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terça-feira, 20 de novembro de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: Animais fantásticos: os Crimes de Grindelwald


Sinopse: Newt Scamander reencontra os queridos amigos Tina Goldstein, Queenie Goldstein e Jacob Kowalski. Ele é recrutado pelo seu antigo professor em Hogwarts, Alvo Dumbledore, para enfrentar o terrível bruxo das trevas Gellert Grindelwald, que escapou da custódia da Macusa (Congresso Mágico dos EUA) e reúne seguidores, dividindo o mundo entre seres de magos sangue puro e seres não-mágicos.


O primeiro Animais Fantásticos onde Habitam  foi o reinício para franquia Harry Potter no cinema, mesmo com a sua trama se concentrando no passado daquele universo mágico. Entre os erros e os acertos, o filme demonstrou ser uma aventura convidativa, que conseguia atrair os fãs da franquia, mesmo quando ela não trazia os velhos e tão amados personagens dos capítulos anteriores. É aí que chegamos ao filme Animais fantásticos: os Crimes de Grindelwald, cuja missão é dar continuidade a franquia, mas será que ela terá o mesmo fôlego de sua antecessora?
Novamente dirigido por David Yates, a trama se passa pouco depois dos eventos vistos na trama anterior. Gellert Grindelwald (Johnny Depp) está prestes a ser julgado pelos crimes que cometeu, mas consegue fugir e ir em direção a Paris, onde acredita que se encontrará com Credence Barebone (Ezra Miller), para que assim possa persuadi-lo a ser o seu aliado e revelar os seus segredos ocultos. É aí que o professor de magia Alvo Dumbledore (Jude Law) convoca Newt Scamander (Eddie Redmayne) para enfrentar Grindelwald e trazê-lo a justiça.
Diferente do primeiro filme, do qual o cinéfilo de primeira viagem não precisava assistir a todos os filmes anteriores de Harry Potter para entender a trama, aqui a situação é a inversa, já que a ela somente existe graças à primeira aventura de Scamander e carregando consigo inúmeras informações das quais foram vistas somente naquela história. Mas se por um lado o filme não funciona de forma independente, do outro, David Yates não demonstra pressa em seu primeiro ato ao reapresentar os seus personagens principais, ao ponto da ação vertiginosa se concentrar somente nos primeiros minutos, mas dando fôlego para a calmaria logo em seguida. É uma forma certeira para não cansar o olhar dos fãs, mas sim deixá-los à vontade para se identificarem com os seus respectivos personagens principais.
Aliás, para a alegria de muitos, principalmente para os fãs da primeira franquia, os cenários e alguns velhos conhecidos retornam a trama. É no caso do bom e velho personagem Dumbledore, que aqui ganha cara e elegância de Jude Law e fazendo com que o personagem ganhe muito mais profundidade e complexidade do que os fãs poderiam imaginar. Sua forte ligação com Grindelwald, por exemplo, é complexa, cheia de ambigüidade e fazendo a gente levantar inúmeras teorias.
Por outro lado, Scamander, mesmo sendo o protagonista, meio que ele se perde em meio aos inúmeros personagens que vão surgindo na trama. Eddie Redmayne novamente faz um trabalho competente na medida do possível, mas fazendo a gente desejar em conhecer mais sobre o passado desse personagem enigmático. O passado, aliás, é o mote principal da trama, do qual personagens se vêem em dilemas e escolhas e das quais irão moldar as suas vidas.
É aí que mora, talvez, o principal problema de Animais fantásticos: os Crimes de Grindelwald, já que o filme se concentra por demais na figura misteriosa que é Credence Barebone (Ezra Miller), fazendo com que a trama descambe para inúmeras teorias conspiratórias e forçando uma atenção redobrada para aqueles que acompanham os desdobramentos vistos na tela. Infelizmente tudo o que é revelado, principalmente em seu imprevisível terceiro ato, poderia ter sido mais bem adaptado em dois capítulos seguintes, mas ao invés disso, optaram por uma avalanche de informações por demais num único filme.
Mas se por um lado isso prejudica, do outro, a situação é um pouco recompensada pelo talento de Johnny Depp em cena, que aqui faz um Gellert Grindelwald persuasivo, mesmo a gente sabendo que ele não é nenhum pouco confiável. Falando nisso, são surpreendentes as reviravoltas com relação alguns personagens, como no caso de Queenie Goldstein (Alison Sudol). Se no filme anterior, principalmente ao lado de sua paixão Jacob Kowalski (Dan Fogler) ela era vista como certo alívio cômico, aqui ela se curva  diante de uma escolha em que a coloca em cheque o seu próprio futuro.
Como podem ver, o terceiro ato se revela corajoso em querer ousar, mesmo com tamanhas informações em tão pouco tempo de projeção. Por outro lado, o filme como um todo se revela um tanto que prepotente com relação ambição de seus realizadores, ao acharem que podem atrair de maneira fácil, tanto os fãs da franquia, como também aquele cinéfilo que vai ao cinema para assistir uma boa história e que não possua muitas delongas. Com os seus altos e baixos, Animais fantásticos os Crimes de Grindelwald é um capítulo que coloca em cheque o futuro da franquia Harry Potter.  

Um comentário:

Unknown disse...

Fiz algumas observações que não encontrei em blogs ou em canais do YouTube que envolvem a real identidade de Credence - e não, aquele final foi uma sacada do Grindelwald para dar ao bruxo uma identidade e com ela uma manipulada informação para causar em Credence o desejo de enfrentar Alvo Dumbledore por vontade própria a ter que lhe dar a missão que não pode realizar por conta do Pacto de Sangue. No filme todo temos dicas de que Credence é o último da linhagem dos Lestrange, mas a confissão da Leta causa uma mudança, embora seja mais pra frente revelado que Leta não deixou o próprio irmão por Credence, mas sim recuperou sem perceber o próprio irmão que depois foi rebatizado de Credence. A maior prova disso está na semelhança do rosto do bebê Credence com o rosto do bebê Corvus na cena do flashback de Yusuf Kama, onde não faria sentido o Sr. Lestrange (pai de Leta) segurar um filho que não era seu com expressão de amor. Quem a Leta supôs ser Corvus (O que caiu no mar) era outro bebê, mas tenho a teoria que possa ser um Lestrange não oficializado, afinal, Credence poderá dar continuidade aos Lestrange ou morrer e seu irmão ainda sem nome divulgado cumprir essa função. Aurélio Dumbledore cogito ser o nome do bisavô de Alvo, o que o professor revela ter tido uma fênix que voou e não mais foi vista com a morte do seu mestre. Grindelwald todo um passado com Alvo deveria ter conhecimento do conta da família Dumbledore com os pássaros mágicos e fez uso dessa informação para causar uma rivalidade.