O CineBancários estreia o documentário “Geraldinos”, dos cineastas Pedro Asbeg e Renato Martins,
no dia 14 de julho. O filme foi vencedor da categoria Melhor Filme pelo
voto do júri do Festival de Tiradentes 2016 e premiado no Rio de
Janeiro, São Paulo e Milão.
“Geraldinos”
será exibido nas sessões das 15h e 19h, dividindo a sala de cinema com
“Teobaldo Morto, Romeu Exilado”, de Rodrigo de Oliveira, que fica na
sessão das 17h. Os ingressos
podem ser adquiridos no local a R$10,00. Estudantes, idosos, pessoas com
deficiência, bancários sindicalizados e jornalistas sindicalizados
pagam R$5,00. Novidade: agora aceitamos os cartões Vale Cultura do
Banrisul, Banricompras, Visa e Mastercard.
GERALDINOS
Os primeiros
minutos de “Geraldinos” dão a impressão de que ele é apenas um
documentário saudosista, de homenagens e recordações. Ele é isso também,
mas muito mais. Realizado ao longo de dez anos, “Geraldinos” leva o
espectador a uma viagem pelas lembranças e pelos personagens de um
período que parece já estar muito distante da realidade do futebol
atual.
O
filme, que estreou em 2015 no festival de documentários “É Tudo
Verdade”, foi o vencedor de melhor filme no Festival de Tiradentes pelo
voto do júri popular em 2016 e ganhou também prêmios no Rio, São Paulo e
Milão, além de ter sido exibido em festivais na Espanha e na Alemanha.
Uma
produção da Jacqueline Filmes e da Palmares Produções em co‐produção
com o Canal Brasil e conduzido de forma paralela entre 2005 e 2014
(quando entrevistas exclusivas foram feitas com personalidades como
Romário, Zico, Marcelo Freixo e Lúcio de Castro, entre outros), o filme
navega entre o passado romântico e o presente cruel, mostrando que o
Geraldino agora está afastado do estádio, vendo os jogos de seu time
pela televisão.
Cariocas
que frequentaram por décadas o mitológico Maracanã, Pedro Asbeg e
Renato Martins filmaram os 10 últimos jogos da Geral, em 2005. 10 anos
depois, o que se vê na tela é a mistura de emoções característica
daquele ambiente.
Naquele
espaço festivo e descontraído, a alegria imperava. Apesar da posição
desfavorável à perfeita observação do jogo, o importante era estar lá
dentro, fazer parte. Como lembra o historiador Luiz Antonio Simas em um
depoimento para o filme, “Como se define um Geraldino? Não se define. E
essa era a graça da Geral. Ali você poderia ir com seu radinho ouvindo o
jogo, poderia dar voltas no estádio sem olhar para o campo ou poderia
ir vestido de Cacique Tchucarramãe. A Geral era uma possibilidade.”
A
posição estratégica, colada ao gramado, também permitia uma constante
interação entre jogadores, treinadores e Geraldinos. Como conta Zico em
seu depoimento para o filme, “Era uma delícia fazer gol e ir comemorar
ali com os caras. Várias vezes tive vontade de pular daquele fosse e
cair em cima deles.
Mas
nem tudo era festa, havia muita provocação. Romário lembra que “Era
legal pra caceta ouvir o Geraldino gritando “ei Romário, vai tomar no
cu. Isso me motivava a fazer mais gols!”. Podemos então dizer que a
Geral era também, um grande consultório onde, semanalmente, milhares de
pacientes passavam por ali para seu desabafo, seu tratamento. De forma
mais poética, o jornalista Lúcio de Castro define assim o encontro do
Geraldino com o Maracanã: “O Geraldino era a expressão do Don Quixote.
Ali era um momento de sonho, o único momento de sonho desse Don Quixote.
Os moinhos de vento tinham ficado lá fora era o momento em que ele
poderia sonhar.”
Foi
também durante o período de 10 anos de produção do filme que nasceu a
percepção de que as mudanças pelas quais passou o estádio refletem
aquilo que a cidade do Rio de Janeiro vive há alguns anos. Como define o
Deputado Estadual Marcelo Freixo, “O fim da Geral é o fim da concepção
de um estádio e é a derrota de um projeto de cidade.”
A
conclusão portanto é que, apesar da música ainda ser cantada a plenos
pulmões na hermética arena que hoje apenas leva o mesmo nome, o Maraca
não é mais nosso. Conseguiremos um dia reavê‐lo?
FICHA TÉCNICA
Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
Edição: Gabriel Medeiros
Direção de fotografia: Lula Carvalho, Pedro Von Kruger, Manuel Águas
Som direto: Marcel Costa, Felipe Machado, Guth Pereira
Pesquisa: Marcio Selem
Identidade visual: Tiago Peregrino
Trilha sonora original: Marcelo Yuka
Edição de som e mixagem: Damião Lopes
Correção de cor: Hebert Marmo
Duração: 1h15’
Produção: Jacqueline Filmes e Palmares Produções
Coprodução: Canal Brasil
Patrocínio: Rio Filme
GRADE DE HORÁRIOS
12 de julho (terça-feira)
15h - “Trago Comigo” Direção: Tata Amaral
17h - “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
19h - “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
13 de julho (quarta-feira)
15h - “Trago Comigo” Direção: Tata Amaral
17h - “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
19h - “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
14 de julho (quinta-feira)
15h - “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
17h - “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
19h - “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
15 de julho (sexta-feira)
15h - “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
17h - “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
19h - “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
16 de julho (sábado)
15h - “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
17h - “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
19h - “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
17 de julho (domingo)
15h - “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
17h - “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
19h - “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
19 de julho (terça-feira)
15h - “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
17h - “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
19h - “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
20 de julho (quarta-feira)
15h - “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
17h - “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” Direção: Rodrigo de Oliveira
19h - “Geraldinos” Direção: Pedro Asbeg e Renato Martins
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