Nos dias 26 e 27 de
Maio eu estarei na Cinemateca Capitólio de Porto Alegre, onde acontecerá o
curso DC x MARVEL, criado pelo Cine Um e ministrado pelo jornalista e crítico
de cinema Matheus Bonez. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, eu
irei compartilhar para vocês os principais filmes que deram um passo a frente
para que esse gênero sempre continuasse vivo.
SUPERMAN (1978)
Sinopse:Jor-El
(Marlon Brando), um renomado cientista, prevê a destruição do seu planeta e
alerta o governo, que não lhe dá credito. Assim, decide salvar seu filho,
mandando-o para a Terra, onde terá superpoderes. Na Terra, ele usa o nome de
Clark Kent (Christopher Reeve) e já adulto e trabalhando como repórter em um
jornal, não demonstra ter superpoderes. Mas quando uma situação inesperada põe
em risco a vida de Lois Lane (Margot Kidder), uma colega de trabalho, ele
obrigado a se revelar para o público, ficando conhecido popularmente como
Superman. Descontente com o surgimento de um super-herói na cidade, Lex Luthor
(Gene Hackman), um gênio do mal, o obriga a se desdobrar para evitar a morte de
milhões de pessoas.
Filme que arrastou
multidões em todo o mundo na época e não é pra menos. Foi na verdade a primeira
superprodução baseada numa HQ a ser levada a sério do começo ao fim, e isso
graças a Richard Donner (A Profecia), que sempre via no projeto algo para ser
feito no modo verossimilhança. É difícil dizer qual a melhor parte: o início em Krypton onde Marlon Brando dá o seu show de interpretação, a chegada do seu
filho a terra, a descoberta da fortaleza da solidão, o passeio de voo do casal
e o ato final que termina num clímax angustiante e fantástico. Tanto Christopher
Reeve (Superman) como Margot Kidder (Lois Lane) ficaram marcados para sempre
com seus respectivos personagens e até hoje Christopher se tornou o melhor
interprete do ícone dos quadrinhos. Atenção para O ótimo desempenho de Gene
Hackman (no auge da carreira) interpretando o vilão Lex Luthor, da magistral
trilha sonora de John Williams que dá vida a cada cena do filme e dos
impressionantes efeitos visuais que, mesmo de 1978, convencem até hoje e provou
que um homem poderia voar.
Curiosidades: Para conseguir
uma musculatura convincente para ser nas telas Superman, o ator Christopher
Reeve fez um trabalho especial supervisionado por David Prowse, o ator que
interpretou Darth Vader em Guerra nas Estrelas; - Para aparecer por apenas 10
minutos em Superman - O Filme, o ator Marlon Brando recebeu um cachê de US$ 4
milhões;- O cabelo de Clark Kent e de Superman são repartidos para lados
diferentes.
Superman
2 - A Aventura Continua (1980)
Sinopse: Três
perigosos prisioneiros do extinto planeta Krypton, que estavam confinados na
Zona Fantasma, se libertam graças à uma explosão. O trio parte então para a
Terra, onde passam a ter os mesmos poderes do Super-Homem, mas o objetivo deles
é dominar o planeta.
Embora Richard Lester
esteja creditado como diretor, muitas cenas desse segundo filme foram rodadas
juntas com as do primeiro, mas, infelizmente, devido a divergências criativas
com os produtores, Richard Donner acabou sendo afastado e sem poder concluir o
trabalho que tinha em mente com relação à segunda aventura. Felizmente boa
parte do seu trabalho filmado está lá, sendo que até mesmo podemos diferenciar
quando são cenas rodadas do Donner ou de Lester, já que esse último sempre
queria criar alguma piada lá ou aqui em determinadas cenas. Bom exemplo disso
são algumas situações cômicas quando a trindade do mal sopra contra as pessoas
de Metrópoles, onde claramente vemos o dedo de Lester se metendo.
Apesar desses
deslizes, o filme chega há ser tão bom quando o primeiro, principalmente em
colocar o herói num dilema: querer continuar sua batalha contra o crime, ou
viver uma vida normal com Lois Lane. As cenas de Christopher Reeve e Margot
Kidder comprovam uma química perfeita de ambos, rendendo cenas bem românticas e
com direito até mesmo "cama" na Fortaleza da Solidão. Mas como
estamos falando de um filme Superman, sendo que os momentos de romance sedem
para os momentos certos para as cenas de ação, principalmente com há vinda do
trio vilanesco, liderado pelo General Zod. Para muitos até hoje, Terence Stamp
é sem sombra de dúvida a encarnação perfeita do personagem, onde sua presença e
falas (ajoelhe-se perante Zod) se tornaram marcantes para os fãs. O ponto alto
de toda a produção é quando os três vilões kryptonianos enfrentam o herói nos
céus e ruas de Metrópoles.
Por muito tempo (até
a chegada de X-men: O filme), a super briga que acontece em Metrópoles era
considerada o melhor exemplo de como se fazia uma boa cena de ação em uma
adaptação de HQ. E olha que estamos falando de um período que nem existiam
efeitos digitais ainda, sendo que tudo visto ali foi feito na raça e com o que
tinha de recursos na época. Não tem como não entrar em êxtase quando Superman
pega Zod, o rodopia e o joga num cartaz da Coca Cola de um prédio.
Embora com um final que
soluciona alguns pontos da trama de uma maneira forçada (super beijo??),
Superman II é ainda um bom exemplo de sequência que não deve nada ao filme
original. Uma pena que no terceiro filme, Richard Lester teve total liberdade
criativa em transformar o filme numa verdadeira comédia e que muitos fãs até
hoje tentam esquecer.
Conan: O
Bárbaro (1982)
Sinopse: Conan
(Arnold Schwarzenegger), ainda jovem, vê sua aldeia ser aniquilada por um
demoníaco feiticeiro chamado Thulsa Doom (James Earl Jones) e seus pais serem
assassinados na sua frente por ele. Disposto a vingar-se, desenvolve uma
incrível força física e parte em busca da liga de aço, que fará com que sua
espada se torne lendária.
Talvez o único filme
de uma HQ da Marvel nos anos 80 a ter sobrevivido com o tempo. Primeiro grande
sucesso da carreira de Arnold Schwarzenegger e sem duvida um dos melhores
trabalhos de John Milius. Conan foi o primeiro filme baseado em HQ com teor
mais adulto e explicito, sendo que não faltam cenas de violência e de sexo, o
que acabou causando o afastamento do público mais jovem e isso graças ao
roteiro mais adulto feito por Oliver Stone.
Mas o filme é sem
sombra de dúvida uma grande aventura épica na fictícia era Nórdica. Momentos
sublimes como o massacre de uma vila no início do filme e os primeiros minutos
de Arnold como Conan são apresentados de forma fantástica e inesquecível,
aliado a uma poderosa trilha sonora. Destaque para o extraordinário desempenho
de James Earl Jones como o vilão Thulsa Doom, que simplesmente rouba a cena a
cada momento que surge e de pontas curiosas como de Max von Sydow (O
Exorcista). Teve uma continuação inferior, mas nada que tire o brilho desse
grande filme.
Curiosidades: A
empresa Mattel era a responsável por produzir brinquedos em torno de Conan, mas
após assistir ao filme seus executivos acharam melhor não associar a empresa a
um filme com tanta violência e apelo sexual. Deste modo, a Mattel resolveu
criar um personagem próprio baseado em Conan, He-Man, criando também uma série
de desenhos animados baseado no personagem. Apesar de Conan e Valeria serem
vistos juntos durante grande parte de Conan, o Bárbaro, ele apenas fala a ela 5
palavras em todo o filme, sendo que isto ocorre logo nos 30 primeiros segundos
em que se encontram pela primeira vez.
BATMAN (1989)
Sinopse: Em Gotham City, um milionário
(Michael Keaton), que quando jovem teve os pais assassinados por bandidos,
resolve combater o crime como Batman, o Homem-Morcego. Mas o vilão Coringa
(Jack Nicholson) decide dominar a cidade e se torna um grande desafio para o
super-herói.
Um dos maiores
sucessos da Warner na época. Quando o filme foi lançado, o estúdio lançou uma
propaganda de proporções épicas que não se via desde Star Wars e com isso
arrastou mais e mais pessoas ao cinema. O filme foi a primeira superprodução de
Tim Burton que por sua vez, não teve 100% de sua liberdade criativa, contudo,
sua escolha de Michael Keaton para o protagonista foi preservada, apesar das
criticas que recebeu. Jack Nicholson brilha com sua versão de Coringa, apesar
de que é o próprio ator brincando de Coringa em alguns momentos. Visual e
trilha sonora arrebatadores que marcaram época, o filme gerou mais três sequências e serviu de inspiração para a criação de um desenho animado de muito
sucesso pelo canal Warner.
Curiosidades: A atriz
Sean Young era quem inicialmente interpretaria a personagem Vicki Vale.
Entretanto, Young fraturou a clavícula durante as filmagens, em uma cena em que
precisava montar um cavalo juntamente com Michael Keaton. Ela terminou sendo
substituída por Kim Basinger no filme e a cena em questão foi excluída do
roteiro.
Ao idealizar os
cenários que viriam a compor a cidade de Gotham City, a intenção do diretor Tim
Burton e sua equipe era dar cidade o clima mais gótico e desolado possível que
uma metrópole poderia ter.
BATMAN: O RETORNO
(1992)
Sinopse: Com o
objetivo de manipular Gotham City, um milionário (Christopher Walken) tenta
transformar o Pinguim (Danny DeVito), um ser deformado que tinha sido
abandonado ainda bebê nos esgotos, em prefeito da cidade. Como se isto não
bastasse, surge a Mulher-Gato (Michelle Pfeiffer) que, apesar de ser linda e
sedutora, também tem dupla personalidade, em razão de problemas no passado.
Ambos se tornam verdadeiros pesadelos para Batman no presente.
Mais ação, mais
sombrio e mais com cara de Tim Burton. Após o sucesso do filme anterior, o
diretor teve total liberdade criativa e com isso criou um filme mais com sua
cara do que o próprio universo do Batman em si. Assim como anterior, os vilões
fazem a festa e Danny DeVito e, principalmente, Michelle Pfeiffer roubam a cena a cada aparição (Pheiffer numa
atuação digna de Oscar) como os vilões Pinguim e Mulher Gato. Edição de arte
primorosa, além da trilha sonora de Danny Hellman espetacular, faz desse filme
uma sequência indispensável, sendo que é uma pena quando a cine série se perdeu
nos fiascos Batman Eternamente e Batman e Robin.
Curiosidades: A atriz
Sean Young tentou de todas as formas convencer o diretor Tim Burton e os
produtores do filme de que seria a atriz ideal para interpretar a Mulher-Gato
em Batman - O Retorno. Young chegou ao ponto de, por conta própria, aparecer no
estúdio de filmagens com a roupa da personagem, em mais uma tentativa de
convencê-los a ganhar o papel.- Durante as filmagens, Danny DeVito foi proibido
por contrato de contar a qualquer pessoa, inclusive sua própria família,
detalhes sobre a maquiagem utilizada na caracterização de seu personagem.
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