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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 5 de julho de 2016

Cine Dica: Em Cartaz: PROCURANDO DORY



Sinopse: Procurando Dory se passa cerca de um ano após Procurando Nemo, e traz de volta alguns favoritos: Marlin (voz de Albert Brooks), Nemo, a turma do aquário, entre outros. Ambientado na costa da Califórnia, a história também dá as boas-vindas a vários novos personagens, incluindo alguns que vão provar ser parte importante da vida de Dory (voz de Ellen DeGenereses).


Sempre quando via e revia Procurando Nemo eu sempre enxergava Dory como uma espécie de anjo da guarda para Marlin, pois sem ela, ele jamais teria chegado ao seu destino e indo de encontro ao seu filho Nemo. Passado mais de uma década, Procurando Nemo virou um clássico instantâneo e fazendo com que todo fã desejasse um dia revisitar aquele mundo mágico do fundo do oceano. Eis que então surge Procurando Dory, um filme que coloca a peixinha azul como protagonista e colocando uma luz em seu passado até então misterioso. Já nos primeiros minutos do filme conhecemos Dory quando era pequenininha, sendo muito bem cuidada pelos seus pais, já que desde cedo ela sofre de perda de memória recente. Mesmo tentando se esforçar para não esquecer, Dory acaba se perdendo dos seus pais e cresce procurando eles, mesmo quando se dá conta que não sabe mais exatamente o que está procurando. Os flashbacks dos primeiros minutos da trama terminam exatamente quando Dory conheceu Marlin, quando esse último estava correndo atrás do barco que estava levando Nemo e é ai que a trama começa e voltando para o presente.
Dirigido pelos cineastas Andrew Stanton e Angus MacLane, o filme não é somente direcionado para o público jovem, mas também para aquelas crianças que cresceram curtindo e amando aventura anterior. Porém, como é de costume nas produções Pixar, o filme possui uma forte carga de mensagens bem adultas, das quais, talvez, algumas crianças não venham a entender, mas deixará os adultos emocionados. Não tem como não se emocionar a cada momento em que Dory vai conseguindo se lembrar dos seus pais e fazendo com que ela vá à procura deles custe o que custar.
Acompanhado de seus amigos Marlin e Nemo, a cruzada de Dory a leva para um parque aquático, onde algumas pistas localizadas no local fazem com que sua memória dispare inúmeras imagens que ela havia esquecido. É surpreendente como pequenas coisas fazem com que a memória da protagonista funcione e fazendo com que ela mergulhe num passado cheio de amor, mas do qual também sentiu a perda ainda muito cedo. No parque aquático, Dory acaba descobrindo que tem uma amiga baleia com problemas de cegueira e é a partir dela que descobrimos como ela sabia se comunicar com outras baleias. Essa e outras descobertas são reveladas ao longo da aventura e destrinchando alguns segredos até então desconhecidos da personagem.
É destes segredos que descobrimos também porque uma personagem, com um problema tão grande como perda de memória, consegue ter uma alta estima tão grande e superando obstáculos que parecem impossíveis de serem superados. Ela acaba então se tornado uma contra parte do novo personagem que surge em cena que é Hank, uma lula que sempre deseja fugir de tudo e a todos e seu único desejo é fugir para um lugar isolado. É claro que desse encontro de dois mundos irá fazer com que ambos aprendam um pouco um do outro e gerando inúmeros momentos de boas reflexões soltando na tela.
Embora com inúmeras cenas de ação de encher os olhos, são na realidade as cenas dramáticas que fazem com que os nossos olhos se encham de lágrimas. Dory tinha todos os motivos que levasse ela a desistir de tudo, mas é graças aos ensinamentos dos seus pais, do qual ela guardou no mais fundo de sua alma é o que fez dela ser o que é e continuar a nadar e nunca desistir. As cenas em que ela busca lembranças das mais simples coisas, como pequenas conchas (peça chave), e que fará com que ela siga uma linha de raciocínio, são emocionantes e uma lição de vida para toda pessoa que acha que qualquer problema lhe torna então incapaz de seguir adiante.
Com uma bela homenagem ao filme A Origem nos minutos finais do ato final da trama, Procurando Dory termina com a nossa protagonista partindo para o mar infinito, fazendo com que a gente deseje que ela não vá muito longe para não se perder, mas ao mesmo tempo a gente tem a absoluta certeza que ela achará o caminho de volta, pois ela mesma sempre nos ensinou a continuar a nadar para então achar a solução.  



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