Sinopse: Sandra está procurando sua mãe que está desaparecida há dias. Com o passar do tempo, a busca se torna mais difícil e ela decide procurar Jorge, seu meio-irmão que vive e trabalha com o pai instalando sistemas de vigilância.
No recente filme "Você Não Estava aqui" vemos as consequências do capitalismo fortalecendo o mercado de trabalho informal e de como hoje o trabalhador se torna escravo do seu próprio negócio e que acha que um dia obterá algum lucro. Ao mesmo tempo observamos a desarmonia da família dentro da trama se fortalecer, ao ponto de adentrar um caminho nem um pouco acolhedor para todos que se encontram ali. "Meio Irmão" explora mais esse segundo caso, mas tendo nas entrelinhas a influência dos rumos em que a sociedade presa ao sistema está vivendo.
Dirigido por Eliane Coster, do filme conta a história de Sandra, uma adolescente de 16 anos, passa por um momento difícil. Sua mãe está desaparecida há dias e, por isso, a garota passa as tardes varando a cidade de bicicleta, procurando seu paradeiro. Quando a jovem começa a perder as esperanças, ela decide pedir ajuda para seu meio irmão, com quem cultiva uma relação distante. Ele, que também se encontra em uma situação pessoal delicada, não sabe como pode colaborar.
O interessante no início do primeiro ato está no fato de não sabermos ao certo quem é irmão de quem, mas sim nos é apresentado jovens em suas rotinas da juventude. Ao mesmo tempo, gradualmente, observamos as alterações explosivas de Sandra, que é brilhantemente interpretada pela jovem atriz Natália Molina, onde aos poucos descobrimos os motivos que a levam em agir dessa forma. Em contrapartida observamos o seu meio irmão Jorge, interpretado pelo ator Diego Avelino, testemunhar e gravar algo que não devia e adentrar em um caminho sem volta.
É por essas duas linhas narrativa se cruzando que temos então um pequeno retrato da sociedade brasileira atual, onde a família em si não é somente formada pelos laços de sangue, mas sim também pela boa vontade daqueles que ainda acreditam em uma razão em continuar vivendo em uma realidade, por vezes, sem sentido. Mas embora a trama se passe em uma única cidade, por outro lado, o cenário ali fala um pouco de um Brasil atual desgovernado, onde há trabalhos dos quais não dão muitas expectativas para o futuro, aumento da violência vinda de milicianos e do desdém dos pais que não procuram cuidar de forma melhor dos seus próprios filhos. Nesse último caso, por exemplo, é visto de forma ainda mais explicita, principalmente ao vermos uma Sandra tentando sobreviver com o que tem, mas não escondendo a dor pelo fato de ter sido abandonada pela própria mãe.
Eliane Coster procura não dar soluções fáceis para os seus personagens, já que o próprio mundo real em que nos encontramos não surge soluções que a gente desfrute facilmente. Ao constatarmos que fica em aberto os destinos dos personagens principais, concluímos que a situação fala sobre nós, do nosso dia a dia atual em nosso Brasil e que não há muita coisa a ser feita, a não ser seguir em frente antes que o pior aconteça. "Meio Irmão" fala de uma geração sem muitas expectativas, mas enfrentando os obstáculos para se encontrarem na vida.
Dirigido por Eliane Coster, do filme conta a história de Sandra, uma adolescente de 16 anos, passa por um momento difícil. Sua mãe está desaparecida há dias e, por isso, a garota passa as tardes varando a cidade de bicicleta, procurando seu paradeiro. Quando a jovem começa a perder as esperanças, ela decide pedir ajuda para seu meio irmão, com quem cultiva uma relação distante. Ele, que também se encontra em uma situação pessoal delicada, não sabe como pode colaborar.
O interessante no início do primeiro ato está no fato de não sabermos ao certo quem é irmão de quem, mas sim nos é apresentado jovens em suas rotinas da juventude. Ao mesmo tempo, gradualmente, observamos as alterações explosivas de Sandra, que é brilhantemente interpretada pela jovem atriz Natália Molina, onde aos poucos descobrimos os motivos que a levam em agir dessa forma. Em contrapartida observamos o seu meio irmão Jorge, interpretado pelo ator Diego Avelino, testemunhar e gravar algo que não devia e adentrar em um caminho sem volta.
É por essas duas linhas narrativa se cruzando que temos então um pequeno retrato da sociedade brasileira atual, onde a família em si não é somente formada pelos laços de sangue, mas sim também pela boa vontade daqueles que ainda acreditam em uma razão em continuar vivendo em uma realidade, por vezes, sem sentido. Mas embora a trama se passe em uma única cidade, por outro lado, o cenário ali fala um pouco de um Brasil atual desgovernado, onde há trabalhos dos quais não dão muitas expectativas para o futuro, aumento da violência vinda de milicianos e do desdém dos pais que não procuram cuidar de forma melhor dos seus próprios filhos. Nesse último caso, por exemplo, é visto de forma ainda mais explicita, principalmente ao vermos uma Sandra tentando sobreviver com o que tem, mas não escondendo a dor pelo fato de ter sido abandonada pela própria mãe.
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