Sinopse: Frustrada
por não conseguir se satisfazer com seu marido, uma jovem bela e rica procura
realizar suas ftasias em um bordel e passa a levar uma vida dupla.
A Bela da Tarde nos
faz mergulhar na mente da protagonista principal, que foi levada pelo feitiço
do sexo vendido por conta de sua atração pela mão do homem e sua passividade
(nos seus pensamentos cheios de erotismo, ela sempre se encontra ao sexo forçado
com desconhecidos). É uma atitude que, apesar de extrema, se torna seu meio de prazer
e satisfação imediata. Em algumas cópias, as legendas do filme chegaram a ser
formatadas em itálico para diferenciar o que era realidade e o que era a
consciência da personagem (um erro hediondo daqueles que subestimam os que
prestigiam um bom filme).
O diretor Luis Buñuel
(desde o filme o Cão Andaluz) é um mestre sobre os inúmeros segredos escondidos
nas mentes das pessoas. Só ele poderia passear pelo interior feminino de maneira
tão elegante e hipnotizante. Sua característica mais marcante nesse filme é
definitivamente os takes de pés femininos, funcionando como agrado para
evidenciar a beleza de Catherine Deneuve que, desde então, foi um dos melhores
papeis de sua carreira e que se encontra deslumbrante. O filme tem um quê de
Nelson Rodrigues. Aliás, A Bela da Tarde é uma obra que certamente está
ligada no processo criativo do dramaturgo brasileiro, mesmo que indiretamente.
É daqueles filmes que, mesmo tendo sido realizado há décadas, ainda é capaz de
enaltecer a sexualidade de forma muito atraente.
Nota: o filme será exibido
no próximo domingo (18/11/18) no Cine Iberê Camargo as 16horas. Fundação Iberê
Camargo: Av. Padre Cacique, 2000 - Cristal, Porto Alegre. Sessões de cinema
sempre aos Domingos às 16h.
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