CARTAZ:


CYCLONE

Brasil/ Drama/2024/ 90 min.

Direção: Flávia Castro

Sinopse: Uma tipógrafa ganha uma bolsa para estudar teatro em Paris, mas logo descobre que está grávida de seu chefe, um renomado diretor de teatro. Sem dinheiro, ela enfrenta os obstáculos de um aborto ilegal na São Paulo de 1919 enquanto tenta impedir que seu plano seja descoberto.

Elenco: Luiza Mariani, Eduardo Moscovis, Karine Teles, Luciana Paes, Magali Biff, Ricardo Teodoro, Helena Albergaria, Rogério Brito


O AGENTE SECRETO

Brasil/França/Holanda/Alemanha /Drama/2024/ 158 min.Direção: Kleber Mendonça Filho

Sinopse: O longa é um thriller político, que acompanha Marcelo (Wagner Moura), um especialista em tecnologia que foge de um passado misterioso e volta ao Recife em busca de paz, mas logo percebe que a cidade está longe de ser o refúgio que procura.

Elenco: Wagner Moura, Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone, Carlos Francisco, Hermila Guedes, Alice Carvalho, Roberto Diogenes



HORÁRIOS DE 11 A 17 DE DEZEMBRO

Não há sessões nas segundas


14h30 – CYCLONE

16h15 – O AGENTE SECRETO

19h15 – O CASTIGO


Ingressos

Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 14 na bilheteria do CineBancários. Idosos (as), estudantes, bancários (as), jornalistas sindicalizados (as), portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 7. São aceitos cartões nas bandeiras Banricompras, Visa, MasterCard e Elo. Na quinta-feira, a meia-entrada (R$ 7) é para todos e todas.


CineBancários

Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre

Mais informações pelo telefone (51) 3030.9405 ou pelo e-mail cinebancarios@sindbancarios.org.br


C i n e B a n c á r i o s 

Rua General Câmara, 424, Centro 

Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 

Fone: 51- 30309405

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'O Castigo'

Nota: O filme irá estrear dia 11/12/25. 

Sinopse: um casal que, após deixar seu filho de sete anos, Lucas, na beira de uma floresta como castigo por mau comportamento, retorna para encontrá-lo desaparecido.  

Em tempos atuais é cada vez mais complexo a ideia de ter filhos, principalmente em um mundo atual em que certos valores estão se tornando cada vez mais secundários. Ao mesmo tempo, o dilema em continuar sendo o que é e ao mesmo tempo assumindo a responsabilidade paternal é outro fator que faz da pessoa não tomar certa decisão, mas uma vez que escolhe não há mais retorno para tal. "O Castigo" (2022) é um drama psicológico onde se descasca o lado mais complexo do ser humano perante o peso da responsabilidade que talvez nunca quisesse.

Dirigido por Matías Bize, na trama conhecemos Ana (Antonia Zegers) que dirige séria e irritada. Mateo (Néstor Cantillana), seu marido, pede que ela faça a volta e retorne ao lugar na estrada onde o casal abandonou o filho desobediente de sete anos, Lucas, como forma de castigo. Apenas dois minutos se passaram, mas o menino desapareceu. Não demora muito para que o casal entre e desespero e que certos sentimentos acabam aflorando.

Em tempos atuais em que a tecnologia está cada vez mais avançada acaba sendo bem difícil separar o que é real e o que é feito com determinados recursos. Apresentando em tempo real, a história nos é apresentada em plano-sequência, onde os atores não se separam da câmera da diretora e fazendo da experiência ainda mais dinâmica. Se há um corte em cena isso se torna impossível de saber, pois assisti sem reparar nenhum corte brusco, ou algum truque de CGI e o que faz do desempenho dos atores ainda mais interessante.

A partir do momento que sabemos o que realmente aconteceu é então que conhecemos melhor o casal central, sendo que em um primeiro momento somente o pai está mais preocupado, enquanto a mãe parece fria por demais naquele momento. Na medida em que a trama avança e a criança ainda não é encontrada é então que nós acabamos nos tornando juízes perante a situação inusitada e fazendo com que rapidamente julguemos a mãe pela sua negligência.

Porém, o filme não cai no óbvio, principalmente pelo fato de termos uma noção já no início da trama que aquele casal não está exatamente em harmonia, seja pelos seus olhares, ou até mesmo pelos seus gestos que já falam por si só. Embora tenha a participação de mais dois atores que interpretam a polícia local, os intérpretes Antônia Zegers e Néstor Cantillana são os que seguram o filme nas costas do início ao fim e tendo a responsabilidade de fazer com que os seus respectivos personagens se descasquem aos poucos na frente da câmera na medida em que o tempo vai passando.  Antonia Zegers, por sua vez, é a que dá um verdadeiro show de atuação, cujo seu olhar sombrio perante a situação nos revela um ser complexo e do qual se revela aos poucos.

O filme procura não necessariamente em colocar um culpado em cena devido a situação, mas sim nos mostrar o retrato de um casal atual cuja união não seja mais necessariamente devido ao amor, mas sim pelas escolhas que haviam tomado um dia. Ana, por exemplo, se abre para despejar revelações que nos chocam, mas que nos soam sinceras e humanas. É claro que a pessoa mais conservadora irá julgá-la do modo mais fácil, mas o problema se encontrará muito mais embaixo.

Se há um erro que a diretora comete talvez seja nos seus segundos finais em que nos dá uma solução mais reconfortante perante a situação. Porém, o filme termina mesmo assim em aberto com relação ao destino daquele casal, assim como também sendo uma representação de todo casal do mundo real atual que se vê perdido entre as escolhas, frustrações e o desejo de continuar em ser o que já foi um dia. Toda a responsabilidade tem um preço e deve ter a consciência se deve ou não o sustentá-lo.

"O Castigo" é um drama com pitadas de suspense psicológico e que revela o lado mais complexo do ser humano com relação à paternidade em tempos contemporâneos. 

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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Cine Especial: Revisitando 'Alligator'

Sinopse: Após ser levado por um encanamento para o sistema de esgoto, um jacaré ainda filhote cresce se alimentando de ratos de laboratório descartados em Chicago. O problema é que, em seu alimento, foram injetados hormônios, o que o deixa gigante.

Ano passado faleceu o apresentador, empresário e dono da emissora SBT Silvio Santos. Por eu ter mais de quarenta anos, o apresentador, assim como o seu canal, marcou a minha infância durante os anos oitenta com desenhos, séries, programas infantis e, logicamente, muitos filmes. Curiosamente, durante os programas aos domingos em que apresentava, ele sempre gostava de fazer a maior propaganda com relação aos longas metragens que eram exibidos na grade, ao ponto de que cada lançamento se tornaria um grande evento, como no caso, por exemplo, quando eram exibidos na saudosa Sessão das dez. Aliás, os anúncios dos filmes na grade chegaram até ser melhores que os próprios longas em si, sendo que os filmes de horror quando eram anunciados me arrepiava a espinha.

Em um destes casos, um filme que foi bastante alardeado na época foi o lançamento do longa "Alligator" (1980), longa que pegava carona do sucesso que "Tubarão" (1975) havia adquirido e foi exibido no SBT por volta do ano de 1982. O caso que o clássico de Steven Spielberg serviu de inspiração para os mais diversos estúdios de filmes com baixo orçamento fazerem os seus filmes de monstros. Talvez o mais bem sucedido dessa leva foi o clássico trash "Piranha" (1978), produzido pelo mestre de filmes de baixo orçamento Roger Corman e que, curiosamente, a produção de "Alligator" possui alguns de seus discípulos. O roteiro foi criado por John Sayles e Frank Ray Perilli, que já haviam trabalhado para o produtor, enquanto a direção ficou a cargo de Lewis Teague, conhecido na época por algumas adaptações das obras de Stephen King para o cinema como “Cujo” (1983) e Olhos de Gato (1985).

Engraçado que, por mais absurdo que seja a trama revista hoje, o longa possui alguns pontos sérios, como no caso que o maior vilão da trama não seja exatamente o Jacaré em si, mas sim o próprio homem com os seus poluentes. A criatura é resultado de testes de anabolizantes que estavam sendo colocados em prática em cachorros de rua. Uma vez excluídos, as carcaças eram jogadas fora nos esgotos e onde a criatura se alimentava deles e provocando assim um efeito avassalador nele.

O Jacaré em si é outro fato curioso para ser observado de perto, sendo que em alguns casos ele era feito como um enorme boneco de borracha, mas sendo filmado nas cenas escuras ou em cortes rápidos que cobriam o lado falso da figura. Ao mesmo tempo, os realizadores usaram também jacarés menores em cena, sendo que foi construído pequenas maquetes para nos passar a ideia de um enorme jacaré. Revisto hoje nota-se que havia sim um orçamento apertado, mas sendo compensado pela criatividade dos envolvidos.

Como protagonista temos Robert Forster como policial que enfrenta um passado traumático e ao mesmo tempo tendo que investigar essas estranhas mortes que andam acontecendo devido aos atos da criatura. Foster nunca gostou da ideia de ser lembrado por esse filme, sendo que sempre achou a ideia ridícula. Trabalhando por um bom tempo na tv após isso, o ator voltou aos holofotes através de Quentin Tarantino com o seu Jackie Brown (1997) e posteriormente nos filmes de David Lynch como "Cidade dos Sonhos" (2001).

Vale destacar que o filme marca a estreia de uma atriz e a despedida de outra, sendo que a bela Robin Riker marcou a sua estreia aqui nesta produção, mas obtendo somente uma carreira regular em séries de tv. Aqui, ela interpreta a personagem especialista em répteis e par romântico do protagonista e que, por muita coincidência, quando a sua personagem era menina no início da trama ela havia adquirido um pequeno jacaré, mas sendo descartado pelo seu pai, ao ser jogado no vaso sanitário e posteriormente se tornando o monstro gigante visto na trama. Já Sue Lyon, conhecida mundialmente pelo filme “Lolita” (1967) de Stanley Kubrick, se despede do mundo cinematográfico através desse filme ao interpretar uma repórter investigativa.

Vale destacar a atuação canastrona do ator chamado Henry Silva, que aqui faz um caçador de jacarés sem noção e mal tendo a ideia do que enfrentará em seguida. Não é preciso ser gênio para adivinhar que ele se tornará outra vítima da criatura. Em termos de violência, o filme chega a ser até mesmo gore, com direito de pernas e braços decepados, pessoas sendo devoradas e sobrando até mesmo para crianças indefesas. Se Steven Spielberg teve coragem de fazer isso com o seu clássico "Tubarão" aqui não foi muito diferente.

Porém, embora com todas essas cenas de violência, o filme ainda tem tempo de nos brindar com alguns momentos de humor, como o fato do protagonista enfrentar o problema da calvície e não gostar quando as pessoas em volta falam sobre isso. Há algumas cenas de humor até mesmo sem sentido, quando do nada surge um rapaz querendo explodir a delegacia com uma bomba. Porém, a situação somente acaba fazendo algum sentido no ato final da trama, mesmo que de forma bastante tardia.

Vale lembrar que o filme foi todo concebido ao se inspirar em uma lenda urbana de que era cada vez mais comum os jacarés viverem nos esgotos e que tudo seria uma questão de tempo de um surgir na superfície. Da lenda, portanto, surgiu essa pérola trash que com certeza é lembrada mais aqui no Brasil do que nos EUA e isso se deve muito, claro, ao Silvio Santos. Nunca uma propaganda tão alardeada para assistir ao filme na grade de uma emissora acabou dando tão certo.

"Alligator", talvez seja o filme B mais bem sucedido da década de oitenta e muito dessa minha memória nostálgica se deve muito ao dono do Baú da Felicidade. 

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quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 04 A 10 DEZEMBRO


De 4 a 7 de dezembro, o CineBancários recebe a 15ª Mostra Cinema e Direitos Humanos, com programação gratuita. Esta edição é dedicada a refletir sobre os impactos das mudanças climáticas e o processo de reconstrução social após enchentes como as que marcaram o estado do Rio Grande do Sul em 2024 e 2025. O evento é promovido pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e passa também por outras 11 capitais brasileiras.

A sala da Casa dos Bancários exibe também a estreia do filme CYCLONE, lançado no Festival do Rio, dirigido por Flavia Castro. Produtora do longa, a atriz Luiza Mariani assume também o papel de protagonista. Na trama, Dayse, uma das poucas mulheres a integrar as sementes que germinaram o movimento modernista da década de 1920, se divide entre um trabalho em uma gráfica e a coxia do Teatro Municipal, onde trabalha e mantém um romance com o diretor Heitor Gamba (Eduardo Moscovis) — papel livremente inspirado em Oswald.

O longa-metragem A NATUREZA DAS COISAS INVISÍVEIS, de Rafaela Camelo, e O AGENTE SECRETO, de Kleber Mendonça Filho, seguem em cartaz no cinema.

Confira a programação completa no site oficial da página clicando aqui.