Sinopse: Em um período de doze anos, Jack é um ardiloso assassino em série de mulheres que tem um único objetivo sangrento a cumprir: executar o crime perfeito, sem deixar nenhum tipo de rastro.
Lars von Trier cria os seus filmes de acordo com o seu estado de espírito, pensamento, ou até mesmo de críticas que vai colecionando ao longo do percurso. Na época de Melancolia, por exemplo, não faltou pessoas da França jogando paus e pedras contra ele quando ele disse que compreendia Hitler. Eis que agora chegamos A Casa Que Jack Construiu, filme que dá entender que ele sentiu na pele ao ouvir essas críticas, mas não significa que ele tenha decidido remodelar a sua própria roda.
Estrelado por Matt Dillon (O Selvagem da Motocicleta), o filme acompanha o mesmo sendo um assassino em série chamado Jack, sendo que as suas principais vítimas são mulheres e das quais ele as mata para obter o crime perfeito. Ao mesmo tempo ele possui a ambição de construir a sua casa dos sonhos, porém, a busca por esse objetivo dá de encontro com os seus crimes, se criando um labirinto infinito e por demais hediondos.
Se em Ninfomaníaca acompanhávamos a obsessão da protagonista em obter o sexo a todo custo para se saciar, aqui vemos Jack procurando o prazer através da matança, mas se revelando uma pessoa perdida em sua compulsão pela busca da perfeição, em meio ao horror que veio a cometer. Lars Von Trier não faz um mero filme de horror ou suspense, mas sim sobre a jornada de um monstro, machista, trajado como um "cidadão do bem" e que, por vezes, acredita em possuir uma lógica no que faz. Além disso, o cineasta faz uma dura crítica a própria sociedade atual, da qual cada vez mais se acomoda perante os horrores cometidos pelo homem e somente se importando com os seus benefícios e não com o próximo.
Mas ele vai ainda mais além, ao inserir a todo o momento inúmeros fatos históricos da humanidade, além de criar um paralelo com obras de artes com atos cometidos pelo próprio assassino. Embora a comparação seja mórbida, deve-se levar em conta que muitas obras criadas pelo homem são uma representação de sua própria época e que, em alguns casos, sintetiza os tempos sombrios de um tempo esquecido. Não se esquecendo das críticas que sofreu ao dizer que compreendia Hitler, Lars Von Trier vai além, ao jogar na nossa cara inúmeras cenas brutais provocadas por homens que se diziam ícones, mas que foram alimentados pelo povo sedento em querer idolatra-los e fazendo paralelo até mesmo com os nossos tempos contemporâneos.
É claro que é preciso ter certo estômago para que o cinéfilo possa ir do começo ao fim e saber em qual ponto o protagonista irá chegar com a sua insanidade. No decorrer do filme, por exemplo, há uma narração off entre Jack e o poeta Virgílio (Bruno Ganz), autor da Eneida, também citado na Divina Comédia de Dante. Esse personagem, aliás, irá proporcionar para o protagonista um epílogo extraordinário e que valerá a pena enfrentarmos todos esses horrores cometidos pelo protagonista para chegarmos a esse momento anti-hollywoodiano.
Com referências explicitas até mesmo com relação as suas outras obras, A Casa Que Jack Construiu é a mente de Lars Von Trier vista na tela e da qual nem todos irão conseguir apreciar ela.
Estrelado por Matt Dillon (O Selvagem da Motocicleta), o filme acompanha o mesmo sendo um assassino em série chamado Jack, sendo que as suas principais vítimas são mulheres e das quais ele as mata para obter o crime perfeito. Ao mesmo tempo ele possui a ambição de construir a sua casa dos sonhos, porém, a busca por esse objetivo dá de encontro com os seus crimes, se criando um labirinto infinito e por demais hediondos.
Se em Ninfomaníaca acompanhávamos a obsessão da protagonista em obter o sexo a todo custo para se saciar, aqui vemos Jack procurando o prazer através da matança, mas se revelando uma pessoa perdida em sua compulsão pela busca da perfeição, em meio ao horror que veio a cometer. Lars Von Trier não faz um mero filme de horror ou suspense, mas sim sobre a jornada de um monstro, machista, trajado como um "cidadão do bem" e que, por vezes, acredita em possuir uma lógica no que faz. Além disso, o cineasta faz uma dura crítica a própria sociedade atual, da qual cada vez mais se acomoda perante os horrores cometidos pelo homem e somente se importando com os seus benefícios e não com o próximo.
Mas ele vai ainda mais além, ao inserir a todo o momento inúmeros fatos históricos da humanidade, além de criar um paralelo com obras de artes com atos cometidos pelo próprio assassino. Embora a comparação seja mórbida, deve-se levar em conta que muitas obras criadas pelo homem são uma representação de sua própria época e que, em alguns casos, sintetiza os tempos sombrios de um tempo esquecido. Não se esquecendo das críticas que sofreu ao dizer que compreendia Hitler, Lars Von Trier vai além, ao jogar na nossa cara inúmeras cenas brutais provocadas por homens que se diziam ícones, mas que foram alimentados pelo povo sedento em querer idolatra-los e fazendo paralelo até mesmo com os nossos tempos contemporâneos.
É claro que é preciso ter certo estômago para que o cinéfilo possa ir do começo ao fim e saber em qual ponto o protagonista irá chegar com a sua insanidade. No decorrer do filme, por exemplo, há uma narração off entre Jack e o poeta Virgílio (Bruno Ganz), autor da Eneida, também citado na Divina Comédia de Dante. Esse personagem, aliás, irá proporcionar para o protagonista um epílogo extraordinário e que valerá a pena enfrentarmos todos esses horrores cometidos pelo protagonista para chegarmos a esse momento anti-hollywoodiano.
Com referências explicitas até mesmo com relação as suas outras obras, A Casa Que Jack Construiu é a mente de Lars Von Trier vista na tela e da qual nem todos irão conseguir apreciar ela.
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