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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Cine Dica: Streaming - 'A MULHER REI'

Sinopse: A história memorável da Agojie, uma unidade de guerreiras composta apenas por mulheres que protegiam o reino africano de Dahomey nos anos 1800, com habilidades e uma força diferentes de tudo já visto. Inspirado em eventos reais. 

Nos últimos tempos Hollywood tem tido a ambição cada vez maior de atingir diversos público, ao ponto de atender aqueles que exigiam mais diversidade e que pudessem se identificar nas telas. Para o público feminino, por exemplo, a resposta veio forte com " Mulher Maravilha" (2017) e "Pantera Negra" (2018) que, embora esse último seja protagonizado pelo ator Chadwick Boseman, as atrizes que interpretavam as guerreiras da guarda imperial roubavam a cena como um todo. Neste último caso, muito se perguntavam se na África de antigamente realmente existiam tais guerreiras e "A Mulher Rei" (2022) dá uma reposta altura.

O filme é baseado no Reino do Daomé, uma terra da África Ocidental localizado no atual Benin que existiu de aproximadamente 1600 até 1904. Na trama, Nanisca (Viola Davis) que foi uma comandante do exército do Reino de Daomé era composto apenas por mulheres que, juntas, combateram os colonizadores franceses, tribos rivais e todos aqueles que tentaram escravizar seu povo e destruir suas terras. Não demora muito para que Nanisca e as demais guerreiras passem por um grande desafio e que pode colocar em risco o futuro daquele reino.

Antes de mais nada é preciso reconhecer que a real força da obra se encontra na atriz Viola Davis. Versátil como ninguém, Viola já havia interpretado todos os tipos de personagens ao longo da carreira, desde como advogada durona na ótima série "How To Cet Away With Murder", como também a fria Amanda Waller em "Esquadrão Suicida" (2021). Aqui, ela se sobressai tanto fisicamente como também ao criar para si uma Nanisca cheia de cicatrizes emocionais e das quais a fizeram a se tornar o que ela é.

Portanto, é de se admirar a tamanha dedicação que ela e as demais atrizes se submeteram no rígido treinamento para se tornarem verdadeiras guerreiras de tempos antigos. Embora ainda desconhecida para a maioria do público, é preciso reconhecer o grande empenho da diretora Gina Prince-Bythewood que, não somente conseguiu criar uma bela reconstituição do reino daquela época, como também soube muito bem dirigir essas atrizes nas cenas de ação e de luta e fazendo com que as cenas se tornem verossímeis ao ponto de nos sentirmos em meio ao conflito cheio de sangue. Neste último, por exemplo, é preciso se preparar para os momentos fortes, principalmente nas cenas em que essas guerreiras estão com sangue nos olhos e que faram de tudo para proteger o seu povo.

Ao mesmo tempo, o filme não esconde o lado escravocrata daqueles tempos, sendo que o mesmo fazia com que os demais reinos africanos se digladiassem com os reinos vizinhos e fazendo gerar um imenso conflito enquanto o poderio branco ganhava através do trabalho escravo.  Se a escravidão oficialmente acabou, por outro lado, o preconceito persiste até mesmo nos dias de hoje e fazendo com que os ânimos se elevem a tal forma que a resposta terá que ser respondida altura. Portanto, ao vermos essas guerreiras não tendo piedade contra o inimigo isso nada mais é do que uma resposta que tem que se dar contra o preconceito e para que um dia ele seja, enfim, extinto.

Vale salientar que, embora Viola Davis seja o coração pulsante da obra como um todo, é preciso destacar as demais atrizes que deram o sangue ao projeto. Se por um lado a jovem interprete Thuso Mbedu ainda nos soa inexperiente na atuação, mesmo dando sinais que poderá sim ser uma futura grande atriz, Lashana Lynch, por outro lado, rouba a cena como a veterana que ensina a jovem a ser uma guerreira como ela é e cuja a sua cena final está entre os melhores momentos dramáticos da obra. Já Sheila Atim dá um verdadeiro show, já que ela nasceu para ser a personagem que é o braço direito de Nanisca e sempre roubando a cena graças ao seu porte físico e seus olhos que falam mais sobre si do que meras palavras jogadas ao ar.

Com um final eletrizante, cuja a mensagem contra o preconceito e a escravidão está mais atual do que nunca, "A Mulher Rei" é uma resposta para aqueles que buscavam um retrato mais detalhado dessas lendárias guerreiras africanas e o filme nos brinda com um grande espetáculo a ser sempre revisitado. 


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