LÁSSICO POLÍTICO DA MAURITÂNIA NO PROJETO
RAROS SESSÃO ESPECIAL DE 40 ANOS DE O FRANCO ATIRADOR SEMANA DE PORTUGAL E
SEGUNDA MOSTRA SESC DE CINEMA
O Franco Atirador
A última semana de
novembro da programação da Cinemateca Capitólio Petrobras está repleta de
sessões especiais, incluindo edição do Projeto Raros com clássico político da
Mauritânia, exibição de O Franco Atirador de Michael Cimino e sessões da Semana
de Portugal e da 2ª Mostra SESC de Cinema.
CLÁSSICO POLÍTICO DA MAURITÂNIA NO PROJETO
RAROS
Na sexta-feira, 30 de
novembro, às 21h, uma edição especial do Projeto Raros apresenta o
longa-metragem Ô Sol (Soleil Ô, 1969, 98 minutos), dirigido por Med Hondo, um
dos nomes mais importantes do cinema da Mauritânia. A sessão marca o lançamento
da programação da Mostra de Cinemas Africanos em Porto Alegre, que começa no
dia 7 de dezembro. O filme será apresentado pelo crítico e pesquisador Pedro
Henrique Gomes. Exibição digital e legendas em português. Entrada franca.
Em Ô Sol, um homem da
Mauritânia está feliz da vida: escolhido para assumir uma vaga em Paris, na
França, ele espera finalmente mudar de vida e se encontrar no mundo. Embora
tenha boa educação, ele acaba tendo muitas dificuldades para se estabelecer no
país, e se vê cercado pelo racismo, pela indiferença e preconceito. Aos poucos,
o sonho de uma vida diferente na terra dos colonizadores vai se desfazendo. Em
uma colônia francesa sem nome na África Ocidental, homens negros se alinham
diante de um padre branco para batizar e renomear - o primeiro passo em um
processo que os descarta e subjuga simultaneamente. Na França, os negros
coloniais, encorajados pela propaganda, chegam para buscar uma vida melhor. O
que eles encontram é o desemprego ou um punhado de empregos "sujos",
condições de vida inaceitáveis, racismo puro e indiferença burocrática.
Procurando por uma nova forma cinematográfica, Med Hondo evitou toda a
narrativa convencional em seu longa de estreia. Desde as sequências de abertura
estilizadas e surreais até as aventuras episódicas de um homem em particular, o
diretor apresenta uma série de peças imaginativas, ligadas por narração de voz,
que investigam e dramatizam um complexo de temas inter-relacionados. Um ataque
mordaz ao colonialismo, o filme é também uma exposição chocante do racismo e
uma acusação brutal e irônica dos valores capitalistas ocidentais.
40 ANOS DE O FRANCO ATIRADOR
A Cinemateca
Capitólio Petrobras celebra o aniversário de 40 anos de O Franco Atirador (The
Deer Hunter, 1978, 183 minutos), a obra-prima de Michael Cimino, com uma sessão
especial no sábado, 1 de dezembro, às 19h30. O valor do ingresso é R$ 10,00,
com meia entrada para estudantes e idosos. Exibição em alta definição.
SINOPSE: Três jovens
metalúrgicos de origem russa da cidadezinha de Clairton, na Pensilvânia, estão
prestes a lutar na Guerra do Vietnã. Antes da partida, a comunidade local
promove uma grande festa de despedida por ocasião do casamento de um deles. O
Franco Atirador é o segundo longa-metragem do diretor Michael Cimino. Antes,
ele havia trabalhado ao lado de John Milius no roteiro de Magnum 44 (1972), o
segundo filme da série de Dirty Harry, protagonizada por Clint Eastwood. O ator
também estava presente na ótima estreia de Cimino na direção, O Último Golpe
(1974). Mas foi com o drama sobre o modo como a guerra afeta a vida das pessoas
em seu segundo filme, que Cimino transformou-se em um dos principais nomes do
cinema americano. O Franco Atirador ganhou cinco prêmios no Oscar, incluindo
direção e melhor filme. No topo do mundo, Cimino resolveu arriscar um projeto
mais ambicioso: O Portal do Paraíso. Lançado em 1980, o faroeste pessoal do
diretor resultou em um dos maiores prejuízos da história de Hollywood. Atribui-se
ao filme, inclusive, a derrocada da geração de jovens autores e o fim da
maturidade do cinema americano dos anos 1970. A injustiça histórica com essa
obra-prima só seria revista recentemente, quando versões restauradas foram
exibidas em mostras e festivais. Apesar da relação turbulenta com os estúdios e
a má vontade de boa parte da crítica americana, o diretor seguiu realizado
grandes filmes como O Ano do Dragão (1985) e Na Trilha do Sol (1994), a sua
despedida precoce do cinema.
CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS APRESENTA
SESSÕES NA SEMANA DE PORTUGAL
De 29 de dezembro a 6
de dezembro, a Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta quatro sessões
especiais para celebrar a Semana de Portugal. A programação inclui um programa
de curtas de animação de José Miguel Ribeiro, dois filmes da essencial
produtora O Som e a Fúria e a cinebiografia da poeta Florbela Espanca. Com
apoio do Instituto Camões e do Vice-Consulado de Portugal em Porto Alegre, as
sessões têm entrada franca.
PROGRAMA DE ANIMAÇÕES DE JOSÉ MIGUEL RIBEIRO
A Suspeita
Portugal, 2000, 25 minutos
Um compartimento de
comboio, quatro pessoas, um revisor, um canivete de Barcelos e um potencial
assassino. Chegarão todos ao fim da viagem?
Passeio de Domingo
Portugal, 2009, 20 minutos
São capazes de guardar
um segredo?... Este domingo vai ser diferente. Nem pomos os pés dentro do
carro. A mãe e o pai não vão discutir e nós vamos brincar num jardim de couves
gigantes.
Viagem a Cabo Verde
Portugal, 2010, 17 minutos
História de uma
viagem de 60 dias a andar em Cabo Verde. Sem telemóvel ou relógio, sem
programar antecipadamente e com o essencial às costas, o viajante descobre as
montanhas, povoações, o mar, uma tartaruga, a música, as cabras, a bruma seca,
os cabo-verdianos e acima de tudo uma parte essencial de si mesmo.
Papel de Natal
Portugal, 2014, 30 minutos
Dodu, um destemido
bonequinho de cartão, Camila, uma amorosa menina de 8 anos e Sana, um Pai Natal
de todos os dias, resgatam o pai de Camila das garras do Monstro Desperdício,
reciclando o papel de embrulho dos presentes de Natal e respirando em sincronia
com todas as florestas do Céu e da Terra.
JOHN FROM
Portugal, 2015, 90 minutos
Direção: João Nicolau
Exibição em HD.
Uma adolescente ocupa
seu tempo ocioso tomando sol na varanda. Um dia, ela se interessa por um novo
vizinho, bem mais velho do que ela e que tem uma filha pequena. Decidida a
conquistá-lo, ela elabora planos para atrair sua atenção.
AQUELE QUERIDO MÊS DE AGOSTO
Portugal, 2008, 150 minutos
Direção: Miguel Gomes
Exibição digital
Pai, filha e primo
retornam para casa, no coração das montanhas de Portugal, para compartilhar o
amor pela música.
FLORBELA
Portugal, 2012, 118 minutos
Direção: Vicente
Alves do Ó
Exibição digital
Florbela é uma famosa
poetiza portuguesa do início do século 20. Em busca de estabilidade, ela aceita
se casar. Logo fica entediada com essa nova vida e vai a Lisboa encontrar o
irmão, onde vive intensamente e se inspira para escrever.
2ª MOSTRA SESC DE CINEMA NA CINEMATECA
CAPITÓLIO PETROBRAS
Com o objetivo de
promover a difusão da produção cinematográfica brasileira que não chega ao
circuito comercial de exibição, a Mostra Sesc de Cinema pretende contribuir
para o campo audiovisual sendo um espaço de lançamento e promoção de artistas
de todo o país. A Cinemateca Capitólio Petrobras recebe sessões de três longas
na programação: Leste Oeste, de Rodrigo Grota, Aurora 1964, de Diego Di Niglio,
e Escolas em Luta, de Eduardo Consonni. A entrada é franca. Leste Oeste
(Londrina/PR, 2016, 86 min, 14 anos) Dir. Rodrigo Grota Ezequiel, um ex-piloto,
volta a sua cidade natal após 15 anos para disputar uma última corrida . Ele
reencontra Stela, um antigo affair; Angelo, o patriarca da família; além de
Pedro, um jovem de 16 anos que sonha em ser piloto.
AURORA 1964
(Olinda/PE, 2017, 66 min, 12 anos) Dir. DIEGO DI NIGLIO Recife, Brasil, 2016.
Dona Lourdes vai ser avó outra vez. Seu Jarbas coloca para tocar um velho Lp de
Ave Sangria. Anacleto Julião assiste as imagens em super8 de seu pai exiliado
no México. Seu Cícero revisita fotos antigas num melancólico fim de tarde no
Engenho Galileia. Jacira relembra a tortura pública de seu tio, Gregório
Bezerra. Um país em plena crise de sua democracia, marcado por conflitos políticos
e sociais, é o pano de fundo das narrativas do cotidiano desses e de outros
personagens que tiveram a vida atingida pelo regime militar instalado com o
golpe de 1964. Aurora 1964 é um exercício de memória, que constrói pontes entre
épocas da história brasileira dos séculos XX e XXI. E ́ um registro sobre vidas
recompostas, constituídas por desvios e atravessadas pela imprevisibilidade das
dinâmicas políticas do presente e do passado.
Escolas em Luta (São
Paulo/SP, 77 min, Livre) Dir. Eduardo Consonni, Rodrigo T. Marques e Tiago
Tambelli No estado mais rico e um dos mais conservadores do Brasil, o modus
operandi da educação pública sofre um revés quando estudantes secundaristas
reagem ao decreto oficial que determina o fechamento de 94 escolas e a realocação
dos alunos. A resposta estudantil surpreende. Em poucos dias, por meio de redes
sociais e aplicativos, eles organizam uma reação em uma verdadeira Primavera
Secundarista – algo completamente inédito. Ocupam 241 escolas e saem às ruas
para protestar. O estado decreta guerra aos estudantes. Toda relação se
transforma após uma revolução. ESCOLAS EM LUTA aprende e apreende com essa
garotada um novo modo de construção e de estar no mundo.
GRADE DE HORÁRIOS
28 de novembro a 6 de dezembro de 2018
28 de novembro (quarta-feira)
14h – Rua da Vergonha
16h - Jean Douchet
L’enfant Agité
18h – Sessão de
encerramento do Cine Esquema Novo (Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, de
João Salaviza e Renée Nader Messora)
20h30 - Premiação do
Cine Esquema Novo
29 de novembro (quinta-feira)
16h - Torre - Um Dia
Brilhante
18h - Sessão SESC
(Aurora 1964)
19h45 - Le Scandale
Clouzot
21h - Semana de
Portugal (Curtas de Animação de José Miguel Ribeiro)
30 de novembro (sexta-feira)
14h - Bom Dia
Tristeza
16h - Torre - Um Dia
Brilhante
18h - Sessão SESC
(Escolas em Luta)
19h30 - Jean Douchet
L’enfant Agité
21h - Projeto Raros
(Ó, Sol, de Med Hondo)
1 de dezembro (sábado)
14h - Suplício de uma
Alma
16h - Torre - Um Dia
Brilhante
18h - Mon Histoire
N’est Pas Encore Écrite
19h30 - Sessão
Especial de 40 anos de O Franco Atirador (divulgação em breve)
2 de dezembro (domingo)
14h - Semana de
Portugal (John From)
15h30 – A Bela
Intrigante + debate com Milton do Prado
21h - Torre - Um Dia
Brilhante
4 de dezembro (terça-feira)
18h - Sessão Sesc (Aurora 1964) Leste Oeste
19h30 - Jean Douchet
L’enfant Agité
21h – Abertura
oficial da 12º mostra de cinema e direitos humanos
5 de dezembro (quarta-feira)
18h - Suplício de uma
Alma
19h30 - Le Scandale
Clouzot
20h30 - Semana de
Portugal (Aquele Querido Mês de Agosto)
6 de dezembro (quinta-feira)
14h - Bom Dia
Tristeza
16h - Torre - Um Dia
Brilhante
18h - Rua da Vergonha
19h30 - Mon Histoire
N’est Pas Encore Écrite
21h - Semana de
Portugal (Florbela)
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