O principal atrativo de “Indústria Americana”, além da sua história conseguir prender a nossa atenção do começo ao final dela, é apresentar ao cinéfilo os dois lados da mesma moeda, ou seja, as duas faces do capitalismo atual. Em ambos os casos são voltados ao consumo de desenas de milhares, mas com o norte americano americano sendo apresentado por um processo de trabalho mais humano. Por outro lado, o chinês está mais interessado em extrair o máximo dos seus trabalhadores, não importando as condições de trabalho ou a opinião deles. Não deixa de ser curioso isso, pois afinal a China é conhecida mundialmente como um país comunista, mas pelo visto está sendo impreginada pelo lado capitalista para o seu sustento próprio.
O ato final, onde apresenta uma futura automação na fabricação dos carros, sintetiza um futuro cada vez mais sombrio para a mão de obra mundial, onde haverá cada vez um numero elevado de desempregados. Se por um lado isso desvia o foco principal da obra, por outro lado, isso sintetiza o quan o capitalismo mundial cada vez é movido por numeros e não mais pelo lado humano. O que “Indústria Americana” faz é nos apresentar a realidade de um mundo em constantes mudanças, mostrando, de maneira indireta, os motivos do crescimento constante da economia chinesa. Crescimento esse que, com todas as suas vantagens para o resto do mundo, principalmente para os EUA, acaba os ameaçando ao mesmo tempo. Uma contradição muito bem mostrada na história de uma fábrica de Ohio comprada por chineses.
Onde assistir: Netflix.
Joga no Google e me acha aqui:
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