TERROR COM COGUMELOS DE ISHIRO HONDA É ATRAÇÃO DO PROJETO RAROS SESSÕES
COM DEBATE NA MOSTRA DESTRUA-SE: MAIO DE 68 NO CINEMADOCUMENTÁRIO DE CÁSSIO
TOLPOLAR GANHA EXIBIÇÃO ESPECIAL
A Cinemateca
Capitólio Petrobras realiza uma série de sessões especiais com entrada franca
entre 10 e 16 de maio, incluindo nova edição do Projeto Raros, sessões com
debate na mostra Destrua-se: Maio de 68 no Cinema e a exibição especial do novo
documentário de Cássio Tolpolar.
MATANGO NO PROJETO
RAROS
Na sexta-feira, 11 de
maio, às 20h, o Projeto Raros apresenta Matango, A Ilha da Morte (89 minutos,
1963), um clássico do cinema de horror japonês dirigido por Ishirō Honda. Após
a sessão, acontece um debate com os pesquisadores Carlos Thomaz Albornoz e
Marcelo Severo. Com exibição digital e legenda em português, a sessão tem
entrada franca.
Na trama de Matango,
um grupo de sete jovens em um iate à deriva acaba desembarcando em uma ilha
deserta. Na luta pela sobrevivência, acabam entrando em conflito uns com os
outros. Ao mesmo tempo, surgem estranhas alterações de comportamento quando
consomem os cogumelos da região, que parecem esconder um mistério ainda maior.
Inspirado no conto Uma Voz na Noite, do escritor inglês William Hope Hodgson, o
filme quase teve seu lançamento proibido no Japão por conta da similaridade
entre a maquiagem dos atores e os rostos desfigurados reais dos sobreviventes
dos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki. Produzido pela lendária
companhia Toho, Matango é um dos filmes mais singulares do grande mestre do
kaiju eiga (o subgênero dos filmes de monstro do Japão), Ishirō Honda, diretor
de Godzilla, Mothra, King Kong vs. Godzilla, Ghidrah, O Monstro Tricéfalo,
entre outros.
SESSÕES ESPECIAIS DA
MOSTRA DESTRUA-SE: MAIO DE 68 NO CINEMA
No sábado, 12 de
maio, às 19h30, acontece a sessão de Acéfalo, de Patrick Deval, um dos
principais filmes do grupo Zanbibar, movimento de jovens cineastas franceses,
atuantes no final dos anos 1960 e início dos anos 1970, que buscava estabelecer
a ponte entre a Nouvelle Vague e o cinema underground norte-americano, em uma
sintonia radical e experimental com as faíscas mais desconcertantes de Maio de
1968. Após a projeção uma edição do
Débats d'idées da Aliança Francesa de Porto Alegre com a presença do artista
inglês Michael Chapman, um dos atores da obra, do diretor e curador Renato
Coelho. A mediação será feita pelo jornalista Roger Lerina.
No dia 15 de maio,
terça-feira, às 19h30, outra sessão especial apresenta Perplexos: Artistas na
Cúpula do Circo, um dos primeiros longas do diretor alemão Alexander Kluge,
filme essencial do pensamento político cinematográfico dos anos 1960. Após a
exibição, acontece um debate com Gabriela Linck, coordenadora da seção alemã da
associação internacional de pesquisadores de cinema CAMIRA (Cinema and Moving
Image Research Assembly) e pesquisadora da obra do diretor alemão. Com entrada
franca, a sessão tem apoio do Goethe-Institut Porto Alegre.
No dia 16 de maio, às
20h, acontece a sessão de pré-lançamento do documentário A Vida Extra-Ordinária
de Tarso de Castro, de Leo Garcia e Zeca Brito, que revive, por meio da
fascinante trajetória de Tarso de Castro, a história do Brasil dos anos 60, 70
e 80 e da geração de intelectuais que resistiram à ditadura militar e
promoveram uma verdadeira revolução nos costumes e na cultura brasileira.
Entrada franca.
UMA VIAGEM A
PHILIIPPSON
Na sexta-feira, 11 de
maio, às 19h, acontece exibição do curta documentário sobre a primeira colônia
judaica no Brasil, Uma viagem a Philippson (2017, 17 minutos), de Cássio
Tolpolar. Após a exibição, haverá um espaço para perguntas e respostas com o
diretor. Entrada franca.
Sinopse: A primeira
imigração judaica organizada ao Brasil foi feita pela Jewish Colonization
Association em 1904, estabelecendo uma colônia no interior do Sul do Brasil
chamada Philippson. Esta colônia agrícola recebeu famílias vindas da
Bessarábia, tinha uma sinagoga, escola e um cemitério – durando até 1928.
Filmado em três períodos distintos entre 2015 e 2017, Uma Viagem a Philippson introduz
esta história, procurando entender como Philippson ecoa na memória dos mais
velhos e o que pode significar às gerações futuras.
GRADE DE HORÁRIOS
10 a 16 de maio de
2018
10 de maio (quinta)
18h30 – A Chinesa
20h – Morrer aos
Trinta Anos
11 de maio (sexta)
16h – O Parque
19h – Uma viagem a
Philippson
20h – Projeto Raros
(Matango, a Ilha da Morte)
12 de maio (sábado)
14h – Arábia
16h – O Parque
18h – Destrua-se
19h30 – Acéfalo +
debate com Michael Chapman e Renato Coelho
13 de maio (domingo)
14h – O Parque
16h – Duas Vezes
18h – Amantes
Constantes
15 de maio (terça)
14h - Arábia
16h – O Parque
18h – Morrer aos
Trinta Anos
19h30 – Perplexos:
Artistas na Cúpula do Circo + debate com Gabriela Linck
16 de maio (quarta)
14h – Arábia
16h – O Parque
18h - Weekend à
Francesa
20h – Pré-lançamento
de A Vida Extra-ordinária de Tarso de Castro
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