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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 25 de maio de 2018

Cine Dica: Em Cartaz: Han Solo: Uma História Star Wars



Sinopse: Após uma série de ousadas aventuras, o jovem Han Solo encontra seu futuro copiloto, Chewbacca, e o notório jogador Lando Calrissian.



Se por um lado é fácil assistir as trilogias de Star Wars no cinema, por outro, acompanhar o universo expandido de cabo a rabo é uma missão praticamente impossível. Basta, por exemplo, observar que há um número cada vez maior de HQ, livros e vídeo games vistos no mercado e isso sem contar as séries animadas e de futuros projetos para TV que estão em andamento. Contudo, o projeto da Disney em criar filmes recentes derivados da franquia original, nos convida para assistir histórias fechadas e se tornando bem vindas até mesmo para aqueles que nunca assistiram nada até hoje da franquia. 
Rogue One, por exemplo, foi um filme bem executado e sendo bem aceito pelo público. Ao focar em eventos que se localizam pouco antes dos vistos no clássico Uma Nova Esperança de 1977, o público teve a oportunidade de testemunhar uma trama que vai muito além de mestres Jedis e dos significados da força. Han Solo: Uma História Star Wars segue essa mesma cartilha, mas usando um personagem clássico da franquia original e que, embora com as suas inúmeras falhas, é um filme até certo ponto divertido e convidativo para os leigos.
Dirigido sob encomenda pelo cineasta Ron Howard (Uma Mente Brilhante), aventura se passa anos antes de Uma Nova Esperança, onde vemos o jovem Han Solo (Alden Ehrenreich) iniciar os seus primeiros passos como contrabandista da galáxia. Além de conhecer o seu futuro copiloto Chewbacca, Han conhece outros contrabandistas como Tobias (Woody Harrelson) e Lando (Donald Glover), sendo ele dono da millenium Falcon na época. Com o intuito de reencontrar a sua namorada Kira (Emilia Clarke), Han embarca em inúmeras aventuras, tanto para reencontrá-la, como também para obter algum lucro ao lado dela.
Se Rogue One funcionava com uma história independente, mesmo ela trazendo alguns elementos da primeira e segunda trilogia, Han Solo tem a missão ingrata de trazer de volta o anti-herói para as telas que tanto os fãs amam e fazendo da obra algo muito dependente da trilogia original. Porém, assim como Rogue One, a trama até que funciona de uma forma fluida, mesmo quando ela possua situações que nos lembrem demais os espetáculos visuais dos filmes originais. Quando eu pensava num filme estrelado por  Han Solo, por exemplo, eu sempre imaginava algo bem mais próximo de um faroeste se passando no espaço e desprendendo um pouco das questões que vão desde ao império e a resistência.
Mas se esse detalhe me incomodou, por outro lado, foi uma surpresa em ver o bom desempenho de Alden Ehrenreich em cena. Embora Harrison Ford ainda seja o interprete definitivo de Han Solo, Ehrenreich até que se sai bem, não só interpretando, como também imitando os trejeitos e os cacoetes que o ator havia inventado para o personagem na época. Se alguns dirão que isso é falta de inspiração, por outro lado, é uma prova que o ator tem uma total consciência do vespeiro que havia se metido e não queria desapontar os fãs de imediato.
Mas se por um lado Woody Harrelson se sai bem como uma espécie de mentor para o futuro contrabandista, por outro lado, Donald Glover não consegue se sobressair ao dar vida ao jovem Lando e estando somente em cena para mostrar como ele e Solo se conheceram e como esse último adquiriu a millenium Falcon. Porém, Emilia Clarke se sobressai como interesse amoroso do protagonista, pois além de se revelar como mais uma mulher forte dentro da franquia, a interprete também consegue nos passar certo ar de ambiguidade em sua personagem e fazendo com que nunca tenhamos certeza de suas reais intenções. Isso acaba até mesmo gerando sementes para a construção do caráter de Solo, já que no início do filme original ele somente tinha interesse por lucro e nunca abraçar uma causa que existe em seu mundo em volta.
Porém, quando desejamos mais do filme, ele acaba se encaminhando por veredas que teimam em se interligar aos filmes originais. Isso faz com que não tenhamos a construção por completo da imagem de Han Solo que nós conhecemos. Ao invés disso, principalmente no ato final da trama, os realizadores se preocuparam não somente em terminar o filme logo de uma vez, como deixar algumas pontas soltas para uma possível sequência e isso se potencializa com a aparição surpresa de um personagem até então esquecido da franquia. 
Em meio a tropeços e acertos, Han Solo: Uma História Star Wars é uma aventura despretensiosa e da qual os fãs precisam levar ela somente na esportiva.    

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