Sinopse: O fazendeiro
Wilfred James (Thomas Jane) entra em conflito com a esposa quando ela decide
que quer morar na cidade. James é um homem muito tradicional e não quer deixar
sua fazenda para trás. É quando ele tem a ideia de assassiná-la e tenta convencer
seu filho a lhe ajudar.
Após o sucesso
estrondoso de It – A Coisa, era mais do que lógico de que os estúdios iriam
enxergar novamente nos livros do escritor Stephen King uma fonte de grande
lucro. Mas o caso que, não adianta ter ambição quando não se tem a criatividade
como aliada, como no caso da dispensável adaptação de Torre Negra. Contudo, 1922
é uma prova que há ainda luz no fim do túnel, sendo que essa adaptação faz jus à
obra original e da qual irá agradar em cheio os fãs do escritor.
Produzido pela Netflix
e dirigido por Zak Hilditch (As Horas Finais), acompanhamos a história do
fazendeiro Wilfred James (Thomas Jane), que começa a entrar em conflito com a
sua própria esposa (Molly Parker) quando essa decide vender a sua parte da
fazenda e mudar para a cidade grande. Com uma obsessão quase doentia em manter
a fazenda para ele, para que posteriormente seja passada para o seu filho
(Dylan Schmid), ele convence esse último em ajudá-lo para então assassiná-la. O
peso do crime aos poucos começa a se tornar pesado demais para ambos e gerando
então um verdadeiro terror psicológico.
Aqui não há, aparentemente,
fantasmas ou algo do gênero que provoque medo, mas sim o horror vindo do homem
comum, do qual cria situações irreversíveis e gerando então consequências sem
fim. As consequências, aliás, acabam não sendo somente contra o protagonista,
como também contra aqueles que ele ama e fazendo com que suas ações se tornem
uma bola de neve da qual nunca chega ao seu fim. O filme é uma verdadeira
descida ao inferno, onde situações comuns começam a se tornar um verdadeiro
pesadelo e da qual cada uma delas poderia ser minimizada através de um bom senso.
Sem optar muito por
recursos visuais, Zak Hilditch usa e abusa de luzes e sombras, gerando então um
clima claustrofóbico e perturbador. A reconstituição de época sintetiza também
um mundo meio que opressor, onde o poder pela posse acaba se tornando muito
mais valioso do que a própria vida. Embora o filme se enverede até menos pelas velhas
fórmulas de horror, a trama se encaminha por situações das quais os fãs do gênero
talvez não estejam muito acostumados, mas que servirá de frescor para os olhos
de todos.
Thomas Jane tem aqui
o seu melhor desempenho da carreira. Ao criar um fazendeiro típico do interior,
Jane nos passa a todo o momento um ar de explosão reprimida, da qual se revela
nos piores momentos, mas ao mesmo tempo não escondendo a dor e arrependimento
dos quais vão gradualmente o afligindo. Curiosamente essa já é a terceira
adaptação das obras que o ator participa Stephen King, já que ele havia
trabalhado no inesquecível O Nevoeiro e nos dispensável O Apanhador de Sonhos.
Assim como It – A Coisa,
1922 é mais uma boa adaptação de uma das obras do escritor Stephen King e da
qual terá longa vida ao longo da história.
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