Nota: exibido no último mês de
Agosto no Cinebancários, documentário terá nova exibição amanhã na Sala Redenção
às 22h e com entrada franca.
Sinopse: O documentário traz uma cronologia e reflexão sobre os fatos
políticos que marcaram o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, em 2016,
e a prisão de Luiz Inácio Lula da Silva Lula.
No documentário O Processo, dirigido pela cineasta Maria Ramo, a
câmera somente registra os fatos que desencadearam o afastamento da até então
Presidente Dilma Rouseff em 2016 e fazendo com que o público tire suas próprias
conclusões com relação aos eventos que viriam posteriormente em nosso país. Já
o documentário Dedo na Ferida, de Silvio Tendler, possui uma edição ágil, com
inúmeras entrevistas e criando um mosaico sobre os males vindos de ontem e hoje
do capitalismo. É então que chegamos ao documentário “Golpe”, em que se reúne a
fórmula do melhor dos dois mundos e se cria um “filme denuncia” sobre os
eventos que estão nos levando ao retrocesso social e econômico.
Dirigido por Guilherme Castro e Luiz Alberto Cassol, o documentário reúne testemunhos de cientistas sociais, historiadores, jornalistas, artistas e ativistas de movimentos sociais. Analisam desde o sistema eleitoral, até a influência do judiciário, da mídia e das redes sociais na crise política. Resumidamente, o documentário é um resumo de eventos que ocorreram no Brasil nos últimos cinco anos e dos quais se encontram longe de um epilogo.
Com pouco mais de uma hora de duração, o documentário é ágil em sua edição, mesmo jogando na tela inúmeros eventos, dos quais datam a partir dos movimentos estudantis que desencadearam o nascimento de inúmeros protestos em 2013 pelo país. Guilherme Castro e Luiz Alberto Cassol deixam mais do que claro que aqueles movimentos serviram de desculpa para que a elite, da qual é moldada por uma direita atual conservadora, usasse isso como desculpa para armar inúmeros planos para sabotar o governo de quase dez anos da esquerda. Testemunhamos, então, as eleições de 2014, a perseguição intolerante vinda da direita, a derrocada de Aécio Neves, o plano B que foi Eduardo Cunha e do qual liderou o pior congresso de nossa história.
Falando nisso, o documentário também aborda o contexto das reformas neoliberais impostas à população e a ascensão do fascismo político e social que seguem em curso no país. "Dentro do possível, a gente tentou dar um outro olhar: o que representa e o que representará, por muitos anos, a falta de investimento em educação, saúde, intervenção militar (no Rio de Janeiro), extermínio da juventude negra, inclusive a questão da Marielle Franco", explica Gleidson Dias, do Movimento Negro Unificado. A cientista política Katia Azambuja foi uma das entrevistadas e falou sobre aspectos machistas no golpe que derrubou Dilma Rousseff. "Várias facetas do golpe tiveram presença do machismo e da misoginia, contra a presidenta Dilma. Muitos elementos que aconteceram foram pelo fato de ela ser mulher", afirma.
Mas, talvez, o ápice do documentário se encontre nos momentos em que se vê na tela uma mídia brasileira que se vendeu somente para um lado da história, criando uma realidade mentirosa e da qual desconsiderou os outros movimentos em favor do governo Dilma e do ex-presidente Lula. Logicamente, a Globo é o alvo fácil na representação desse mosaico de informações parciais, principalmente com a presença de William Bonner na tela que é, talvez, a melhor face que represente um jornalismo falido e completamente desencontrado. Dentre os entrevistados, o jornalista Moisés Mendes, destaca também o grande veneno que foi e o que são os fake news, elaborado, por exemplo, pelo MBL e que revelou outros movimentos criados por pessoas preconceituosas e que reacenderam tempos intolerantes de perseguição e medo.
Curiosamente, o documentário vem justamente num momento de vésperas de eleições, sendo que os articuladores do golpe ainda tentam a todo custo obter uma vitória por meio de mentiras, seduzindo pessoas desinformadas e das quais perderam a sua fé com relação à política. A obra vem, portanto, para reacender o debate entre as pessoas, para que elas se recordem de tempos do pré - golpe e de quão elas foram enganadas por políticos gananciosos, por uma elite que possui raízes dos colonizadores escravistas e que tentam retirar todos os direitos dos trabalhadores e tornando eles os escravos de hoje. O documentário “Golpe” é testemunharmos um soco no estômago, mas que é preciso ser sentido, para então realmente acordarmos e voltarmos a obter o que é nosso.
Dirigido por Guilherme Castro e Luiz Alberto Cassol, o documentário reúne testemunhos de cientistas sociais, historiadores, jornalistas, artistas e ativistas de movimentos sociais. Analisam desde o sistema eleitoral, até a influência do judiciário, da mídia e das redes sociais na crise política. Resumidamente, o documentário é um resumo de eventos que ocorreram no Brasil nos últimos cinco anos e dos quais se encontram longe de um epilogo.
Com pouco mais de uma hora de duração, o documentário é ágil em sua edição, mesmo jogando na tela inúmeros eventos, dos quais datam a partir dos movimentos estudantis que desencadearam o nascimento de inúmeros protestos em 2013 pelo país. Guilherme Castro e Luiz Alberto Cassol deixam mais do que claro que aqueles movimentos serviram de desculpa para que a elite, da qual é moldada por uma direita atual conservadora, usasse isso como desculpa para armar inúmeros planos para sabotar o governo de quase dez anos da esquerda. Testemunhamos, então, as eleições de 2014, a perseguição intolerante vinda da direita, a derrocada de Aécio Neves, o plano B que foi Eduardo Cunha e do qual liderou o pior congresso de nossa história.
Falando nisso, o documentário também aborda o contexto das reformas neoliberais impostas à população e a ascensão do fascismo político e social que seguem em curso no país. "Dentro do possível, a gente tentou dar um outro olhar: o que representa e o que representará, por muitos anos, a falta de investimento em educação, saúde, intervenção militar (no Rio de Janeiro), extermínio da juventude negra, inclusive a questão da Marielle Franco", explica Gleidson Dias, do Movimento Negro Unificado. A cientista política Katia Azambuja foi uma das entrevistadas e falou sobre aspectos machistas no golpe que derrubou Dilma Rousseff. "Várias facetas do golpe tiveram presença do machismo e da misoginia, contra a presidenta Dilma. Muitos elementos que aconteceram foram pelo fato de ela ser mulher", afirma.
Mas, talvez, o ápice do documentário se encontre nos momentos em que se vê na tela uma mídia brasileira que se vendeu somente para um lado da história, criando uma realidade mentirosa e da qual desconsiderou os outros movimentos em favor do governo Dilma e do ex-presidente Lula. Logicamente, a Globo é o alvo fácil na representação desse mosaico de informações parciais, principalmente com a presença de William Bonner na tela que é, talvez, a melhor face que represente um jornalismo falido e completamente desencontrado. Dentre os entrevistados, o jornalista Moisés Mendes, destaca também o grande veneno que foi e o que são os fake news, elaborado, por exemplo, pelo MBL e que revelou outros movimentos criados por pessoas preconceituosas e que reacenderam tempos intolerantes de perseguição e medo.
Curiosamente, o documentário vem justamente num momento de vésperas de eleições, sendo que os articuladores do golpe ainda tentam a todo custo obter uma vitória por meio de mentiras, seduzindo pessoas desinformadas e das quais perderam a sua fé com relação à política. A obra vem, portanto, para reacender o debate entre as pessoas, para que elas se recordem de tempos do pré - golpe e de quão elas foram enganadas por políticos gananciosos, por uma elite que possui raízes dos colonizadores escravistas e que tentam retirar todos os direitos dos trabalhadores e tornando eles os escravos de hoje. O documentário “Golpe” é testemunharmos um soco no estômago, mas que é preciso ser sentido, para então realmente acordarmos e voltarmos a obter o que é nosso.
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