Sinopse: Esta é uma
homenagem ao cinema a pretexto da extraordinária vida de João Bénard da Costa,
diretor da cinemateca portuguesa durante 18 anos, mas também ator, cinéfilo,
escritor inspirado e leitor criativo.“João Benard da Costa: outros amarão as
coisas que eu amei”, é uma inusual biografia que conta a vida do homem através
dos seus amores, medos e contemplações, impressas na arte da pintura, do cinema
e literatura.
O propósito do
cineasta Manuel Mozos e deste seu
documentário é, mais do que uma declaração de amor para o cinema, mas também
traçar um caminho poético e emocionalmente grandioso pelas diversas facetas da vida
dessa figura da cinemateca portuguesa. Desde a juventude até ao reconhecimento
internacional, Mozos recolheu diversos textos de Bénard da Costa, e também
imagens suas, e de outros, além da própria voz deste cinéfilo da cultura
portuguesa, para conseguir chegar ao seu objetivo. É por isso que, além de
visitarmos a mente e os diversos amores de Bénard da Costa, ficamos a conhecer
também os locais onde viveu e se formou as experiências que mais o marcaram, e
episódios singulares de uma vida especial.
Essa constante
auto-analise, uma narrativa intercalada entre a linguagem própria do cinema
(Ordet, de Carl Theodor Dreyer, o seu "favorito" Johnny Guitar, de
Nicholas Ray, e até mesmo a mentira prolongada da cinematografia de Lubitsch) e
os seus escritos lidos pelo seu filho, funciona como uma das pinceladas que
contribuem para esta impressionante reconstituição dos fatos. O retrato de
Bénard da Costa, o seu intimo hino de amor ao cinema partilhado por todos os
cinéfilos. Até porque, assim como indica o titulo original do filme, Outros
Amarão as Coisas que eu Amei - Costa não está, nem esteve sozinho. Esta relação
com o Cinema permanece intacta, cada vez mais amada, mesmo que as memórias
tendem em tornar-se mais distantes, mas com imagens projetadas em tela, que tudo
torna-se numa razão de existência. Uma verdadeira declaração de amor ao cinema.
Resumidamente o documentário
é uma bela homenagem ao mesmo tempo um pretexto para conhecer essa figura do
universo cinematográfico português. Diretor da cinemateca portuguesa durante 18
anos, mas também ator, cinéfilo, escritor inspirado e leitor criativo.
“Fundamental é a vida. A vida continua sempre. É de vida que fala este filme de
morte.” Estas palavras, ditas pela boca de Bénard da Costa, encerram o
documentário de Mozos.
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