Nos dias 10 e 11 de Novembro eu estarei na
Cinemateca Capitólio de Porto Alegre, onde participarei do curso Cinema Queer –
Identidade e Diversidade, criado pelo Cine Um e ministrado pela professora de
cinema Rosângela Fachel de Medeiros. Enquanto os dias da atividade não chegam
eu por aqui irei destacar os principais filmes desse cinema ousado,
diversificado e colorido.
A Lei do
Desejo (1987)
Sinopse: Um diretor
de cinema homossexual conhece um belo jovem, e os dois passam a noite juntos.
No dia seguinte, está convencido de que foi um encontro casual e diz ainda
estar apaixonado por seu namorado. O amante não entende e revela seu lado
possessivo.
Lançado no Brasil,
quase dez anos depois de seu lançamento, este é o filme mais radical, ousado e
pessoal de Almodóvar. Ele quebra quase todos os tabus, sexuais, religiosos e
morais, realizando mais uma de suas assumidas odes á estética kitsch. O filme é
ácido e combina em doses equilibradas de tragédia e humor rasgado. Amantes de
Almodóvar consideram este o seu melhor filme. Já os demais espectadores podem
se divertir com o universo surreal e hedonista do roteiro.
Filadélfia
(1993)
Sinopse: mostra o
drama de Andrew Beckett (Hanks), um advogado que é sabotado e mandado embora de
seu emprego devido ao preconceito de seus chefes ao suspeitarem que ele está
com AIDS.
O filme ganhou dois
Oscar em 1994, um de melhor ator para
Tom Hanks e outro de melhor canção original por “Streets of
Philadelphia”, do Bruce Springsteen e realmente trata-se de um grande filme.
Hoje em dia, as novas gerações não tem a real noção do que foi o vírus da AIDS
no seu início, pois as informações eram limitadas e não era sabido como se dava
a transmissão do vírus. Além disso, muitas verdades eram desmentidas de tempos
em tempos no que diz respeito à doença, tornando até certo ponto compreensível
a posição dos que temiam a convivência com portadores da doença. Vale lembrar
que como o tratamento era pouco eficaz na época, os remédios davam apenas uma
sobrevida aos enfermos, sendo que um resultado positivo para o vírus HIV era o
mesmo que uma sentença de morte. Dessa forma, o filme ajudou a humanizar os
portadores da doença e fazer com que o preconceito fosse reavaliado por muitos.
O mais estranho é que
parece que o tempo esqueceu esse ótimo filme, pois há quanto tempo não vemos o
longa passando em tv aberta, ainda mais se tratando de atuações fantásticas de
Tom Hanks e Denzel Washington, dois dos grandes atores da história do cinema do
norte americano.
Ligadas
pelo Desejo (1996)
Sinopse: Violet
(Jennifer Tilly) está cansada de ser maltratada pelo seu marido, Caesar (Joe
Pantoliano), um chefão da Máfia. Ela acaba se envolvendo em uma relação
homossexual com uma ex-presidiária Corky (Gina Gershon) e, ambas acabam se
apaixonando. Com o objetivo de ficarem livres, armam um plano para matar
Caesar, ficar com seu dinheiro e fugir.
Primeiro grande
sucesso de critica da carreira das irmãs Wachowski (Matrix), onde elas criam um
elegante clima noir contemporâneo, enlaçado com um intenso relacionamento entre
as protagonistas que deu o que falar na época. Atenção para a primeira noite de
sexo entre as duas protagonistas, sendo ela muito bem filmada e excitante.
Meninos Não Choram (1999)
Sinopse:
A história da vida de Brandon Teena, uma mulher que escolhe se passar por
homem. Ela começa um caso de amor com uma mãe solteira da zona rural de
Nebraska e sofre trágicas consequências como resultado da descoberta de sua
transexualidade.
Adaptação
da vida de Brendon Teena, que em 1993 decidiu viver como um homem, mantendo o
fato em segredo e sofrendo severas consequências por isso. Lançado em 1999, ano
considerado como um dos melhores para o cinema, consagrou a atriz Hilary Swank
com um merecido Oscar, pois sua atuação nos fascina, incomoda e nos faz chorar
diante do seu terrível destino nas mãos do preconceito.
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