Sinopse:
Quando a estrela do purulento Baiacu-Sereia brilhar no breu da noite, até que
haja luz no mar de Perocão, então se dará inicio a estranha contaminação,
causada pela mancha negra que se aproxima silenciosa pelo litoral transformando
a vida marinha e a comunidade pesqueira em mortos-vivos que, ao perder uma
parte decepada (olho, guelra, perna, barbatana, mão ou puã), imediatamente, se
junta à outra parte, e outra, e assim sucessivamente até que o caos se
estabeleça.
Não me
lembro da ultima vez em que ri tanto dentro de uma sessão de cinema, mas foi exatamente
isso que me aconteceu ontem na abertura do Fantaspoa 2013, com a exibição do
filme Mar Negro. Dirigido por Rodrigo Aragão (A Noite do Chupa Cabra), o filme é
tosco, ao ponto de você nunca se assustar com o que esta acontecendo na tela,
mas sim se divertir com os absurdos que acontecem a todo o momento, com direito
a muito sangue, humor negro, nudismo e com inúmeros clichês do gênero de horror
que estão todos juntos dentro desse liquidificador cheio de gore. Embora seja
uma produção visivelmente barata (e com elenco amador), Aragão transmite paixão
em tudo que faz na tela, com o direito de usar a câmera das mais diversas formas
possíveis, num verdadeiro jogo de edição que não deve em nada a qualquer outra
produção de grande orçamento.
O filme é
violento, mas ficamos sem tempo para a gente se chocar, mas sim rir a cada
segundo.Isso graças à injeção de piadas e palavrões (bem ao estilo brasileiro),
que são disparados o torto ao direito a cada momento enquanto acontecem as
atrocidades que explodem na tela. Numa verdadeira mistura de A noite dos Mortos
Vivos, Drink No Inferno, A Morte do Demônio e Fome Animal, o ápice da jornada
sanguinolenta acontece num bordel, onde rola de tudo um pouco, com direito a um
deputado tarado que se meteu no lugar errado e na hora errada. Para a surpresa
de todos (e minha) quem rouba a cena na noite do juízo dentro do bordel, é o dono
(a) do próprio estabelecimento: um travesti hiper engraçado, interpretado por ninguém
menos pelo Cristian Verardi (assessor da programação da sala P.F Gastal), que
simplesmente vai se descascando e se transformando em outra figura quando a
coisa aperta, ao ponto, de tirar do seu armário um trabuco tamanho gigante e
detonar tudo que esta em sua frente.
Embora com
um final um tanto que alongado (mas jamais cansativo), o filme termina em
aberto e fazendo a gente imaginar como seria divertido se Aragão criassem uma
nova trama, onde se explora todas as pontas soltas (ou furos) que o roteiro
deixou em aberto nos minutos finais da projeção.
NOTA: O
filme terá mais uma exibição no dia 06/05, ás 17horas no Cinebancários.
Leia mais
sobre a programação do Fantaspoa 2013 clicando aqui.
3 comentários:
esse promete....
eu tenho os 2 primeiros da trilogia: "Mangue Negro" e "Noite do Chupacabra":
só assiti o 1º do mangue negro e achei mto bom... terrorzão trash da melhor qualidade (tem horas q me lembra o "Evil Dead" clássico)!!!
já anotei pra ver futuramente o "MAr Negro" tbm!!!
Cara é conteúdo de mais to hum pouco perdido mas
Já to gostando do que li .....
Valeu Grogue
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