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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 21 de maio de 2018

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre:O Amante de Um Dia

Sinopse: Amante Por Um Dia mostra a história de Jeanne (Esther Garrel, filha do diretor Philippe Garrel) que volta para casa do seu pai Gilles (Éric Caravaca) depois do término de um longo relacionamento com Matéo (Paul Toucang). Seu pai, um professor de filosofia de meia idade, mora junto com uma de suas alunas, Ariane (Louise Chevillotte), que tem a mesma idade da sua filha.

 

O dilema principal do filme é mostrar como o tema fidelidade é vista pela ótica desses três protagonistas, pela estilhaçada sentimentalmente Jeanne, pela fogosa Ariane e pelo homem de meia idade. A convivência dos três sob o mesmo teto começa a levantar questões sobre o que é certo e errado na fidelidade e percebem que todos têm muito que aprender ao longo do percurso.
Filmado com uma bela fotografia em preto e branco, O Amante de um dia, para os desavisados, é na realidade a última parte de uma trilogia, todas feitas pelo diretor Philippe Garrel, que começou com O Ciúme (2013), seguido por Às Sombras Das Mulheres (2015). Talvez isso venha a ser o maior calcanhar de Aquiles desse longa metragem, por fazer parte de uma trilogia da qual a maioria daqui do Brasil ninguém sabia que existia e fazendo com que fiquemos meio que perdidos durante o percurso da obra. Curiosamente, quando comecemos a pegar gosto pela trama, o filme logo termina, pois são apenas 75 minutos de uma obra cuja premissa poderia render mais do que se imagina.
O caso que, num primeiro momento, o filme em si me lembrou algumas daquelas comédias românticas cabeça do tempo da Nouvelle vague francesa, mas as comparações param por ai, pois a trama não consegue muito engrenar e tudo ficando somente em sua superfície. Jeanne, filha do cineasta, por exemplo, fica somente chorando e, quando achamos que trama irá lhe dar ares mais complexos, ela acaba simplesmente voltando ao ponto inicial de sua jornada de alto conhecimento com relação aos relacionamentos. Já Ariane fica sempre se questionando a sua relação com Gilles se eles são realmente autênticos um com o outro, sendo que esse último vive somente num dilema durante quase todo o filme se vale a pena ou não continuar com esse relacionamento e embarcar em um novo.
Claro que todos aprendem uma boa lição no final de tudo isso, mas quando isso acontece o filme logo se encaminha para o seu final, como se o cineasta tivesse pressa para se encerrar tudo logo de uma vez. Como eu disse acima, o filme é a parte final de uma trilogia. Se eu, ao menos, tivesse assistido aos filmes anteriores, talvez, a minha frustração com relação a esse filme teria sido numa proporção menor. 
O Amante de Um Dia é uma obra que mais serve para os corações apaixonados, que acreditam numa segunda chance, mas para ser apreciado numa tarde fria e logo ser esquecida.  
 
 Nota: filme exibido no último sábado (19/05/18) para associados.
 

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