Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Cine Dica: Raros da Mauritânia, O Franco Atirador e Semana de Portugal (29 de novembro a 6 de dezembro)


LÁSSICO POLÍTICO DA MAURITÂNIA NO PROJETO RAROS SESSÃO ESPECIAL DE 40 ANOS DE O FRANCO ATIRADOR SEMANA DE PORTUGAL E SEGUNDA MOSTRA SESC DE CINEMA
O Franco Atirador 

A última semana de novembro da programação da Cinemateca Capitólio Petrobras está repleta de sessões especiais, incluindo edição do Projeto Raros com clássico político da Mauritânia, exibição de O Franco Atirador de Michael Cimino e sessões da Semana de Portugal e da 2ª Mostra SESC de Cinema.

CLÁSSICO POLÍTICO DA MAURITÂNIA NO PROJETO RAROS

Na sexta-feira, 30 de novembro, às 21h, uma edição especial do Projeto Raros apresenta o longa-metragem Ô Sol (Soleil Ô, 1969, 98 minutos), dirigido por Med Hondo, um dos nomes mais importantes do cinema da Mauritânia. A sessão marca o lançamento da programação da Mostra de Cinemas Africanos em Porto Alegre, que começa no dia 7 de dezembro. O filme será apresentado pelo crítico e pesquisador Pedro Henrique Gomes. Exibição digital e legendas em português. Entrada franca.
Em Ô Sol, um homem da Mauritânia está feliz da vida: escolhido para assumir uma vaga em Paris, na França, ele espera finalmente mudar de vida e se encontrar no mundo. Embora tenha boa educação, ele acaba tendo muitas dificuldades para se estabelecer no país, e se vê cercado pelo racismo, pela indiferença e preconceito. Aos poucos, o sonho de uma vida diferente na terra dos colonizadores vai se desfazendo. Em uma colônia francesa sem nome na África Ocidental, homens negros se alinham diante de um padre branco para batizar e renomear - o primeiro passo em um processo que os descarta e subjuga simultaneamente. Na França, os negros coloniais, encorajados pela propaganda, chegam para buscar uma vida melhor. O que eles encontram é o desemprego ou um punhado de empregos "sujos", condições de vida inaceitáveis, racismo puro e indiferença burocrática. Procurando por uma nova forma cinematográfica, Med Hondo evitou toda a narrativa convencional em seu longa de estreia. Desde as sequências de abertura estilizadas e surreais até as aventuras episódicas de um homem em particular, o diretor apresenta uma série de peças imaginativas, ligadas por narração de voz, que investigam e dramatizam um complexo de temas inter-relacionados. Um ataque mordaz ao colonialismo, o filme é também uma exposição chocante do racismo e uma acusação brutal e irônica dos valores capitalistas ocidentais.

40 ANOS DE O FRANCO ATIRADOR
A Cinemateca Capitólio Petrobras celebra o aniversário de 40 anos de O Franco Atirador (The Deer Hunter, 1978, 183 minutos), a obra-prima de Michael Cimino, com uma sessão especial no sábado, 1 de dezembro, às 19h30. O valor do ingresso é R$ 10,00, com meia entrada para estudantes e idosos. Exibição em alta definição.

SINOPSE: Três jovens metalúrgicos de origem russa da cidadezinha de Clairton, na Pensilvânia, estão prestes a lutar na Guerra do Vietnã. Antes da partida, a comunidade local promove uma grande festa de despedida por ocasião do casamento de um deles. O Franco Atirador é o segundo longa-metragem do diretor Michael Cimino. Antes, ele havia trabalhado ao lado de John Milius no roteiro de Magnum 44 (1972), o segundo filme da série de Dirty Harry, protagonizada por Clint Eastwood. O ator também estava presente na ótima estreia de Cimino na direção, O Último Golpe (1974). Mas foi com o drama sobre o modo como a guerra afeta a vida das pessoas em seu segundo filme, que Cimino transformou-se em um dos principais nomes do cinema americano. O Franco Atirador ganhou cinco prêmios no Oscar, incluindo direção e melhor filme. No topo do mundo, Cimino resolveu arriscar um projeto mais ambicioso: O Portal do Paraíso. Lançado em 1980, o faroeste pessoal do diretor resultou em um dos maiores prejuízos da história de Hollywood. Atribui-se ao filme, inclusive, a derrocada da geração de jovens autores e o fim da maturidade do cinema americano dos anos 1970. A injustiça histórica com essa obra-prima só seria revista recentemente, quando versões restauradas foram exibidas em mostras e festivais. Apesar da relação turbulenta com os estúdios e a má vontade de boa parte da crítica americana, o diretor seguiu realizado grandes filmes como O Ano do Dragão (1985) e Na Trilha do Sol (1994), a sua despedida precoce do cinema.

CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS APRESENTA SESSÕES NA SEMANA DE PORTUGAL

De 29 de dezembro a 6 de dezembro, a Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta quatro sessões especiais para celebrar a Semana de Portugal. A programação inclui um programa de curtas de animação de José Miguel Ribeiro, dois filmes da essencial produtora O Som e a Fúria e a cinebiografia da poeta Florbela Espanca. Com apoio do Instituto Camões e do Vice-Consulado de Portugal em Porto Alegre, as sessões têm entrada franca.

PROGRAMA DE ANIMAÇÕES DE JOSÉ MIGUEL RIBEIRO

A Suspeita
Portugal, 2000, 25 minutos
Um compartimento de comboio, quatro pessoas, um revisor, um canivete de Barcelos e um potencial assassino. Chegarão todos ao fim da viagem?

Passeio de Domingo
Portugal, 2009, 20 minutos
São capazes de guardar um segredo?... Este domingo vai ser diferente. Nem pomos os pés dentro do carro. A mãe e o pai não vão discutir e nós vamos brincar num jardim de couves gigantes.

Viagem a Cabo Verde
Portugal, 2010, 17 minutos
História de uma viagem de 60 dias a andar em Cabo Verde. Sem telemóvel ou relógio, sem programar antecipadamente e com o essencial às costas, o viajante descobre as montanhas, povoações, o mar, uma tartaruga, a música, as cabras, a bruma seca, os cabo-verdianos e acima de tudo uma parte essencial de si mesmo.

Papel de Natal
Portugal, 2014, 30 minutos
Dodu, um destemido bonequinho de cartão, Camila, uma amorosa menina de 8 anos e Sana, um Pai Natal de todos os dias, resgatam o pai de Camila das garras do Monstro Desperdício, reciclando o papel de embrulho dos presentes de Natal e respirando em sincronia com todas as florestas do Céu e da Terra.

JOHN FROM
Portugal, 2015, 90 minutos
Direção: João Nicolau
Exibição em HD.
Uma adolescente ocupa seu tempo ocioso tomando sol na varanda. Um dia, ela se interessa por um novo vizinho, bem mais velho do que ela e que tem uma filha pequena. Decidida a conquistá-lo, ela elabora planos para atrair sua atenção.

AQUELE QUERIDO MÊS DE AGOSTO
Portugal, 2008, 150 minutos
Direção: Miguel Gomes
Exibição digital
Pai, filha e primo retornam para casa, no coração das montanhas de Portugal, para compartilhar o amor pela música.

FLORBELA
Portugal, 2012, 118 minutos
Direção: Vicente Alves do Ó
Exibição digital
Florbela é uma famosa poetiza portuguesa do início do século 20. Em busca de estabilidade, ela aceita se casar. Logo fica entediada com essa nova vida e vai a Lisboa encontrar o irmão, onde vive intensamente e se inspira para escrever.

2ª MOSTRA SESC DE CINEMA NA CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS

Com o objetivo de promover a difusão da produção cinematográfica brasileira que não chega ao circuito comercial de exibição, a Mostra Sesc de Cinema pretende contribuir para o campo audiovisual sendo um espaço de lançamento e promoção de artistas de todo o país. A Cinemateca Capitólio Petrobras recebe sessões de três longas na programação: Leste Oeste, de Rodrigo Grota, Aurora 1964, de Diego Di Niglio, e Escolas em Luta, de Eduardo Consonni. A entrada é franca. Leste Oeste (Londrina/PR, 2016, 86 min, 14 anos) Dir. Rodrigo Grota Ezequiel, um ex-piloto, volta a sua cidade natal após 15 anos para disputar uma última corrida . Ele reencontra Stela, um antigo affair; Angelo, o patriarca da família; além de Pedro, um jovem de 16 anos que sonha em ser piloto.
AURORA 1964 (Olinda/PE, 2017, 66 min, 12 anos) Dir. DIEGO DI NIGLIO Recife, Brasil, 2016. Dona Lourdes vai ser avó outra vez. Seu Jarbas coloca para tocar um velho Lp de Ave Sangria. Anacleto Julião assiste as imagens em super8 de seu pai exiliado no México. Seu Cícero revisita fotos antigas num melancólico fim de tarde no Engenho Galileia. Jacira relembra a tortura pública de seu tio, Gregório Bezerra. Um país em plena crise de sua democracia, marcado por conflitos políticos e sociais, é o pano de fundo das narrativas do cotidiano desses e de outros personagens que tiveram a vida atingida pelo regime militar instalado com o golpe de 1964. Aurora 1964 é um exercício de memória, que constrói pontes entre épocas da história brasileira dos séculos XX e XXI. E ́ um registro sobre vidas recompostas, constituídas por desvios e atravessadas pela imprevisibilidade das dinâmicas políticas do presente e do passado.
Escolas em Luta (São Paulo/SP, 77 min, Livre) Dir. Eduardo Consonni, Rodrigo T. Marques e Tiago Tambelli No estado mais rico e um dos mais conservadores do Brasil, o modus operandi da educação pública sofre um revés quando estudantes secundaristas reagem ao decreto oficial que determina o fechamento de 94 escolas e a realocação dos alunos. A resposta estudantil surpreende. Em poucos dias, por meio de redes sociais e aplicativos, eles organizam uma reação em uma verdadeira Primavera Secundarista – algo completamente inédito. Ocupam 241 escolas e saem às ruas para protestar. O estado decreta guerra aos estudantes. Toda relação se transforma após uma revolução. ESCOLAS EM LUTA aprende e apreende com essa garotada um novo modo de construção e de estar no mundo.

GRADE DE HORÁRIOS
28 de novembro a 6 de dezembro de 2018

28 de novembro (quarta-feira)
14h – Rua da Vergonha
16h - Jean Douchet L’enfant Agité 
18h – Sessão de encerramento do Cine Esquema Novo (Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, de João Salaviza e Renée Nader Messora)
20h30 - Premiação do Cine Esquema Novo

29 de novembro (quinta-feira)
16h - Torre - Um Dia Brilhante
18h - Sessão SESC (Aurora 1964)
19h45 - Le Scandale Clouzot
21h - Semana de Portugal (Curtas de Animação de José Miguel Ribeiro)

30 de novembro (sexta-feira)
14h - Bom Dia Tristeza

16h - Torre - Um Dia Brilhante
18h - Sessão SESC (Escolas em Luta)
19h30 - Jean Douchet L’enfant Agité 
21h - Projeto Raros (Ó, Sol, de Med Hondo)

1 de dezembro (sábado)
14h - Suplício de uma Alma
16h - Torre - Um Dia Brilhante
18h - Mon Histoire N’est Pas Encore Écrite 
19h30 - Sessão Especial de 40 anos de O Franco Atirador (divulgação em breve)

2 de dezembro (domingo)
14h - Semana de Portugal (John From)
15h30 – A Bela Intrigante + debate com Milton do Prado
21h - Torre - Um Dia Brilhante

4 de dezembro (terça-feira)
18h -  Sessão Sesc (Aurora 1964) Leste Oeste
19h30 - Jean Douchet L’enfant Agité 
21h – Abertura oficial da 12º mostra de cinema e direitos humanos

5 de dezembro (quarta-feira)
18h - Suplício de uma Alma
19h30 - Le Scandale Clouzot  
20h30 - Semana de Portugal (Aquele Querido Mês de Agosto)

6 de dezembro (quinta-feira)
14h - Bom Dia Tristeza
16h - Torre - Um Dia Brilhante
18h - Rua da Vergonha
19h30 - Mon Histoire N’est Pas Encore Écrite 
21h - Semana de Portugal (Florbela)

Nenhum comentário: