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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 14 de maio de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'Aniquilação'

Sinopse: O marido de Lena desaparece enquanto explorava uma misteriosa zona em quarentena pelo governo. Ela resolve se juntar à equipe encarregada de entrar na mesma área. 

Alex Garland havia nos impressionado pela sua direção criativa e seu roteiro original com "Ex_Machina: Instinto Artificial" (2015), filme que deu o que falar e ganhando inúmeros prêmios pelo mundo a fora. Logicamente não demoraria muito para que ele ganhasse carta branca para que fizesse o que bem entendesse em seu próximo projeto. O resultado é "Aniquilação" (2018), filme que dividiu bastante a opinião do público e da crítica, mas sendo algo muito diferente do que se vê dentro do gênero de ficção hoje em dia.
O filme conta a história de uma bióloga (Natalie Portman), que se junta a uma expedição secreta com outras três mulheres em uma região conhecida como Área X. O local isolado da civilização onde as leis da natureza não se aplicam. Lá, ela precisa lidar com uma misteriosa contaminação, um animal mortal e ainda procura por pistas de colegas que desaparecem, incluindo seu marido (Oscar Isaac).
Vindo e voltando entre o passado e o presente, Alex Garland possui a fé de que o cinéfilo irá prestar o máximo de atenção sobre essa realidade em que um pedaço de terra do planeta começa a mudar drasticamente a partir do contato com uma misteriosa luz que atinge um farol. Embora seja uma ficção científica não espere por um filme cheio de ação, mas sim com um visual fantástico, do qual se casa  com a proposta principal da obra e que fala, mais especificamente, sobre as diversas formas de vida que surgem naquele ambiente de uma forma, por vezes, inexplicável. Logicamente, o cinéfilo de carteirinha principalmente, irá encontrar referências aos clássicos "Alien" (1979) e o "O Enigma de Outro Mundo" (1982), o que fará com que alguns fiquem desapontados caso procurem por algo originalíssimo.
Em contrapartida, o filme é rico em seu visual em que, por vezes, lembra uma espécie de viagem ácida de LSD, da qual faz uma referência, por vezes explicita, de um tempo em que a propaganda "paz e amor" estava muito envolvida com drogas e rock roll. Polêmicas à parte, o filme também se sustenta graças a um elenco escolhido a dedo, desde uma competente Natalie Portman, como também a presença enigmática de Oscar Issac. Vale e muito destacar o ato final da trama, onde o talento da atriz, mais os efeitos visuais mirabolantes, se unem para criar minutos finais enigmáticos e dos quais serão bastante debatidos.
Embora controverso, "Aniquilação" é um filme curioso pelo seu visual e pelas diversas camadas subliminares escondidas durante toda a sua projeção.  

Onde assistir: Netflix 

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terça-feira, 12 de maio de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'Distúrbio'

Sinopse: Traumatizada e angustiada por um assunto do passado, a jovem Sawyer procura ajuda em uma clínica, onde acaba ficando presa. Lá, ela acredita que está sendo perseguida e começa a questionar se tudo é real ou uma invenção da sua cabeça.

"Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça". Era assim que o nosso mestre do cinema brasileiro Glauber Rocha dizia sempre ao se referir sobre fazer cinema, pois não importa o quanto tenha de pirotecnia nas mãos, pois o que conta mesmo é a sua criatividade e da maneira como se fazer um ótimo filme. Independente de qual tipo de câmera seja usada, é através dela que enxergamos o lado autoral e o perfeccionismo de um cineasta e do qual pode resultar em uma obra que dificilmente será esquecida.
Steven Soderbergh é um desses casos de cineastas criativos, dos quais mesmo com pouco recursos na mão conseguiu obter grande êxito. Vindo do cinema independente como, por exemplo, "Sexo, mentiras e videotape" (1989), para superproduções como o genial, para não dizer profético "Contágio" (2011), Soderbergh construiu uma carreira sólida ao realizar filmes muito diferentes um do outro, mas que na maioria deles passavam a sua criatividade e muito para ser dito. "Distúrbio" é um filme rodado com poucos recursos, mas demonstrando todo o seu potencial de criatividade e na sua ótima direção com o elenco.
O filme conta a história de Sawyer Valentini, interpretada pela atriz Claire Foy da série (2016), que está sendo perseguida por um perigoso stalker virtual (Joshua Leonard). Ao tentar recorrer à ajuda legal, ela é involuntariamente cometida à uma instituição mental onde é confrontada pelo seu maior medo - mas é real ou apenas um produto de sua ilusão? 
Logicamente, o que chama em primeiro lugar nesse filme é o fato de Soderbergh rodar todo ele em  iPhones e passando para nós uma sensação de simplicidade com relação a determinadas cenas, mas não escondendo a criatividade do cineasta na maneira como ele fez para realiza-las. Com ângulos de câmera criativos, o filme nos passa uma sensação, tanto claustrofóbica com relação ao que a protagonista passa, como também uma sensação de pesadelo constante, como se tudo o que a gente está testemunhando pode ser, ou não, delírios da protagonista. Muito se deve, tanto na forma de filmar do cineasta, como também na atuação de Claire Foy e que aqui nos brinda com uma das grandes atuações de sua carreira.
Desde o início da projeção, temos a sensação de que sua personagem Sawyer esteja com sérios problemas mentais e fazendo a gente duvidar sobre as suas reais motivações e pensamentos. Porém, na medida em que a trama avança, cada vez mais desconfiamos que algo está extremamente errado e fazendo com que passemos a torcer para que ela se dê bem ao final desse percurso. O problema é ela dar de encontro com o sistema corrupto do universo da medicina, do qual não mede esforços para obter algum lucro por meio da saúde das pessoas.  
É aí então que o roteiro se divide entre o verossímil, para momentos, por vezes, ligeiramente absurdos. Nada contra aos pontos forçados da trama para fazer com que acreditemos na protagonista, mas ao surgir em cena a verdadeira causa dos problemas da protagonista, os roteiristas se arriscaram ao tentar nos convencer de que aquilo realmente seria possível. Se por um lado isso soe um tanto que forçado, ao menos, isso é compensado pela ótima atuação, tanto da atriz principal, como os demais do elenco secundário e que cada um está ali por ter uma participação extremamente essencial no decorrer do tempo.
Do final do segundo ato, para o terceiro e final ato em diante, o filme se divide entre a imprevisibilidade com momentos em que se é usado velhas fórmulas do cinema de suspense. Nas mãos de outros cineastas, talvez, o resultado seria parcial, mas Steven Soderbergh consegue obter a nossa satisfação de forma eficaz na medida do possível. O minuto final pode até parecer bobo, mas ao mesmo tempo ele soa divertido e sendo uma espécie de refresco perto de tudo que a nossa protagonista havia passado até aquele ponto.
Com uma participação hilária de Matt Damon, “Distúrbio” é um ótimo exemplo de criatividade do qual é realizado com poucos recursos, mas que conta com a genialidade e na forma de filmar vinda de um grande mestre cinematográfico.   

Onde assistir: Amazon Prime Video 

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segunda-feira, 11 de maio de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'Mentiras Perigosas'


Sinopse:  jovem cuidadora de idosos que herda os bens de seu paciente. Mal sabe ela que essa riqueza inesperada também trará segredos sombrios, traições e perigos. 

A netflix tem um cardápio farto de boas séries policiais, das quais pode-se maratonar a vontade e logo partir para mais uma de qualidade. O mesmo não se pode dizer dos seus longas metragens sobre o mesmo tema, dos quais o roteiro se limita a somente nos passar uma sensação de Déjà vu ao nos lembrarmos de outros filmes, mas jamais nos brindando com alguma criatividade. "Mentiras Perigosas sofre mais ou menos desse mal, ao nos apresentar uma premissa policial interessante, mas caindo na vala comum ao usar ingredientes já usados e bastante desgastados dentro do gênero policial e suspense.
Dirigido por Michael Scott, o filme conta a história de Katie (Camila Mendes) e Adam, que são um jovem casal batalhando há anos para conquistar uma vida de sucesso para si. Quando Katie abandona seus sonhos de uma carreira médica para apoiar as ambições de seu marido, os dois enfim parecem se encontrar na hora certa e no lugar certo para sua vida funcionar. Porém, tudo se complica quando eles se encontram no meio de uma investigação criminal.
O filme começa interessante, principalmente quando determinados planos-sequências invadem a tela ao adentrar o primeiro cenário que irá provocar diversos desdobramentos durante a trama. Isso já é o suficiente para prender a nossa atenção, principalmente devido a um evento imprevisível dentro do local e que irá mudar os rumos da vida do casal central. O problema é quando novos desdobramentos nesta trama policial começam a surgir e fazendo o filme descarrilhar de vez.
Talvez o grande ponto negativo de "Mentiras Perigosas" é fazer com que a gente sempre se lembre de um outro filme quando começam a surgir situações que provoquem essas sensações. De referências ao clássico "Cova Rasa" (1994), ao até mesmo recente "Entre Facas e Segredos", o filme se sustenta até o seu final graças a essa salada de várias referências cinematográficas, mas não se sustentando em termos de originalidade e que passam muito longe da tela. Para piorar, o elenco secundário não ajuda em quase em nada, sendo que as atuações dos mesmos são tão previsíveis que já até ficamos sabendo de antemão as suas reais intenções com relação ao casal central.
Falando neles, é preciso reconhecer o esforço de Camila Mendes e Jessie T. Usher como o casal central da trama, sendo que ambos possuem química em cena, mas isso não é o suficiente para que o filme se torne realmente interessante. Cabe a Netflix repensar com relação aos seus próximos longas metragens, pois se é para fazer uma obra empurrando com a barriga, periga termos um cardápio bem dispensável nas próximas semanas.
Em outros tempos, "Mentiras Perigosas" seria um suspense que chamaria atenção do público em uma "sessão Supercine", mas correndo sério risco atualmente de ser esquecido graças a sua preguiça vinda dos seus próprios realizadores. 


Onde assistir: Netflix.

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quinta-feira, 7 de maio de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'Seven - Os Sete Crimes Capitais' (1995)


A turbulenta estreia no cinema com o filme "Alien 3" não foi o suficiente para que David Fincher desistisse da sétima arte. A sorte veio através do roteirista Andrew Kevin Walker, que escreveu uma sombria e enigmática história policial nos tempos em que morava em Nova York. Foi uma fase que o próprio estava sofrendo de depressão, pois ele não conseguia fazer carreira na indústria cinematográfica.
Vale lembrar que estamos na metade dos anos 90, cuja a década começou com o cinema sendo sacudido com o sucesso "O Silêncio dos Inocentes" (1991), de Jonathan Demme, e colocando os filmes protagonizados por serial killer como a nova fonte de lucro para os estúdios. Talvez, o filme que tenha adquirido melhor reconhecimento após o sucesso de jonathan Demme tenha sido "Copycat - a vida imita a morte", mas logo sendo eclipsado pelo surpreende filme de David Finher.
Com o roteiro de Andrew Kevin Walker, o cineasta criou uma trama em que ela não se passa em uma cidade conhecida e tão pouco ela tem nome. A chuva é torrencial, relembrando os velhos filmes Noir, com um direito uma fotografia de luzes, e cores que se entrelaçam com o lado obscuro daquela realidade decadente. O diretor de fotografia Darius Khondji disse certa vez que sua inspiração veio do reality Show americano "Cops", que seguia a rotina de policiais, xerifes e investigadores nos EUA, e acabou ajudando a traçar os planos de filmagem usados no filme, como por exemplo, quando o ator é captado na altura dos ombros pela câmera que está no banco de trás. 
O ponto forte da produção é a química da dupla central, interpretados pelos atores Morgan Freeman e Brad Pitt. Esse último, aliás, obtém uma das suas primeiras grandes atuações da carreira nas mãos de Fincher e conseguindo se distanciar cada vez mais do estereótipo de galã. Posteriormente, Pitt ganharia outro papel de sua vida pelas mãos do cineasta, mas isso falarei mais adiante.
Os personagens Mills e Somerset, interpretados pelos atores acima, possuem caminhos opostos dentro da lei, mas que precisarão se unir contra algo que não conseguem compreender. O assassino em si, comete os seus crimes se inspirando nos Sete Pecados Capitais levantados pelo cristianismo e resultando em situações, por vezes, imprevisíveis. Além das reviravoltas surpreendentes da trama, o filme é carregado de vários simbolismos, além de explorar o universo literário que se torna prato cheio para os amantes da leitura.
Passados mais de 20 anos desde o seu lançamento, não resta menor dúvida que o filme possui um dos finais mais imprevisíveis do seu tempo. Além de uma soberba interpretação de Kevin Spacey, que no mesmo ano estrelaria "Os Suspeitos", o final se casa com perfeição com a proposta dos seus realizadores, mas que com certeza causou temor nos executivos prevendo um mal retorno vindo do público e da crítica. Os fins justificam os meios e hoje Seven - Os Sete Crimes Capitais entra fácil na lista dos melhores filmes da década de 90 e de todos os tempos.  


Onde assistir: Netflix. Para locação: Youtube e Google Play Filmes.    

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Cine Dica: Live Universo Marvel: Com Roberto Sadovski



MAIS UMA LIVE DA CINE UM.
Grandes temas do Cinema em versão pocket.
Desta vez o assunto é o UNIVERSO MARVEL.
E quem vai participar é o jornalista e crítico de cinema ROBERTO SADOVSKI.

NÃO PERCA!
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ACESSE NO INSTAGRAM: @rsadovski
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Live: "UNIVERSO MARVEL" com ROBERTO SADOVSKI
* Quando: Sexta-feira - Dia 08 / Maio
* Horário: 19 horas
* Onde: Instagram - @rsadovski
#LiveCineUM

terça-feira, 5 de maio de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'Em Trânsito'

Sinopse: Georg tenta fugir da França após a invasão nazista e assume a identidade de um escritor falecido, cujos documentos ele possui. Preso em Marselha, Georg conhece Marie, uma jovem que está desesperada para encontrar esse autor, seu marido desaparecido. 

A ficção científica, seja ela literária ou cinematográfica, sempre nos brindou com histórias fantásticas e das quais nos fazem pensar. Porém, infelizmente, os últimos eventos do mundo atual fizeram com que qualquer ficção já vista se tornasse datada, ao ponto que o próprio cinema nos últimos tempos nos brindou com filmes que são o mais puro reflexo desses nossos tempos complexos. "Em Trânsito" é um filme que transita entre ficção e realidade e cujo a trama é moldada por ecos dos horrores, tanto vindos do passado, como também do nosso presente.
Dirigido por Christian Petzold, do filme "Phoenix" (2014), o filme conta a história de Georg (Franz Rogowski), que tenta fugir da França após a invasão nazista e rouba os manuscritos de um autor falecido e assume sua identidade. Preso em Marseille, acaba conhecendo Marie (Paula Beer), que está desesperada para encontrar seu marido desaparecido - o mesmo que ele está fingindo ser. Para complicar ainda mais, ele começa a se apaixonar por ela.
Christian Petzold já havia explorado as cicatrizes da guerra em filmes anteriores, porém, decidiu ousar nesta trama que tinha tudo para dar errado, mas surpreendendo pela sua originalidade. O filme se passa em uma realidade alternativa, como se a Segunda Guerra Mundial tivesse estourado nos dias atuais e retratando a França em declínio com uma invasão nazista de hoje. Se por um momento isso possa soar absurdo, devemos lembrar que hoje há um aumento crescente de adoradores do fascismo, pois basta pegar, como exemplo, uma parcela da população brasileira cega que adora fascistas como Bolsonaro.
Polêmicas à parte, o filme nada mais é do que uma metáfora dos horrores de ontem e hoje vindos dessa intolerância e cabendo as pessoas de boa índole agirem antes que seja tarde. Embora com um caráter duvidoso, o protagonista Georg vai aos poucos mudando de acordo com as pessoas que cruzam o seu caminho. Sempre quando tenta de alguma forma escapar dessa realidade, porém, ele acaba dando de encontro com pessoas que passam por mais necessidade do que ele próprio. A partir daí se tem uma análise singela sobre o comportamento humano perante uma realidade, por vezes, sem sentido e fazendo com que o contato uns com os outros se torne a única coisa boa que lhes resta.
Visualmente o filme também nos chama atenção, principalmente por esperarmos um visual imprevisível de acordo com a proposta principal da obra. Ao invés disso, vemos uma França cheia de luz, cuja arquitetura e a maneira de se vestir das pessoas não é muito diferente da nossa realidade, mas não escondendo o medo do que irá acontecer posteriormente. A sensação que nos dá é de que se trata da nossa própria realidade vista na tela e que a qualquer momento ela será invadida pelo horror da intolerância.
O final em aberto não traz nenhum conforto, nem para os personagens e tão pouco para o lado de cá de quem assiste. Porém, é um filme que nos faz refletir sobre onde exatamente perdemos o bom senso e deixamos que os erros do passado novamente aflorassem e ameaçassem o nosso futuro. Como sempre, cabe a cultura vinda sétima arte nos dizer o quanto precisamos agir antes que seja tarde demais.
"Em Trânsito" a ficção vista na tela é mais realista do que nunca e nos amedrontando pelo fato que já estamos dentro dela. 

Onde assistir: Disponível para locação no Google Play Filmes e Youtuber.  

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segunda-feira, 4 de maio de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'Resgate'

Sinopse: Tyler Rake (Chris Hemsworth) um agente especial recebe a difícil missão de libertar um garoto indiano que é mantido refém na cidade de Dhaka. 

O cinema de ação norte americano teve o seu ápice durante a década de 80, onde filmes em que um exército era formado por um único homem enchiam as salas de cinema. Porém, veio os anos 90, a fórmula se tornou desgastada e, posteriormente, moribunda nos anos 2000. A franquia "Os Mercenários" comandada por Syvester Stallone servia mais para homenagear do que revitalizar o gênero.
Um sopro de vida veio através de filmes que não eram, necessariamente, filmes de ação, mas que direcionavam o caminho que precisaria ser seguido. Na franquia de espionagem do "Bourne", iniciada em 2002, os realizadores criaram cenas de ação e de luta empolgantes, mas isso graças a uma edição de cenas que faziam com que elas se tornassem dinâmicas e indispensáveis para o ritmo da trama. Isso posteriormente influenciou outras franquias, como no caso dos filmes de aventura da Marvel como, por exemplo, "Capitão América" - Soldado Invernal" e, principalmente, "John Wick" estrelado por Keanu Reeves. É aí que chegamos ao filme "Resgate", filme de ação moldado com os ingredientes citados acima e dando um sopro de vida para esse gênero em decadência.
Dirigido pelo estreante e diretor de dublês dos filmes da Marvel  Sam Hargrave, o filme conta a história Tyler Rake (Chris Hemsworth) um agente especial que recebe a difícil missão de libertar um garoto indiano que é mantido refém na cidade de Dhaka. Apesar de estar preparado fisicamente, ele precisa lidar com crises de identidade e com seu emocional fragilizado por problemas do passado para que consiga designar sua tarefa da melhor maneira possível.
Embora moldado com um fiapo de trama, o filme nos conquista graças a presença do próprio protagonista. Chris Hemsworth vive o típico herói solitário que não tem nada a perder, mas que enxerga na missão de salvar o garoto uma forma de exorcizar os seus próprios demônios. Aliás, a relação entre os dois é a força catalisadora  do filme como um todo e fazendo com que nós torçamos para que ambos terminem na  história vivos.
Porém, é preciso dar crédito para a direção de  Sam Hargrave, pois sem ele o resultado final do filme seria completamente diferente. Após uma boa apresentação personagens principais, o filme engata uma marcha da qual não freia e o realizador nos brinda com cenas de ação empolgantes e muito bem feitas. Tantos as cenas de perseguição, como as de tiroteio e de luta, são um verdadeiro balé em plano-sequências que nos tira o fôlego e faz com que não tiremos o olho da tela. Claro que nem tudo é perfeito na parte técnica da obra, onde destaco a teimosia dos realizadores em criar uma fotografia alaranjada toda vez que a trama se passa em um país fora dos EUA.
O ápice da trama  acontece, logicamente, na reta final do filme e que, curiosamente, havia aparecido pela primeira vez no prologo da trama. Curiosamente, essa sequência fará com que muitos se perguntem sobre um momento imprevisível que ocorre na trama e que fará muitos levantarem inúmeras teorias. Basicamente não me surpreenderia se realizadores usassem isso como uma forma de desculpa para se criar uma nova franquia para atrair a massa, mas isso é uma outra história a ser debatida mais adiante agora.
"Resgate" é entretenimento de qualidade para aqueles que curtem um filme de ação escapista e que não ofende muito a nossa inteligência.  
Onde assistir: Netflix 

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