Sinopse: Documentário
registra passo a passo as manobras, procedimentos e movimentações que levaram
ao impeachment da presidenta Dilma Roussef, em 2016, focalizando os bastidores
do Congresso na ocasião.
O documentário O
Processo de Maria Augusta Ramos nasceu com a proposta de focar os dois lados da mesma
moeda, ou seja, mostrar os "pros" e "contras" com relação ao processo de
Impeachment da até então presidenta Dilma Rousseff. Contudo, percebe-se que a
oposição quase não aparece na frente das câmeras para se posicionar com relação
aos fatos, sendo que somente advogada Janaina Paschoal é que não teve vergonha
de se posicionar e dar os seus argumentos (sempre forçados) com relação ao
assunto. Já o documentário Excelentíssimos, de Douglas Durte, coloca novamente
em foco o pesadelo do impeachment da presidenta Dilma Rousseff e suas consequências,
mas focando de forma mais explicitamente possível a oposição da época.
Diretor de Personal Che (2007) e Sete Visitas (2015), Duarte se viu em meio aos eventos quando tinha a intenção de realizar um projeto que focasse o Congresso Nacional a partir de março de 2016. Tendo carta branca para filmar do lado de dentro da instituição, o cineasta acabou embarcando, mesmo de forma indireta, nos eventos que sacudiram aqueles dias e cuja suas consequências ainda são sentidas. Filmado em meio aos poderosos, assim como foi visto no já citado O Processo, o cineasta mais do que nunca foca ao máximo a sua câmera diante do comportamento destes que se dizem representantes do povo, tantos os "pros' como "contras", mas revelando muito mais desses últimos e de que maneira eles faziam manobras em meio aos bastidores do Palácio do Planalto.
Embora esses momentos sejam mais do que conhecidos pelo povo brasileiro, mesmo quando alguns casos foram expostos de forma parcial pela mídia, a obra nos fornece uma linha do tempo, da qual se inicia com o surgimento gradual da última aparição pública de Dilma, já deposta, recebendo flores na porta do Planalto e volta em flashback para as eleições de 2014, desvendando as manobras do candidato derrotado Aécio Neves, para desconstruir o resultado daquela eleição e colecionando os discursos de líderes da oposição peessedebista para desqualificar o governo, abrindo um leque para a traição do MDB e nascendo assim impeachment.
Assim como O Processo, é possível rever esses fatos no documentário através de capítulos que moldam, de forma dramática, a história política recente de nosso país, como numa espécie de filme de suspense e cujo final já conhecemos infelizmente. E nada mais representativo com relação a essa sensação do que assistir novamente ao fatídico dia 17 de abril de 2016, quando ocorreu a votação para aprovação do impeachment, em 17 de abril de 2016. Com a transmissão ao vivo, o povo brasileiro veio assim a conhecer alguns desses políticos, aonde cada um vinha com um discurso mais hipócrita do que o outro e, por vezes, politicamente incorreto.
Além de registrar essas imagens, sendo que algumas delas se encontram pela internet, o filme se sobressai quando se envereda para algumas entrevistas, sendo algumas delas reveladoras. É o caso de uma conversa com o deputado Carlos Marun (MDB), em que ele admite sem nenhuma vergonha que “faria o impeachment independente do que se usasse como pretexto. “Se dissessem que Dilma roubou um picolé, eu faria o impeachment”, afirma ele descaradamente. Curiosamente ele chama de “loucos”, mesmo que não num sentido em querer julgar, já que eram peças fundamentais para o impeachment, ao juiz Sérgio Moro e ao então presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha.
Diretor de Personal Che (2007) e Sete Visitas (2015), Duarte se viu em meio aos eventos quando tinha a intenção de realizar um projeto que focasse o Congresso Nacional a partir de março de 2016. Tendo carta branca para filmar do lado de dentro da instituição, o cineasta acabou embarcando, mesmo de forma indireta, nos eventos que sacudiram aqueles dias e cuja suas consequências ainda são sentidas. Filmado em meio aos poderosos, assim como foi visto no já citado O Processo, o cineasta mais do que nunca foca ao máximo a sua câmera diante do comportamento destes que se dizem representantes do povo, tantos os "pros' como "contras", mas revelando muito mais desses últimos e de que maneira eles faziam manobras em meio aos bastidores do Palácio do Planalto.
Embora esses momentos sejam mais do que conhecidos pelo povo brasileiro, mesmo quando alguns casos foram expostos de forma parcial pela mídia, a obra nos fornece uma linha do tempo, da qual se inicia com o surgimento gradual da última aparição pública de Dilma, já deposta, recebendo flores na porta do Planalto e volta em flashback para as eleições de 2014, desvendando as manobras do candidato derrotado Aécio Neves, para desconstruir o resultado daquela eleição e colecionando os discursos de líderes da oposição peessedebista para desqualificar o governo, abrindo um leque para a traição do MDB e nascendo assim impeachment.
Assim como O Processo, é possível rever esses fatos no documentário através de capítulos que moldam, de forma dramática, a história política recente de nosso país, como numa espécie de filme de suspense e cujo final já conhecemos infelizmente. E nada mais representativo com relação a essa sensação do que assistir novamente ao fatídico dia 17 de abril de 2016, quando ocorreu a votação para aprovação do impeachment, em 17 de abril de 2016. Com a transmissão ao vivo, o povo brasileiro veio assim a conhecer alguns desses políticos, aonde cada um vinha com um discurso mais hipócrita do que o outro e, por vezes, politicamente incorreto.
Além de registrar essas imagens, sendo que algumas delas se encontram pela internet, o filme se sobressai quando se envereda para algumas entrevistas, sendo algumas delas reveladoras. É o caso de uma conversa com o deputado Carlos Marun (MDB), em que ele admite sem nenhuma vergonha que “faria o impeachment independente do que se usasse como pretexto. “Se dissessem que Dilma roubou um picolé, eu faria o impeachment”, afirma ele descaradamente. Curiosamente ele chama de “loucos”, mesmo que não num sentido em querer julgar, já que eram peças fundamentais para o impeachment, ao juiz Sérgio Moro e ao então presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha.
Esses e outros momentos, vistos em ordem
cronológica, terminam no que poderia se chamar num epilogo após impeachment.
Excelentíssimos arranca a mascara da real natureza do governo Temer, ao mostrar
principais envolvidos em diversos escândalos de corrupção, dos quais se
tornaram concretos e muito piores ao governo antecessor. Por fim, Excelentíssimos tem o seu valor ao registrar momentos que entraram,
infelizmente, para a história do país e nos fazendo a gente se dar conta
que a Caixa de Pandora foi aberta e que dificilmente tão cedo será fechada.
Onde assisti:
Cinebancários. Rua General Câmara, nº 424, centro de Porto Alegre. Horário:
14h30 e 19h.
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